sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vórtice Kinesis – Parte II - Uma pista Atômica



(fonte: corpodesom)

Temos que começar primeiro com o átomo, qualquer átomo. Há apenas um pouco mais de 100 átomos em todo o Universo que conhecemos. Tudo o que vemos é construído a partir destes e de uma combinação destes. Todos os átomos são compostos de prótons, elétrons e nêutrons, exceto o hidrogênio, que não tem nêutron. Nenhum átomo é diferente do outro, exceto nos números: hélio, cálcio, titânio, estanho... são tudo a mesma coisa. . . exceto em número. Eles seguem uma progressão ordenada matemática. O hidrogênio, o átomo mais simples, tem um próton no núcleo e um elétron em órbita. O hélio tem 2; 3 prótons no núcleo e 3 elétrons em órbita, logo não é mais um gás, assim como o lítio, um metal prateado. Já o Seabórgio, é bem mais com plexo com seus 106 prótons no núcleo.
Portanto, a diferença entre toda a matéria deve ser a energia eletromagnética criada pelo número diferente dessas partículas carregadas, e não na base composta destas partículas como indivíduos. A razão entre o nitrogênio e o oxigênio é tão diferente, enquanto gases, que não parece que o nitrogênio tem 7 prótons e 7 elétrons e que o oxigênio tem 8 de cada. Tal diferença deve estar na quantidade diferente de energia eletromagnética que um próton e um elétron faz para mudar uma substância.
A diferença não está na composição das partículas, mas no espaço entre as partículas em órbita (elétrons) e no núcleo (com prótons). Esse espaço é a substância de tudo, é a energia eletromagnética, é a “realidade”, é o átomo. Eletromagnetismo é a substância de tudo. Em essência, o "espaço" é a substância de toda a estrutura. Este espaço é energia. Compreender a estrutura de toda a matéria é fundamental para compreender o potencial ilimitado de manipulação ou deformação do eletromagnetismo, já que ao fazê-lo são capazes de afetar a própria energia que cria todas as coisas. Isso é muito superior à mera divisão do núcleo de um átomo complexo que apenas fornece uma forma violenta de energia. A chave de tudo está dentro da força eletromagnética do átomo: criação, transmutação. . . poder ilimitado.

Átomos (Fonte: gravitywarpdrive)
Átomos individuais de cinco elementos em comum: hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio e ferro. Não só o número variável de prótons no núcleo e o número de variáveis ​​e sistema de órbitas de elétrons fazem uma substância diferente do outro,  pois a proximidade de um tipo de átomo para outro cria um conjunto ilimitado de substância. A molécula da água é H2O. Em outras palavras, dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio. Dois gases se combinam para formar um líquido. Não é uma diferença substancial: os prótons são ainda os prótons, os elétrons ainda elétrons. A energia eletromagnética foi afetada pela proximidade dessas partículas carregadas que constituem os átomos. Uma nova substância é criada. Para dar uma idéia de quão universais são essas substâncias e quão ilimitado é o potencial do que elas podem criar, observem esta fórmula atômica:
C3032 H4812 N780 Fe4 O872 S12
Você sabe o que esta fórmula é? É a molécula mais complexa conhecida pelo homem: os glóbulos vermelhos. Coloque os átomos de cada substância – 3.032 átomos de carbono, 4.812 de hidrogênio, 780 de nitrogênio, 4 átomos de ferro, 872 átomos de oxigênio e 12 átomos de enxofre em conjunto na ordem certa e você tem a molécula mais complexa que conhecemos. É uma coisa tão pequena que precisa de um microscópio de alta potência a fim de vê-lo. A velocidade com que os glóbulos vermelhos exercem as suas funções complexas é incrível. Os dados complexos que eles carregam é ainda mais incompreensível. Sua comunicação com os receptores minúsculos nos tecidos corporais é equivalente a escrever o endereço de Gettysburg na ponta de um alfinete, enquanto passa o pino na velocidade de um míssil.

