terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um Popeye da vida real

Um certo sujeito conhecido como Frank Rocky Feigle vivia em Chester Illinois e tinha algumas características peculiares: era baixinho, andava com um dos olhos meio fechados, fumava um cachimbo e gostava de inventar histórias onde ele protagonizava diversas aventuras, se gabando sempre de sua força física e de não ter perco nenhuma de suas brigas. Trabalhava num bar local fazendo sua limpeza e nos tempos livres se dedicava a contar causos de suas proezas aos visitantes. Um desses visitantes, fascinado por suas histórias, era um jovem garotinho que atendia pelo nome de Elzie Crisler Segar e viria mais tarde a se tornar um cartunista mundialmente famoso pela criação de um certo marinheiro Popeye em 1929.


Popeye (Foto: seriesedesenhos)

O carismático marinheiro estava sempre tentando proteger sua amada Olívia Palito das mãos do grandalhão Brutus e apesar de ser baixinho e magrelo, tinha braços grossos e era muito forte e, ao comer espinafre, sua força aumentava exponencialmente.
Na vida real um jovem competidor de torneios de queda de braço ficou conhecido como o “Popeye da vida real” por manter uma característica semelhante a do personagem: braços grandes e desproporcionais em relação ao corpo. Na verdade apenas o braço direito é grande, o outro é normal, o que o torna bem mais incomum.

Mathias Schlitte (Foto: dosediaria)
Mathias Schlitte nasceu em 1987, em Haldensleben, Alemanha, e desde pequeno apresentou um braço bem mais robusto que o outro, proveniente de algum distúrbio genético. Ao invés de ficar se queixando de não ter nascido como os outros jovens sem problema algum, ele resolveu usar o seu diferencial a favor de si. Aos 16 anos de idade começou a praticar queda de braço, e desde então passou a desenvolver apenas os músculos do braço maior, com o objetivo de se profissionalizar nessa modalidade de esporte. Em 2004, devido à falta de experiência, entrou na categoria amadora de queda de braço, numa turma onde o peso dos competidores, em média, era de 95kg, apesar de Mathias pesar na época apenas 65kg.


Suas habilidades despertaram o interesse de Bill Frank, vice-campeão mundial de queda de braço, que decidiu treinar o jovem para que ele pudesse competir profissionalmente. Mathias passou então a integrar o VfL Wolfsburg, do qual Frank era técnico assistente. Após um ano de treino o jovem ‘Popeye’ participaria do campeonato alemão de queda de braço em Hanau, onde, já com 70kg, adquiriu seu primeiro título e já poderia dar um passo à frente, que seria integrar o time alemão de queda de braço.


Schlitte em torneio de queda de braço (Foto: ourkitchensink)

Quando completou 18 anos, Mathias passou a integrar a classe Sênior e expandiu seus horizontes já podendo vislumbrar competições a nível mundial. Em 2006 venceu seu primeiro torneio internacional, porém não se deu bem no primeiro campeonato mundial de queda de braço, onde participaram cerca de 1000 atletas de 40 países diferentes, e não chegou às finais da competição.
Atualmente integra a ‘Liga Nacional de Queda de Braço’ e treina diariamente para um dia chegar ao pódio como o número 1 no esporte.

Schlitte em programa de TV (Foto: yousaytoo)
É interessante notar que nesse tipo de esporte não é incomum os atletas desenvolverem apenas o braço que usarão em competições, tendo visualmente uma aparência desproporcional. Mathias apenas união o útil ao agradável e transformou um defeito na oportunidade de ser reconhecido mundialmente, vencendo todas as barreiras impostas pela sociedade.

domingo, 28 de novembro de 2010

Dançando até morrer

A dança, assim como o teatro e a música é uma das principais formas de expressão artística. Ela está presente em praticamente todas as culturas tanto na forma de uma descompromissada diversão quanto na forma de um complemento de alguma importante cerimônia ou ritual. Danças folclóricas, cênicas, religiosas, sociais, eróticas... Todas elas têm uma característica comum: são saudáveis ao indivíduo que as executam, seja no aspecto físico-mental, seja no aspecto social. Então quando é que uma dança qualquer poderia ser prejudicial ao dançarino? Ou prejudicial a ponto de matar o sujeito? Seria possível? E se ao invés de matar um sujeito, matasse centenas?

Pessoas dançam incessantemente em uma viela de Estrasburgo (Fonte: globo)
Uma certa vez, em julho de 1518, a cidade francesa de Estrasburgo na região da Alsácia foi palco de um estranho e infeliz incidente envolvendo a dança. Uma mulher conhecida como Frau Troffea resolveu começar a dançar fervorosamente em uma rua de Estrasburgo. Enquanto dançava, pessoas que estavam próximas e presenciaram o inusitado comportamento da mulher passaram a acompanhá-la na euforia. Debaixo de um sol de verão a dança de Troffea durou de 4 a 6 dias seguidos sem tempo para descanso. Em uma semana uns 30 cidadãos estavam na rua dançando sem parar e após um mês esse número disparou para 400 pessoas. O resultado disso foi trágico, pois a maioria dos envolvidos morreu seja de ataque cardíaco, derrame cerebral, exaustão, ou mesmo desidratação e outros problemas provenientes do calor que fazia na época. Quem esteve presente na ocasião relatou que muitos dos envolvidos queriam parar de dançar, mas não conseguiam, permanecendo dia e noite bailando pelas ruas sem descanso. Como se estivesse em um bloco carnavalesco.
A história por mais bizarra que pareça pode ser confirmada através do historiador John Waller que, quase 500 anos depois, lançou um livro sobre o episódio que reunia registros históricos sobre a dança mortal como sermões, anotações de médicos, crônicas locais e atas do conselho da cidade onde ocorreu o caso.