Glóbulos vermelhos (Fonte: dicascuriosidadeemais)
Na última parte desse artigo será abordado um pouco a respeito das transmutações e das dimensões.


            Vórtice Kinesis – Parte I – Túneis do tempo e Relatividade


            Vórtices Kinesis – Parte III – Transmutações e Deformações do Espaço


            Vórtice Kinesis – Parte IV – Desafiando as progressões de tempo através da manipulação dos vórtices

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quadricópteros Inteligentes

O quadricóptero, também conhecido como quadrocóptero ou quadrotor, é uma aeronave que se assemelha a um helicóptero, mas com 4 hélices. Atualmente, muitos aeromodelos tem sido construídos baseados no quadricóptero. Eles estão na categoria dos drones (aeromodelos que conseguem unir brinquedo, videogame e tecnologia ao mesmo tempo). Quando estes drones são autônomos, isto é, não precisam de um piloto para controlá-los os chamamos de UAVs (Unmanned Aerial Vehicles).


(Fonte: tecnologia.terra)

Os quadricópteros possuem excelente estabilidade devido as suas quatro hélices e ao uso de giroscópios nos seus três graus de liberdade, podendo realizar manobras que seriam bem difícieis para um aeromodelo comum. Esses ‘veículos aéreos’ vieram para ficar. Ao menos quando o assunto são os microveículos aéreos.


(Fonte: inovacaotecnologica)

Este é o Pixhawk Cheetah, criado por três pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, e que parece ser a última palavra em veículos robotizados autônomos.
O pequeno helicóptero de quatro rotores tem 55 centímetros de diâmetro. Alimentado por baterias de polímero de lítio, ele pode voar por até 12 minutos. E, para lhe dar "inteligência", uma verdadeira central de processamento, com circuitos específicos para acelerar o processamento de imagens.
Quatro câmeras com armação flexível alimentam o computador de bordo com um fluxo contínuo de imagens, dando ao helicóptero a capacidade de avaliar e resolver não apenas seus problemas de navegação, mas também procurar por sobreviventes ou qualquer outro objeto para o qual ele tenha sido programado. E tudo sem nenhuma ajuda externa.
O Cheetah foi projetado para operações de busca e salvamento. Imagine um cenário típico de um edifício que desmoronou parcialmente, no interior do qual pode haver sobreviventes. A tarefa mais importante em uma situação desta é delimitar a área de busca e orientar as equipes de resgate para o local correto. Os socorristas também precisam saber o estado interior do prédio para avaliar os danos, antecipar prováveis riscos e determinar a melhor estratégia de resgate.


(Fonte: braiphone)

Sempre se imaginou que robôs fossem a melhor alternativa para fazer essa varredura inicial, e vários deles já foram construídos com esses objetivos.
Mas Lorenz Meier, Friedrich Fraundorfer e Marc Pollefeys desta vez parecem ter pensado em tudo o que pode dar errado. A comunicação sem fios, segundo os pesquisadores, não parece ser uma alternativa a toda prova: concreto e estruturas metálicas geram interferência e podem diminuir a área de ação do mini-helicóptero. Por isso ele deve ser autônomo.
Imagens transmitidas diretamente também podem chegar borradas devido à interferência - por isso o veículo deve ter seu próprio sistema de armazenamento de imagens, trazendo-as intactas para o operador após a varredura inicial.
Embora a comunicação sem fios esteja disponível no Cheetah, para ser usada se as condições forem boas, ele não depende dela.
Mas, se o operador não está vendo as imagens e guiando o helicóptero, como ele poderá encontrar os sobreviventes? Através de um sofisticado sistema de visão artificial, capaz de identificar pessoas no meio dos escombros, e até textos, caso ele tenha sido programado para chegar em alguma área identificada.