A dança da morte (Foto: uarevaa)

Waller acredita que o fenômeno ocorrido em Estrasburgo pode ser explicado pelo contexto de miséria em que vivia a população local naquela época. Ele afirma que o contexto que antecedia o bizarro evento era de miséria e fome, resultante dos prejuízos advindos das colheitas improdutivas e do excesso de mendicância da região. Segundo Waller, esse era o palco ideal para os mais diversos tipos de superstições. Entre elas a que São Vito (protetor dos artistas, das doenças nervosas e dos dependentes de drogas) poderia enviar sobre pecadores que causassem sua ira uma praga de dança compulsiva. A crença em tais superstições poderiam ter desencadeado uma histeria coletiva acompanhada de um estresse psicológico intolerável. A essa categoria de histeria coletiva dá-se o nome de “enfermidade psicogênica de massa”, que surge em conseqüência do efeito Nocebo (oposto do efeito placebo), ou seja, em vez de pensamentos positivos ou associações que produzam um efeito benéfico, as pessoas desencadeiam pensamentos e associações ruins que resultam em efeitos negativos. Por exemplo, um sujeito pode entrar em desespero ao ser picado por uma cobra e a crença de que possa ser morto pelo veneno da cobra é tão forte que a saúde dele é prejudicada mesmo quando a cobra que o picou não é de fato peçonhenta.

Mulheres acometidas pela praga da dança (Foto: inconscientecoletivo)
Outra teoria atribuída à ‘praga da dança’ é a do ergotismo, ou envenenamento por Ergot. Eugene Backman, em seu livro “Religious Dances in the Christian Church and in Popular Medicine” argumentou que as pessoas envolvidas no caso poderiam ter ingerido um fungo contaminante comum do centeio e outros cereais. Tal fungo ataca o sistema nervoso central, causando confusão mental seguida de depressão, hipertensão, bradicardia, vasoespasmos, cianose periférica (mãos e pés pálidos) com claudiocação, podendo ainda levar ao coma e a morte. Entretanto, Waller contesta essa posição afirmando que o fungo poderia causar convulsões e alucinações, mas não poderiam causar movimentos coordenados por vários dias. Além disso, relatos alegam que as pessoas não queriam dançar, de fato, pois apresentavam em suas faces medo e desespero.
Além dessas teorias, outras surgiram posteriormente, com menos impacto, como a do sociólogo Robert Bartholomew, que acreditava que as pessoas envolvidas na dança estariam cumprindo um ritual herético (relacionado à heresia).
Após esse incidente houve ainda registros de mais 6 surtos semelhantes a esse, sendo que o último ocorreu em Madagascar, em 1840. Os demais teriam ocorrido em diferentes localidades da Bélgica.
 No fim das contas, uma solução definitiva para o caso ainda não existe e este permanece como mais um mistério que confunde historiadores e estudiosos do caso.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Previsão do tempo de hoje: Chuva de animais!

Imagine você estar caminhando tranqüilamente pela rua num tempo nublado e ser surpreendido por uma chuva de peixes ou uma chuva de pássaros! Parece absurdo não é? Mas existem registros oficiais, e outros não tão oficiais, de tais acontecimentos, inclusive um registro recente de chuva de peixes na Austrália.


Chuva de peixes (Foto: asaber)

Em março deste ano, segundo o jornal Telegraph.co.uk, moradores da cidade de Lajamanu, localizada no norte australiano foram atingidos por uma chuva de peixes. De acordo com os habitantes da região centenas de peixes brancos caíram de um céu repleto de nuvens de chuva densas, e dentre os peixes alguns ainda vivos. E o mais curioso, essa seria a terceira vez, em 30 anos, que tal evento ocorre! É mole?
A chuva de animais é tema de diversos relatos divulgados ao longo da história, por mais que pareça ser um tema obscuro. Acredita-se que o primeiro registro de tal evento se deu no antigo Egito, através do papiro de Alberto Tulli, um antigo diretor do museu egípcio do Vaticano. Este teria restaurado tal documento, mas em virtude de seu falecimento, jamais chegou a traduzir e nem a publicar tais informações, até que, posteriormente, o papiro foi encontrado junto com outros documentos de Tulli pelo príncipe Bóris de Rauchewitz, que enviou o papiro à Tiffany Thayer, presidente da Sociedade dos Amigos de Charles Fort (um colecionador de fenômenos anômalos, precursor do fortianismo). Por fim, Thayer transcreveu o papiro e, em parte dessa transcrição, foi registrado o seguinte:

“...Poderosa era a posição das bolas de fogo. A armada do rei as observava e o rei encontrava-se no meio dela . Era após a refeição da noite. Sobre esta, elas ( as bolas de fogo ) se elevaram mais alto em direção sul. Peixes e voláteis caíram do céu. Era uma maravilha jamais vista desde a fundação do país! Ela pediu à Sua Majestade que usasse incenso para apaziguar a Terra ( ...não transcrito...) Para escrever ?) o que chegou no livro da Casa da Vida (...não transcrito...) a fim que se guarde a lembrança?) na Eternidade".

O texto completo relata o surgimento de bolas de fogo no céu (que muitos acreditam que sejam OVNIS) e fenômenos estranhos como a citada chuva de peixes. Porém, é bom lembrar que, nem mesmo a existência de Tulli foi comprovada e Charles Fort era conhecido por colecionar histórias fantásticas, das quais ele nem sempre tinha uma explicação lógica, procurando por muitas vezes confundir os cientistas ao invés de esclarecê-los.
Algumas referências antigas a respeito de chuvas bizarras podem ser encontradas na bíblia e em outras fontes antigas. No livro de Josué, por exemplo, o exército liderado por ele foi auxiliado por uma chuva de pedras que caiu do céu sobre o exército amorita. Na Grécia antiga o escritor Ateneu registrou uma chuva de peixes que durou cerca de 3 dias na região de Queronea, no Peloponeso. Posteriormente, Plínio, o Velho descreveu uma chuva de pedaços de carne, sangue e outras partes de animais como rãs, e na Idade Média, o fenômeno era citado com tanta freqüência que muitos imaginavam que os peixes nasciam no céu e depois caíam no mar.


Chuva de sangue (Foto: canseidesercowboy)

Ao longo da história mais e mais relatos foram surgindo, desde a chuva de ratos amarelos em Bergen, na Noruega, em 1578, até uma chuva de sangue, registrado na Índia no ano passado, onde alegam que o material da chuva havia sido analisado e constatado que era de fato sangue mesmo. Até mesmo no Brasil, existe um relato sobre uma chuva de sangue e pedaços de carne que havia acometido São Paulo em 1968. No site do wikipedia existe uma boa relação dos principais casos de chuvas incomuns que ocorreram até os dias de hoje.
Boa parte dos cientistas não dá crédito a esses fenômenos e acreditam que os relatos sejam falsos, até porque na maior parte dos casos, não existiram provas concretas, e algumas histórias soam um tanto quanto sem fundamento. Tomemos como exemplo a chuva de pedaços de carne: será que no dia desse evento ninguém teve curiosidade de recolher amostras dessas carnes que supostamente caíram do céu, a fim de que análises pudessem esclarecer a origem desse material orgânico? Pertenciam a algum animal? Veio de outro planeta? É humano? As respostas ficam apenas no campo das especulações.

Chuva de peixes em Singapura em 1861 (Foto: insoonia)
Entretanto o caso de Lajamanu foi registrado e analisado por especialistas que chegaram à seguinte conclusão: os peixes foram sugados por uma forte tempestade, elevados a mais ou menos 15 metros de altura e logo em seguida precipitou-se sobre a pequena cidade, como se realmente tivessem surgido do céu. A propósito, a explicação do fenômeno mais aceita até então é a das trombas marinhas, espécie de tornados que se formam na água através de acumulação do vento. Essas trombas podem ser tão fortes a ponto de secar um lago completamente e fazer com que a água seja precipitada em um local bem mais afastado. Essa mesma tromba marinha poderia facilmente carregar animais de pequeno porte ou algum tipo de objeto como pedra e arremessá-los do céu, fazendo com que se pareça que realmente chove bichos e outras bizarrices do céu.
Por mais convincente que seja esta hipótese ela não explica o fato das trombas carregarem apenas uma espécie de animal, pois na prática, uma chuva de peixes viria acompanhada de outras espécies presentes na fauna local, inclusive, espécies de plantas e algas, e isso não acontece.
E o que dizer da chuva de sangue? Existe um caso particular muito interessante: na década de 60, no sul da Inglaterra, a região foi surpreendida por uma chuva vermelha que tingiu tudo o que viu pela frente. Muitos acreditavam que se tratava de sangue, mas uma análise mais apurada revelou que as nuvens estavam misturadas a grãos de areia proveniente de tempestades de areia no Saara. Logo essas nuvens misturadas com areia se deslocaram até a Inglaterra onde ocorreu a misteriosa chuva vermelha.

Chuva de animais (Foto: druidadocerrado)
No fim, constatamos que, entre muitas especulações, existem sim casos verídicos de chuvas anômalas que podem ser explicadas cientificamente, e por que não religiosamente? Muitos atribuem esses fenômenos ao fim dos tempos, a intervenções divinas ou mesmo ao sobrenatural. Cabe a cada um julgar se essas informações procedem ou não.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

As Sete Trombetas no mundo Contemporâneo (Segunda Parte)

Anteriormente fiz algumas considerações sobre os profetas e suas previsões e mergulhei na previsão mais popular que existe: a do fim do mundo. Do ponto de visto bíblico, o Apocalipse faz um relato detalhado de como serão os últimos dias do homem na Terra. Porém, como já foi dito antes, este livro é carregado de simbologias, logo não há como definir uma interpretação definitiva para tal, sendo que cada um deve apresentar aquilo que pensa a respeito e levantar uma discussão saudável, respeitando as mais diversas opiniões.
Na primeira parte desse artigo foi traçado um paralelo entre as 4 primeiras trombetas e a possibilidade de elas se concretizarem no mundo contemporâneo. Há de se constatar, que fazer tal analogia soa um tanto quanto inadequado, se pensarmos que ao fazer isto estou ignorando todo um contexto que existe por trás dessa passagem bíblica, que seria necessário para uma interpretação mais substancial do tema. Então quero rapidamente falar um pouco a respeito do contexto onde se encaixam as Sete Trombetas.

7 Anjos, 7 Trombetas (Foto: escoladominical)

As Sete Trombetas fazem parte de uma trilogia de julgamentos de Deus de proporções gradualmente devastadoras. A trilogia é formada pelos 7 selos, as 7 trombetas e as 7 taças.
Os 4 primeiros selos são conhecidos também como os 4 cavaleiros do apocalipse: Conquista (ou anti-Cristo), Guerra, Fome e Morte. O quinto selo se refere aos martirizados por sua fé em Cristo e o sexto selo, quando quebrado trará terremotos e fenômenos astronômicos incomuns (UFOs, alguém?) . Por último, o sétimo selo tem em seu conteúdo as Sete Trombetas.

Os 4 cavaleiros do Apocalipse (Foto: jonatanconceicao)

Entre os sete selos e as sete trombetas há um detalhe a ser considerado: os selo representam martírios que todos os homens terão que passar, inclusive os futuros escolhidos, já as trombetas trarão martírios mais pesados que somente os ímpios serão acometidos. Nesse meio tempo, o povo de Deus será marcado com um selo e estes serão poupados das pragas que estão por vir. O contexto da quinta trombeta afirma isso:

Capítulo 9, Versículo 4: "...e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte"

Peraí, a quem foi dito que não causasse dano aos escolhidos de Deus? Pois bem, vamos a eles:

5ª Trombeta
Capítulo 9, Versículos 1-11: E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo.
E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceu-se o sol e o ar.
E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra.
E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus.
E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.
E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.
E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia umas como coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens.
E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões.
E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como o ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate.
E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses.
E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom.
Na primeira parte do artigo falei que as 4 primeiras trombetas tinham um significado mais físico e as 3 últimas um significado mais espiritual. Aqui vemos mais claramente essa diferença. A estrela que cai do céu não pode ser considerado um ser inanimado, pois ela recebe uma chave que abre o poço do abismo. Dá para concluir a partir disto que a tal estrela seria Satanás e o poço do abismo o inferno. Satanás então abriria as portas do inferno e do chão surgiriam os demônios, representados simbolicamente pelos estranhos gafanhotos descritos nessa passagem. Considerando que os demônios estariam livres para circular pela Terra, teriam liberdade para se incorporarem nas pessoas e desencadear coisas que vemos acontecer com muita freqüência, pais voltando contra filhos, filhos contra pais, violência, bizarrices sexuais ou religiosas e por aí vai. Abadom, também seria uma representação do diabo liderando o seu exército livremente na Terra, ou mesmo a representação de um poderoso chefe político com ideais destrutivos.