(Fonte: portocity)

O sistema de reconhecimento de padrões identifica partes específicas das imagens captadas pelas câmeras, comparando os elementos detectados com um banco de dados de padrões que o sistema está buscando - rostos de pessoas, por exemplo.
Mas por que depender unicamente de imagens quando se pode usar GPS, sensores e até sistemas de navegação a laser, como o LIDAR? A resposta dos pesquisadores é novamente a independência e a autonomia.
O sistema mantém um registro exato de quando uma imagem ou a medição é feita e registra o estado inercial do quadricóptero a cada momento. A fusão dos dados visuais e inerciais permite que o veículo sempre saiba sua posição, permitindo que ele identifique e evite potenciais obstáculos em seu caminho.
"Estamos nos concentrando agora em melhores algoritmos de visão para localização e desvio de obstáculos, usando sensores passivos, além de imagens de vídeo. Estamos confiantes de que este trabalho vai permitir a criação de microveículos autônomos com maior autonomia em ambientes de desastres," afirmam os pesquisadores.


(Fonte: noticias.r7)

Quadricópteros que jogam pingue pongue

Cientistas de um laboratório na Suíça criaram robôs capazes de voar e rebater uma bola de tênis de mesa como se estivessem participando de um jogo. As máquinas contam com sensores de movimentos, que são interpretados por dois computadores, e dispensam a intervenção humana.
Os robôs foram criados por pesquisadores do Swiss Control of Distributed, Autonomous Systems (Suíça). Quatro hélices fixadas nas extremidades permitem que os robôs se movimentem e posicionem corretamente a raquete – apenas uma pequena região da raquete serve para rebater a bola com precisão. Os pesquisadores divulgaram um vídeo (em inglês) para exibir os robôs em funcionamento.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Vórtice Kinesis – Parte I – Túneis do tempo e Relatividade

Desaparecimentos têm confundido e fascinado as pessoas por milhares de anos, desde o desaparecimento repentino do profeta Enoque até o sumiço sem vestígios do crítico satírico Ambrose Bierce, por volta de 1880. Nessa época era muito comum a existência de artigos sobre o desaparecimento de pessoas, como por exemplo, alguém estar andando por um campo aberto e simplesmente desaparecer. Mas um assunto era comumente tratado dentro dessas histórias, sejam elas verdadeiras ou falsas – a existência dos vórtices  (ou ‘funil’, como é comumente conhecido). Para Bierce, estes funis invisíveis existiam dentro de uma pradaria, ou em qualquer lugar, em que uma pessoa confiante andou e costumavam surgir em um horário diferente no espaço, embora certamente a relação Espaço / Túnel do Tempo não tenha sido sequer uma parte do conhecimento científico ou popular existente na década de 1880. Para Elias, na época do Antigo Testamento, ele teria sido levado embora em um "turbilhão de fogo" - um vórtice. Para a visão de Ezequiel, eram turbilhões dentro de redemoinhos.


Vórtice gerado pelas pontas da asas do avião (Fonte: wikinfo)

Mas o que vem a ser um vórtice?  Segundo o Wikipedia, vórtice ou funil é um escoamento giratório onde as linhas de corrente apresentam um padrão circular ou espiral. São movimentos espirais ao redor de um centro de rotação. Ele se origina a partir da diferença de pressão entre duas regiões vizinhas. Geralmente são encontrados nos mais diversos locais da natureza, como correntes circulares de água vindas de marés conflitantes, como quando se mexe uma xícara de café, uma ilha no meio do oceano, furacões, tornados ou efeitos de ponta de asa. Este último é muito estudado pela indústria aeronáutica, pois sua geração aumenta o arrasto da aeronave. Esse efeito recebe o nome de arrasto induzido e é minimizado pela presença de empenamentos e winglets, que dificultam o deslocamento de ar.