Guerras: uma pista revelada na sexta trombeta (Foto: limaocom-acucar)
6ª Trombeta

Capítulo 9, Versículos 13-18: E tocou o sexto anjo a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus,
A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates.
E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.
E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões; e ouvi o número deles.
E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumaça e enxofre.
Por estes três foi morta a terça parte dos homens, isto é pelo fogo, pela fumaça, e pelo enxofre, que saíam das suas bocas.
Esta trombeta representa o massacre de um terço da humanidade, por um exército liderado por 4 anjos. Dá para arriscar dizer que algo semelhante poderia acontecer numa 3ª guerra mundial, onde estivessem envolvida as 4 principais potências no mundo atual. Eu chutaria Estados Unidos, China, Rússia e Japão. Entretanto Irã e Coréia do Norte são fortes candidatos a dar um pontapé inicial nessa possibilidade. Espiritualmente falando, este exército de espíritos encarnariam em cada homem provocando o desejo de se matarem num conflito de grandes proporções.
A última trombeta anuncia a guerra do bem contra o mal (Foto: previnasedamarca)
7ª Trombeta

Capítulo 11, Versículos 15 : E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.
A passagem da sétima trombeta faz um relato simbólico entre a luta do bem e do mal com a vitória de Deus. Não quis colar aqui porque é muito comprido, mas a quem interessar, a partir do versículo 15 em diante. A sétima trombeta evoca os sete anjos com as sete taças da ira de Deus. As taças fazem parte do terceiro julgamento da trilogia de julgamentos de Deus. A primeira taça causa feridas muito dolorosas que aparecem na humanidade (Apocalipse 16:2). A segunda taça resulta na morte de todo ser vivente no mar (Apocalipse 16:3). A terceira taça causa os rios a se tornarem sangue (Apocalipse 16:4-7). A quarta das sete taças resulta no calor do sol sendo intensificado e causando grande dor (Apocalipse 16:8-9). A quinta das sete taças causa grande escuridão e uma intensificação das feridas da primeira taça (Apocalipse 16:10-11). A sexta taça resulta no rio Eufrates secando completamente e os exércitos do anticristo se juntando para lutar a batalha do Armagedom (Apocalipse 16:12-14). A sétima taça resulta em um terremoto devastador seguido de pedras de granizo gigantes (Apocalipse 16:15-21). Notem que o conteúdo das sete taças é praticamente idêntico ao das sete trombetas. Muitos estudiosos acreditam que a diferença entre elas é temporal, ou seja uma se refere a fatos do passado e outra a fatos do futuro. Porém a linha mais aceita é que as duas estejam relacionadas entre si. O que se pode concluir disso é que as trombetas anunciam os juízos que serão imputados a terra depois do selamento do povo de Deus, pouco antes da volta de Cristo.

Analisar o Apocalipse, assim como outros livros da bíblia é realmente algo fascinante quando você resolve se aprofundar nos seus antigos textos. É conteúdo para muitas discussões acirradas entre religiosos e ateus. Mas como já aprendemos alguma vez na vida: religião não se discute. Mas analisá-las já é outra história...

As Sete Trombetas no mundo Contemporâneo (Primeira Parte)
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As Sete Trombetas no mundo Contemporâneo (Primeira Parte)

“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas”.
Todo dia vemos nos noticiários diversos tipos de catástrofes naturais, como terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, ciclones... assim como também presenciamos a ação do homem destruindo tudo ao seu redor e a si mesmo. A violência crescente, o surgimento de doenças que desafiam a medicina, famílias em pé de guerra e uma diversidade de sentimentos negativos borbulhando para todos os lados e refletindo nas atitudes de cada um. Muitos alegam que esses problemas já eram previstos há milhares de anos atrás por profetas, pessoas capazes de prever eventos futuros (se bem que a maioria adora prever coisas ruins). Dentre eles podemos citar os próprios profetas bíblicos, as antigas civilizações como os Maias e alguns igualmente conhecidos como Nostradamus, Zoroastro, Maomé, Báb, entre outros. Entretanto muitas profecias famosas atribuídas a estes profetas soam um tanto vagas, dando espaço para vários tipos de interpretações.

Nostradamus (Fonte: fronteirasdodesconhecido)

Um bom exemplo disso seria o da previsão de Nostradamus acerca da queda da União Soviética. Ele apenas afirmou algo do tipo: “Um dia serão amigos os dois grandes chefes...”, daí você é livre para imaginar o que bem entender, já que a afirmação não é direcionada para uma região específica e nem para um tempo determinado. No contexto da Guerra Fria caiu como uma luva, pois as duas potências na ocasião, Estados Unidos e União Soviética, disputavam a hegemonia mundial na época.
Dentre as previsões dos profetas, a preferida é sempre aquela relacionada ao fim do mundo. Ele costuma acabar em anos estratégicos, como o ano 2000, mas desta vez a nova data do fim do mundo está marcada para 2012. É esperar pra ver. E em se tratando de fim do mundo, a principal referência que temos é o famoso livro do Apocalipse na bíblia. Também conhecido como Revelações (que é o significado grego de Apocalipse), este livro relata a previsão dos últimos acontecimentos que antecedem a chegada do Messias que virá para levar o povo escolhido, e castigar o resto com os piores tormentos.
Apocalipse (Foto: publicadosbrasil)
O Apocalipse é um livro muito delicado de se interpretar por contar com uma linguagem pesadamente simbólica, o que dá espaço a diferentes concepções. Levando isso em conta, ao relacionar eventos como os das sete trombetas com o mundo contemporâneo podemos traçar alguns paralelos interessantes.
As sete trombetas fazem referência a sete terríveis pragas que asolarão a humanidade por um longo período de tempo. Muitos católicos e protestantes acreditam que boa parte das previsões relatadas na bíblia já acontecem nos dias atuais. As trombetas são detalhadas a partir do capítulo 8, versículo primeiro do Apocalipse, com a abertura do sétimo selo. Então vamos a elas:

As Sete Trombetas (Foto: imagensbiblicas)

1ª Trombeta
Versículo 7: O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde.
Por alguma razão isso me lembra as mudanças climáticas geradas pelo excesso de poluição, o desgaste contínuo da camada de Ozônio e o consequente aumento da temperatura do planeta. Vimos recentemente diversos focos de queimadas em vários pontos do mundo, causadas pelo desleixo das pessoas e pelas grandes oscilações de temperatura provenientes de efeitos como o El Niño. As queimadas levam consigo todos os seres viventes que vivem nas florestas, daí a ligação de uma saraiva de fogo com sangue, relatado na bíblia.
2ª Trombeta
Versículos 8-9: O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue, e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações.
À primeira vista, me veio em mente a chegada de um meteoróide ou algo parecido. Mas depois ler sobre a terceira trombeta descartei essa hipótese e pensei em outra coisa que fazia mais sentido: uma montanha ardendo em chamas me lembra um vulcão em erupção! Entretanto os vulcões existentes não seriam capazes de destruir um terço da vida marítima, mas se pararmos para lembrar que a Terra é formada de lava no seu interior, podemos imaginar que um evento vulcânico de grandes proporções no futuro poderia sim trazer uma destruição desse nível.
3ª Trombeta
Versículo 10: O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha.
Agora sim podemos afirmar que uma das pragas se refere à queda de um astro na superfície terrestres, provavelmente algo como um meteoróide ou um asteróide. Este viria por contaminar toda a fonte de água potável da natureza, matando muitos que beberiam dessas águas, segundo afirma os versículos posteriores. Muita coisa que existe no espaço ainda nos é desconhecida, então poderia ser possível a queda de um astro em nosso planeta que, em contato com a água, liberasse algum tipo de substância extremamente tóxica. Um detalhe: o nome da grande estrela citada na terceira trombeta é Absinto, mas não pense que a água vai virar bebida alcóolica porque não vai mesmo.
4ª Trombeta
Versículo 12: O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite.
Uma das previsões de Nostradamus também fazia referência a um evento onde toda a humanidade seria lançada numa escuridão perpétua. E levando em conta que a Lua não possui luz própria para brilhar, imaginar como o Sol e outras estrelas perderiam um terço do seu brilho é algo meio difícil de se imaginar. Se por exemplo, o Sol morresse, a tendência seria os planetas mais próximos serem engolidos por ele, astronomicamente falando, mas para ele perder um terço do seu brilho seria necessário perder uma boa quantidade de sua massa, e isso é possível. É sabido que estrelas maiores que o Sol perdem boa parte da sua massa em virtude de poderosos ventos estelares produzidos em sua superfície. Então num evento desse tipo o Sol poderia ter sua massa reduzida drasticamente reduzindo o seu brilho sobre os planetas e, consequentemente o calor por ele oferecido.

Símbolo das três últimas trombetas (Foto: profecias)

Entre as quatro primeiras trombetas e as últimas percebe-se uma diferença. As primeiras relatam eventos físicos, catástrofes e outros martírios que atingem diretamente o ser humano. Jás últimas são de ordem espiritual, com o surgimento da besta e de outros demônios que entrariam em contato direto com as pessoas. Mas em virtude do comprimento deste artigo, deixarei para falar delas em outro artigo.
É importante deixar claro, que isto é apenas um ponto de vista pessoal, cada um é livre para fazer a sua própria interpretação dos relatos apocalípticos.


As Sete Trombetas no mundo Contemporâneo (Segunda Parte)
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Uma viagem de ida sem volta à Marte: Quem se habilita?

Em 20 de julho de 1969 a célebre frase “Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande salto para a humanidade” foi dita por Neil Armstrong quando este pisou na superfície lunar, num dos eventos mais famosos da história. Apesar de teorias conspiracionais apontarem para uma possível fraude, diante de muitas evidências surgidas desde a época do documentário “FOX Special – Conspiracy Theory: DID WE LAND ON THE MOON?”, apresentado pela Fox Television em 2001, a própria NASA apresentou argumentos que rebateram a maior parte dos vestígios de fraude que foram denunciados até então. Portanto, não há provas suficientes de que Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins de fato não haveriam estado na Lua naquela ocasião.

Neil Armstrong em território lunar (Foto: romerolaura19)

Então se a viagem à Lua foi um grande passo dado pelo homem em direção ao espaço, qual seria o próximo passo? Marte, talvez?
Pois bem, o planeta vermelho possui muitas similaridades com o nosso: gravidade moderada, atmosfera, água, área de superfície similar à Terra, dióxido de carbono e diversos outros minerais essenciais. Além disso, depois de Vênus, é o planeta mais próximo da Terra e levaria cerca de 6 meses para se chegar lá, com a tecnologia disponível atualmente (lembrando que a viagem à Lua teria levado mais ou menos 4 dias). E hoje, seria possível uma viagem à Marte? Teoricamente sim, mas para isso algumas grandes barreiras teriam que ser superadas. Entre elas o valor do projeto que seria extremamente caro, tanto do ponto de vista financeiro, quanto do ponto de vista político, sendo que a maior parte dos gastos seria aplicada na necessidade de trazer os astronautas sãos e salvos.