Ambrose Bierce (Fonte: famouspoetsandpoems)

Para os cínicos, histórias como as de Bierce eram apenas fantasiosas, mas a literatura em si tem uma forma estranha de ser profética. Na grande idade científica do século 20, descobriu-se que toda matéria possui realmente um nível de vórtice kinesis. Esse termo descreve o conceito de que todas as coisas giram em torno de outros organismos. Assim, o corpo é o núcleo de um átomo ou o coração de uma galáxia, agora entendida como um buraco negro supermassivo. Quer se trate de grandes galáxias, planetas, sóis, ou o menor átomo, todas as coisas giram sobre um eixo e giram em torno de um núcleo. A ação natural de energia é o vórtice kinesis. Que efeitos poderiam acarretar se a natureza ou a humanidade intensificasse essa ação dentro da matéria? Poderíamos perturbar o ritmo natural da matéria? Ao fazermos isso, seríamos capazes de afetar a matéria, o tempo e o espaço? Vamos fazer uma viagem através de potenciais fatos.
Com a chegada do século 20, veio a capacidade da humanidade em prosperar nos campos da cultura científica. Isso permitiu aos homens da ciência começarem a contemplar coisas tais como deformações do espaço/tempo. Talvez, eles foram instigados a fazer esse tipo de abordagem por causa da crença popular em contos como o “expresso na tarde de sábado”, de Bierce, ou em histórias populares de Oliver Lerch sobre desaparecimentos repentinos. A veracidade dessas histórias não é importante aqui. O importante é que esses autores capturaram a imaginação popular, e talvez abriram as portas para os homens da ciência  falarem sobre isso em termos sérios, sem ter medo de virarem motivo de piada na sociedade. O mais famoso para dar corpo à idéia racional de deformações do espaço-tempo foi sem dúvida o Dr. Albert Einstein. Sua própria citação, define o teor de seu modis operandi para a descoberta científica: "A ciência é apenas o refinamento do pensar cotidiano".

Vórtice gerado por um avião (Fonte: en.wikipedia)

Usando seus "experimentos mentais", o seu conhecimento científico permitiu-lhe calma para dar direção à sua imaginação. Assim, enquanto outros físicos saíram da escola com a mesma educação que ele tinha, tendo arcabouço para realizar apenas a mecânica da física, Einstein tinha talento para pegar o mesmo conhecimento desses físicos e dar um rumo totalmente pioneiro para a ciência. Em essência, ele sentou e pensou sobre o que considerava a respeito do que imaginava. E isto não foi simplesmente ‘vôos de fantasia’, pois tais reflexões foram baseadas em fatos apurados e inferências racionais a partir de dados observados. Imaginou aceleração no espaço e veio com a relatividade. Ele postulou que a gravidade não era uma força a todos, mas uma curvatura do espaço em torno de um corpo maciço, como um planeta, acelerando através do espaço. Ele postulou que o tempo foi contínuo com o espaço.
Um exemplo pode nos ajudar a entender. Quando dois carros de passeio, A e B, aceleram ao mesmo tempo de forma uniforme, para as pessoas que estão dentro do carro A a impressão que se tem em relação ao carro B é que este não parece estar se movendo, e vice-versa. Já para uma pessoa a pé na beira da estrada, os carros passam a uma velocidade fantástica e se vão. Para quem está dentro, a vida continuaria a mesma, eles iriam ver o ritmo do carro ao lado deles. Seria a mesma porque eles estão sendo movidos na mesma velocidade que os carros. O nosso planeta é como um daqueles carros: ele está sendo movido no espaço, e nós junto com ele. O carro pode ser considerado uma evolução do tempo também. Nesse exemplo tudo estaria bem para as pessoas dentro do carro enquanto este é movido para qualquer lugar, ou até mesmo se uma dessas pessoas pulasse para o próximo carro, já que o ritmo de ambos é o mesmo. Tudo estará dentro do padrão determinado pelos carros em movimento desde que você se mova para nada, se movendo na mesma progressão. Mas ao tentar descer do carro enquanto ele está se movendo deixaria na poeira qualquer um dos passageiros, o carro aceleraria de vista e o ‘mundo’ daquele passageiro teria ido embora para nunca mais. A partir daí o passageiro que pulou fora do carro já estaria em uma progressão diferente daquela progressão padrão e não poderia voltar até que fosse capaz de acelerar rápido, o suficiente para ultrapassar o carro.