Marte (Fonte: terragiratg)

            Na época do governo de George W. Bush, este lançou o projeto Constelação, que tinha como objetivo a renovação de toda a frota espacial norte-americana, visando o retorno de um astronauta à Lua em 2020. Mas com a chegada de Barack Obama ao poder, o projeto idealizado por Bush foi cancelado em março deste ano, por ter sido considerado muito caro, atrasado e pouco inovador. Ao invés disso, Obama revelou que planeja promover uma viagem do homem a Marte até 2030, pois segundo ele, até 2025 o país já teria disponíveis novas espaçonaves projetadas para longas viagens.
O que se vê na prática, porém, é que tanto uma nova viagem à Lua, quanto uma viagem a Marte parecem sonhos cada vez mais distantes, levando em conta que até mesmo o projeto Constelação foi bastante mal executado pela Nasa.
Contudo, Dirk Schulze-Makuch, professor de geologia da Universidade do Estado de Washington, e Paul Davies, um físico, escritor e apresentador reconhecido internacionalmente, lançaram recentemente uma proposta alternativa, mas viável para a viagem de um homem a Marte: Uma viagem de ida sem volta a Marte!

Dirk Schulze-Makuch (Foto: sees.wsu)
Paul Davies (Foto: abscicon)
Num artigo chamado “To Boldly Go: A One-Way Human Mission To Mars”, publicado na revista científica Journal of Cosmology, os dois físicos exploraram essa idéia em detalhes, mostrando duas possibilidades: a maciça redução de custos com a viagem e a possibilidade de se colonizar o planeta vermelho, levando em conta as diversas semelhanças entre Marte e a Terra. Segundo eles, o plano inicial seria enviar duas espaçonaves com dois tripulantes em cada, com uma quantidade suficiente de suprimentos, e módulo de pouso, para que seja estabelecido um posto avançado em Marte. Se a idéia fosse levada a sério, futuramente seria possível estabelecer uma colônia no planeta com uma sucessão de missões periódicas para dar suporte aos aventureiros espaciais. E Schulze e Davies ainda vão mais longe ao afirmar que seria possível desenvolver um programa de colonização onde os homens que se estabeleceram em Marte, ou mesmo os que ‘nasceram lá’ poderiam viajar para locais mais distantes, a partir do planeta vermelho.
Entretanto é importante registrar que assim como Marte possui semelhanças com o nosso planeta, diferenças também existem. Entre elas podemos citar a gravidade superficial marciana que é apenas um terço a da Terra, o que poderia influenciar negativamente na saúde de um indivíduo comum; o clima é muito mais frio que a Terra e sua temperatura oscila em média de -63ºC para -140ºC; o lugar é desprovido de lençóis de água em sua superfície; o nível de energia solar que alcança o planeta é metade do nível alcançado pela Terra; a pressão atmosférica do planeta vermelho é inferior à necessária para a sobrevivência humana, sendo obrigatório o uso de trajes descompressores, assim como as estruturas locais que necessitariam de câmeras de descompressão similares as das espaçonaves; inexistência de esfera magnética para refletir o vento solar. Ou seja, na prática, um ser humano não conseguiria viver mais que 1 minuto em território marciano sem o uso de um traje especial e já perderia a consciência em 20 segundos!

Colonização de Marte (Foto: historiadivertida)
Em relação à segurança dos candidatos a uma ida sem volta à Marte, Schulze e Davies consideram importante a existência de cavernas ou algum outro tipo de formação rochosa, localizada próximo à recursos naturais como a água, e que servisse de abrigo aos moradores terráqueos contra a ionização e os raios ultravioletas, devido à ausência de ozônio e magnetosfera. Mas será que apenas isso seria o suficiente para se estabelecer em solo extraterrestre?
Por incrível que pareça muitos já manifestaram interesse em se voluntariar para tal projeto, e, caso ele se torne realidade um dia, o que não faltará são cobaias dispostas a se despedir permanentemente de seu planeta natal em busca do desconhecido.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

As esferas de Klerksdorp – Uma evidência de vida extraterrestre?

O ser humano sempre buscou evidências que comprovassem a existência de outras formas de vida fora do planeta Terra. Quanto mais a nossa tecnologia avança, mais descobrimos o quão imenso é o universo e quanto mais ele é explorado mais surgem pistas do que seria a prova irrefutável de vida em outros planetas e galáxias. Entretanto, o homem também teima em procurar essas evidências em seu próprio planeta, acreditando que alienígenas vêm, ou já vieram nos visitar em outras épocas.
Assim, um dos mistérios que ainda intrigam os cientistas até hoje, e em particular, os especialistas da Nasa é de como se deu a formação de cerca de 200 pequenas esferas extraídas de uma profunda escavação em Wonderstone, África do Sul, em uma mina de prata. Mas o que teria de especial essas esferas?

Exemplares das Misteriosas esferas (Foto: mmmgroup)

Na verdade esses curiosos objetos possuem diversas características que os tornam notáveis. Elas medem de 1 a 4 polegadas e são formados por uma estranha mistura de níquel e aço, que não é encontrada na natureza, ou seja, o objeto teria sido manipulado por alguém para ser criado. Todavia as esferas foram extraídas de uma rocha pirofilita (associada a minerais aluminosos) e após serem estudadas por especialistas, uma análise feita através da técnica do rádio-isótopo revelou que estes objetos possuem cerca de 2,8 a 3 bilhões de anos! Logo seria impossível elas terem sido manipuladas por alguma forma de vida inteligente da Terra, já que esta, historicamente falando, só surgiu recentemente, de acordo com a ciência.

Iapetus, a lua de Saturno (Foto: withfriendship)
Além disso, as esferas, quando abertas revelam um tipo de material esponjoso que se desintegra em pó, quando em contato com o ar. Possuem um equilíbrio de peso extremamente bem calculado e a maioria curiosamente guardam uma grande semelhança com Iapetus, uma das luas de Saturno. Outras ainda tem 3 riscos paralelos ao redor de si.
No museu sul-africano de Klerksdorp, uma das esferas guardadas misteriosamente é capaz de ficar girando em torno do próprio eixo, mesmo sem sofrer nenhum tipo de vibração externa. Ela ainda é capaz de oscilar num parâmetro de um milésimo de polegada, com absoluta perfeição.
Os técnicos da Nasa, depois de análises no artefato concluiu que não existe tecnologia terrestre capaz de produzir um objeto tão equilibrado quanto uma dessas esferas e o único modo da tecnologia humana, ou mesmo da natureza, criar algo tão equilibrado assim, seria em gravidade zero.


Variados tipos de esfera (Foto: virtuescience)

Acerca disso tudo podemos concluir que nem sempre o ser humano pode encontrar explicação pra tudo nessa vida. Agora se essas esferas são de origem alienígena, aí tudo o que for afirmado não passa de mera suposição. Já tem gente dizendo que essas esferas teriam sido feitas por civilizações antigas que o homem desconhece. Outros já acreditam que isso seria obra de um viajante do futuro que teria deixado vestígios de sua visita há bilhões de anos atrás. Enquanto nada concreto puder ser constatado, o mistério acerca desses curiosos artefatos permanecerá.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Partícula de Deus

Um dos grandes mistérios da humanidade diz respeito à tão falada origem do universo. De onde viemos? Como se deu o início da vida? Para onde vamos? São perguntas que o homem tentou, desde os primórdios de sua existência, buscar evidências que o levasse a uma resposta definitiva. Enquanto essa resposta não chega, continuamos calcados em teorias científicas ou religiosas.
A teoria religiosa mais conhecida é a de que um Ser absoluto a quem chamamos de Deus, no princípio, criou o universo, a vida, as plantas, os animais... o homem. A bíblia o define como o Alfa e o Omega, princípio e fim, então podemos concluir que Deus sempre existiu, ele não possui origem, pois em verdade ele é a origem em sua essência. Um ser onipotente capaz de criar e fazer o que bem entender.


Big Bang (Foto: vinde)
                                           
Já, cientificamente falando, a teoria cosmologicamente dominante é a do Big Bang, que seria uma grande explosão térmica que, de alguma forma, teria trazido todas as coisas existentes no universo: estrelas, planetas e a vida (até então só comprovada no nosso planeta Terra). Esse artigo gostaria de se ater somente a essa possibilidade, pois, a grosso modo, é muito difícil acreditar que uma explosão no espaço tenha criado tudo, assim : pá-pum!

Grande Colisor de Hátrons (Foto: caianareal)
Recentemente cientistas comemoraram uma explosão feita num acelerador de partículas conhecido como ‘Grande Colisor de Hátrons’. Tal explosão seria uma espécie de simulação do Big Bang, mas uma simulação em miniatura. O aparato tecnológico para tal feito custou aproximadamente US$ 10 bilhões, e um simples reparo por conta de um superaquecimento custou cerca de US$ 40 milhões, ou seja, o valor investido nessa parafernália já explicita a importância da pesquisa científica nessa área.
Mas o que significa esse “mini Big Bang”, criado pelos cientistas? Será que eles seriam capazes de criar outro universo dentro do universo em que vivemos? Na prática não é tão simples assim.
A explosão em evidência foi gerada através da colisão de dois feixes de prótons a 7 tera-elétron volts. Mas o que foi gerado através desse Big Bang artificial? À princípio, nada. O objetivo dos cientistas é justamente descobrir o que falta para a matéria ser gerada e eles acreditam que isso é função de uma partícula conhecida como partícula de Deus. Tal partícula seria responsável de dotar de massa tudo o que existe no universo, gerando estrelas, planetas e galáxias através da transformação dos gases. Além disso, outro objetivo dos cientistas é descobrir evidências concretas sobre a existência da suposta matéria negra (um tipo de matéria que só interage gravitacionalmente), que seria responsável por cerca de 23% da densidade de energia do universo, enquanto 73% seria constituído de energia escura e 4% de energia bariônica (mas isso fica pra um outro artigo).

Bóson de Higgs (Foto: dionisioempedacos)
Voltando à questão da partícula de Deus, esta é uma particular elementar escalar maciça hipotética que tem como função validar o modelo padrão atual de partícula. Dentre todas as partículas do modelo padrão, esta foi a única que não foi observada e, mesmo assim, representa a chave para explicar a origem da massa de outras partículas moleculares.
Essa partícula foi predita pela primeira vez em 1964 pelo físico britânico Peter Higgs e, por essa razão, também ficou conhecida como Bóson de Higgs. Com o funcionamento do Grande Colisor de Hátrons desde 2008, cientistas esperam encontrar a prova definitiva do Bóson de Higgs.
No caso do Big Bang, a partícula ainda possibilitaria o surgimento da vida na Terra, e talvez em outro lugares do universo. Então se a sua existência for comprovada, talvez não nos pareça mais tão absurdo imaginar que uma explosão no princípio tenha criado tudo no universo, desde os grandes astros até os mais complexos organismos viventes.

Um "Cristo" polonês: como diria Chacrinha: Nada se cria, tudo se copia...

Swiebodzin é uma pequena cidade localizada no interior da Polônia, na voivodia de lubúsquia e no condado de Świebodziński. Possui uma extensão territorial de 10,54km², com cerca de 22.000 habitantes. É um lugar pacato, muuito frio e sem nenhuma projeção para além de seu país que nos fizesse notar a sua rudimentar existência. Até agora...

 Swiebodzin (Foto: mapofpoland)
                                              
Podemos dizer que atualmente Swiebodzin tem algo em comum com o Rio de Janeiro, mas o que seria? As praias cariocas? Não. O calor típico de um país tropical? Não. O carnaval mais quente do planeta? Não... A resposta para isso é algo mais inusitado: um Cristo Redentor! Isso mesmo que você ouviu! A Polônia concebeu um plágio descarado do nosso famoso Cristo Redentor! Pior do que isso, eles inauguraram recentemente o monumento que ficou conhecido como a maior estátua de Cristo do mundo! Enquanto o nosso Redentor mede 30 metros de altura (fora o pedestal), a versão polonesa mede 3 metros a mais, simbolizando no total a idade em que Cristo viveu.