Albert Einstein (Fonte: andrebaumer)
Einstein postulou que a curvatura do espaço poderia causar até mesmo uma curva na luz através de uma onda eletromagnética que tradicionalmente segue linhas retas. Mas em 1919, Sir Arthur Eddington detectava uma alteração na posição de uma estrela durante um eclipse total. Einstein parecia estar certo: o espaço foi curvando ao redor do planeta e a luz do corpo celeste foi dobrada. A Relatividade ainda não seria mencionada, pois ninguém sabia ao certo o que era. Assim, parecia de fato que o espaço foi curvando massas nele próprio. Se este foi o resultado da gravidade, ninguém está certo ainda. Mas se a luz foi afetada, então, também, todos os comprimentos de onda da energia poderiam ter sido afetados. Afinal, a luz é apenas um comprimento de onda eletromagnética. Se a luz se curvou, então significa que ela foi diminuindo. Então, se o tempo e o espaço eram contínuos, será que poderia ser retardar o tempo, dobrando o espaço?
A peça chave da Relatividade de Einstein era, obviamente, E = mc2 - isto é, a energia é igual a massa vezes a velocidade da luz ao quadrado. Na verdade, é uma equação simples, mas suas ramificações são monumentais e universais. Isso significa que há uma quantidade incrível de energia em qualquer objeto, se pudéssemos alcançá-la no núcleo de seus átomos. O resultado desse alcance foi conhecido em Alamogordo, Novo México, no dia 16 de julho de 1945, através de uma detonação nuclear que botou à prova a famosa fórmula E = mc2. Uma reação em cadeia do átomo de urânio provocou a maior explosão que o homem já conheceu. A idade atômica havia amanhecido.


(Fonte: aventurasdafisica)

À medida que a idade do espaço amanheceu, veio mais uma prova de conceito de Einstein sobre a continuidade do tempo e do espaço. Os relógios atômicos colocados em alturas orbitais registraram o tempo passando apenas um pouco mais rápido do que ao nível do mar. Onde a gravidade e, portanto, uma curvatura do espaço foi o maior, o tempo passou mais devagar, onde não foi, passou mais rapidamente. A passagem de tempo registrada na experiência aqui foi realmente mais lenta do que no espaço. A massa deste planeta parecia, assim,  dobrar o espaço, e com isso retardar o tempo (marginalmente falando). Mas finalmente abriu-se o labirinto do tempo à conquista lógica. Teoricamente, propôs-se a grande curvatura do espaço, o tempo maior seria mais lento. Mas se a Terra só poderia retardar o tempo, fracionada pelo enorme tamanho e velocidade através do espaço, então tanto na terra como em qualquer outro lugar será que o espaço poderia ser curvado ainda mais para afetar significativamente a progressão do tempo?


Vórtice nas águas de Copenhagen (Fonte: dicadesucesso)

Agora, nos exemplos acima de carros correndo, obviamente, eles não podem ir rápidos o suficiente para realmente dobrar o espaço e bloquear um deles em uma progressão de tempo diferente. Mas será que realmente necessitam de grande massa e velocidade para isso? Mas se o caminho do tempo jazia energia, não poderia dobrar ou alterar suas freqüências eletromagnéticas também para que isso aconteça? Deve haver outros métodos para curvar ondas eletromagnéticas. Falaremos mais sobre isso na próxima parte desse artigo.


            Vórtice Kinesis – Parte II - Uma pista Atômica


            Vórtice Kinesis – Parte III – Transmutações e Deformações do Espaço


            Vórtice Kinesis – Parte IV – Desafiando as progressões de tempo através da manipulação dos vórtices

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Era o Livro de Enoque um falso evangelho?

Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e também depois, quando os filhos de Deus (Nefilins) conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antigüidade. Gênesis 6:4
Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos (insetos); e assim também éramos aos seus olhos. Números 13:33
“E quando Enoque viu isso, ficou com a alma amargurada e chorou por seus irmãos; e disse aos céus: Recusar-me-ei a ser consolado; mas o Senhor disse a Enoque: Anima-te e alegra-te; e olha.” (Gênesis)

(Fonte: leandroprata)
O Livro de Enoque é mais conhecido por sua versão etíope e mais tarde por suas traduções gregas dos capítulos I-XXXII, XCVII-CI e CVI-CVII, bem como algumas citações importantes feitas por Georgius Syncellus, o autor bizantino. Teria sido escrito pelo profeta Enoque, ancestral de Noé, contendo profecias e revelações. A Epístola de Judas cita um trecho desta obra .
Em Qumram, foram encontrados na Gruta 4, sete cópias raríssimas que foram atestadas pela versão Etíope. Estas cópias embora que não idênticas na totalidade foram encontradas em conjunto com algumas cópias do Livro dos Gigantes, referenciadas no capítulo IV do Livro de Enoch.
As cópias de Qumram foram catalogadas com as referências 4Q201-2 e 204-12 e fazem parte da herança deixada pela comunidade Nazarita do Mar Morto, em Engedi.
O Livro de Enoque também é chamado de Primeiro Livro de Enoque. Existem outros dois livros chamados de Segundo Livro de Enoque e Terceiro Livro de Enoque, considerados de menor importância.


(Fonte: forum.intonses)

Existem muitos livros que foram banidos do corpo bíblico por serem considerados apócrifos (incultos ou não inspirados por Deus). Em sua considerável maioria eram justamente os mais reveladores, trazendo importantes informações sobre uma série de acontecimentos ligados aos contatos divinos com o homem.

O Livro do Profeta Enoque (citado em Judas 14), patriarca bíblico antediluviano (ou seja, que viveu antes da destruição e afundamentos de continentes), é, sem dúvida, um dos mais reveladores. Seu livro mostra, entre outras coisas, que 200 “anjos” desceram à Terra e tiveram filhos e filhas com as mulheres terrestres. Como estamos vendo, não é de hoje que seres poderosos, na Bíblia chamados de Nefilim, se relacionam intimamente com nossa humanidade. Esses anjos ensinaram muitas coisas para os homens, como astronomia, noções de meteorologia, medicina, etc.


Nefilins (Fonte: stevequayle)

Enoque cita o final de um continente, antes do dilúvio, devido à sua extrema corrupção. Os Nefilins e os humanos começaram a se degenerar (anjos unindo-se a mulheres) e isso não foi bem-visto pela Justiça Divina.

O sétimo, entre os patriarcas antediluvianos, é, fora de qualquer suposição, totalmente diferente dos seis que, no curso dos séculos, o precederam (Adão, Set, Enos, Cainã, Maladel, Jared), assim como dos três que o sucederam (Matusalém, Lameque, Noé).

No Livro do Gênesis diz que Enoque não morreu fisicamente, em realidade, senão que “caminhou com Deus e desapareceu, porque o levou Deus”.

"Andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos; e gerou filhos e filhas. Gênesis 5:22

Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos; Gênesis 5:23

Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou. Gênesis 5:24"

(Fonte: livesincristministries)
O Livro de Enoque é realmente apócrifo? Alguns estudiosos têm certeza de que esse livro foi escrito originalmente em hebraico, outros julgam que a língua original foi o aramaico e outros tantos acreditam que algumas partes foram escritas em hebraico e outras em aramaico. A primeira parte do Enoque etíope (caps. 1-36) tem uma importância imensa, pois remonta provavelmente em 300 a.C. e aos primeiros livros da Bíblia.

"Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus. Hebreus 11:5”

Para estes também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor com os seus milhares de santos, Judas 1:14"


Anjo em contato coma filha do homem (Fonte: planoslie)

“III - E, agora, ouvi-me, meus filhos, que eu descerrarei os vossos olhos para que possais escolher aquilo que Ele ama e desprezar tudo aquilo que odeia, para poderdes caminhar perfeitamente em todos os Seus caminhos e não errardes seguindo impulsos culposos ou deitando olhares de fornicação. Porque muitos foram os que se desviaram e homens fortes e valorosos aí escorregaram, tanto outrora como hoje. Caminhando com a rebelião nos corações, caíram os próprios guardas dos céus, a tais chegados porque não observavam os mandamentos de Deus, tendo caído também os seus filhos (Nefilins), cuja estatura atingia também a altura dos cedros e cujos corpos se assemelhavam a montanhas. Todo o ser vivo que se encontrava em terra firme, caiu, sim, e morreu, e foram como se não tivessem sido, porque procediam conforme a sua vontade e não observavam os mandamentos do seu Criador, de maneira que a cólera de Deus se inflamou contra eles."