O Redentor polonês (Foto: statuemarvels) 
                                        

Ao todo a obra mede 52 metros de altura, enquanto o monumento carioca com seu pedestal mede 14 metros a menos. Como se isso não fosse abuso o suficiente, a versão gringa ainda possui uma coroa dourada na cabeça com cerca de 3 metros de altura!
A idéia foi concebida pelo padre Sylvester Zawadzki, de 78 anos, conhecido por aquelas bandas como “padre construtor”. A obra custou aproximadamente 1 milhão de euros de doações da comunidade polonesa em todo o mundo e, mal foi inaugurada,  já dividiu a opinião dos moradores da região. Enquanto uns apóiam a iniciativa do padre, como o prefeito da cidade que quer usar o seu Cristo como meio de atrair turistas, assim como acontece no Rio de janeiro, outros já acham que os gastos com essa obra poderiam ter sido investidos em escolas e projetos de fundo social. Além disso, muitos acharam que a estátua foi construída num lugar pouco estratégico, num campo aberto, excessivamente próximo a um super mercado e a uma autoestrada.

Paisagem ao redor do Cristo Polonês (Foto: statuemarvels)
                                
Criador e criatura (Foto: freerepublic)
                                             
Nesse sentido, o Cristo polonês leva desvantagem, pois o nosso aproveita toda a beleza natural que existe ao seu redor e, no alto do corcovado, apresenta uma das mais belas paisagens do mundo.

O nosso Cristo (Foto: blogdoestevao)
            Uma coisa curiosa é que o nosso Cristo também possui um pouco da Polônia em si, já que um de seus criadores, o artista francês Paul Landowski, também é de origem polonesa.
Dessa forma, entra para as estatísticas mais um redentor, pois para quem achava que Cristo Redentor existia só no Rio de Janeiro, dá uma olhada nisso:

 Cristo Redentor de Cochabamba, Bolívia (Foto: pictureninja)
                                            

 Cristo-Rei, Almada, Portugal (Foto: spot.sapo)

                                     
Cristo Redentor, Rio Verde, Goiás (Foto: panoramio)
                                    
Cristo Redentor, Niquelândia, Goiás (Foto: leandroaraujofernandes)
                                        

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Caixões Temáticos

Que tal no dia do seu velório você ser enterrado com bastante estilo? Não entendeu? Pois bem, imagine que você seja um skatista famoso no bairro por executar manobras com bastante personalidade. Num certo dia, em uma de suas apresentações para a galera você resolve inovar e tenta fazer o que nenhum ser humano jamais ousou fazer em vida: um giro de 1800º Cosmic Laser Blaster Foderoso! E lá vai você rodopiando que nem um tornado descontrolado até que, por obra do destino, o skate voa da sua mão, cai na cabeça de algum expectador que mal prestava atenção nas suas peripécias, e você cai rodando tão rápido que ficou tonto demais para ter aquele flashback de toda a sua vida .. POFÓTI! No chão!! Morreu. Então os fãs enlouquecidos resolvem te homenagear sepultando você num caixão em forma de skate! Não seria maravilhoso? Não daria gosto de morrer sabendo que isso é possível? Com certeza né? Olha aí:

                                             (Foto: Terra)

Esse modelo foi concebido por uma família de um garoto de 11 anos que morreu em um trágico acidente envolvendo um skate.

Além disso existem outros modelos para ocasiões bem distintas:

                                              (Foto: Terra)
Esse caixão foi encomendado por Pat Cox, enfermeira e professora de música que, por amar tanto o balé, decidiu que gostaria de ser enterrada num caixão em forma de sapatilha. A louca...

                                             (Foto: Terra)

Esse teve a idéia concebida por Ivan Fox, um ex-empregado da empresa Vic Fearn Co Ltd, uma empresa especializada justamente na criação de caixões temáticos.

                                              (Foto: Terra)

Aqui está um modelo ideal para os amantes de futebol. Faz parte de um pacote para torcedores do Portsmouth, que inclui um velório feito no próprio campo do time e com a possibilidade de cremar o fanático e espalhar as cinzas pelo campo. Já pensou se isso vira moda no Brasil?

                                              (Foto: Terra)

Para os amantes de carros antigos eis aqui uma réplica do famoso Rolls Royce. Com esse, se você bater o carro e falecer já é enterrado automaticamente nele mesmo. Prático, não?

                                             (Foto: Terra)

Para quem curte um metal pesado, ou simplesmente se amarra num Guitar Hero, o ideal é ser enterrado num caixão como este. Você já é despachado pro além como uma estrela do rock!

                                              (Foto: Terra)

Se você é adepto da birita, da degustação de um fino vinho, ou de qualquer outra bebida à base de um alcoolzinho, que tal ser enterrado num caixão em forma de saca-rolha? Na falta de um esquife em forma de uma garrafa seria uma boa opção, né?


                                           (Foto: Terra)

Agora se você faz parte do “lado arco-íris” da força, você tem a opção de ser sepultado num caixão totalmente decorado com imagens de homens musculosos nus e arco-íris. Seu luxuoso interior revestido em pelúcia é um arraso. O slogan dos criadores diz o seguinte: “para aqueles que querem um lugar quente e uma fantástica partida terão em nós um sensível parceiro”. Os criadores ainda defendem que jovens homens musculosos são a maneira perfeita de sepultar um ente querido. Então ta né?

Por mais estranho que pareça, esses bizarros modelos já se tornaram comuns no mercado britânico, e empresas como a já citada Vic Fearn Co Ltd, é especializada em produzir por encomenda os mais variados tipos de esquifes.  Fica aí a dica.
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