O livro foi excluído do cânon da Bíblia judaica, e também da Septuaginta, e dos livros deuterocanônicos, embora alguns autores confirmem que uma das mais antigas bíblias coptas, a Bíblia Etíope, admite o Livro de Enoque.
Existem várias referências possíveis no Novo Testamento ao livro de Enoque, entretanto, nenhuma referência é tão evidente como na Epístola de Judas (v.4.6.14). Dom Estêvão Bettencourt julgou que "A epístola canônica de S. Judas 14 o cita, mas nem por isto o tem como livro inspirado".

Enoque sendo levado para caminhar com Deus (Fonte: coisasdoarco-da-velha)

·        "Enoque, o sétimo depois de Adäo" é uma citação de 1En.60.8
·        "Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.." de 1En.1:9 (de Deut.33:2)
·        Atipicamente, "E destes (genitivo) profetizou também Enoque" (Almeida) é "E a estes (dativo) profetizou também Enoque" em grego.
No Diálogo com Trifão, de Justino Mártir (100-165), Justino é claramente influenciada pelo livro, mas o judeu Trifão se opõe a essa tradição. Júlio Africano (200-245) foi o primeiro cristão a contestar a tradicional versão do livro de Henoque.
Conforme Elizabeth Clare Prophet (2002), foi o rabino Simeon ben Yohai (120?-170?) quem colocou os judeus contra o Livro de Enoque e que isso permitiu ao Santo Agostinho observar que a obra deixou de fazer parte das Escrituras aprovadas pelos judeus.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Por que a gente nunca vê filhotes de Pombos?

Uma vez minha mãe me pediu para que lhe fizesse uma redação de tema livre para ela entregar para o professor, na época em que ainda fazia supletivo. Pensei de início: “quem tem que fazer isso é ela, se não ela não vai aprender”, mas depois conclui: “e quem disse que alguém aprende num supletivo tudo o que um aluno aprenderia num curso regular de nível médio?”. Diante disso, fiz essa redação e o tema era ‘filhotes de pombos e enterros de anões’. O que uma coisa tem a ver com outra? Nada na verdade, a não ser a dúvida de muitos por nunca ter presenciado um enterro de anão (muitos até dizem que anão não morre, vira enfeite de jardim) e tão pouco um filhote de pombo. Quem já viu de perto um filhote de pombo? Eu mesmo nunca, a impressão que tenho é que os pombos já surgem adultos, já que nem pombo novinho a gente vê por aí.


(Fonte: osuprahomem)

Essas aves estão espalhadas por toda parte, principalmente nos grandes centros, ruas e praças das grandes cidades do mundo, procurando por comida, bisbilhotando o dia a dia das pessoas e sujando a cabeça dos mais distraídos. Diante da grande massa de aves dessa espécie que existem ao redor do planeta, por que é tão difícil ver um filhote de pombo?


Um pombo adulto com seu filhote (Fonte: virginmedia)

Quem responde a essa pergunta é o biólogo Oriel Nogali, do Setor de Aves da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, que explica que os filhotes colombinos só saem de seus ninhos quando já possuem uma plumagem semelhante a dos adultos. Por terem um metabolismo rápido, essas aves costumam ingerir uma quantidade de alimentos proporcional ao peso do seu corpo, conseqüentemente, os filhotes dessa espécie se desenvolvem muito rapidamente e crescem em pouco tempo. "Os pais levam alimento aos filhotes até que os mesmos possam começar a voar e procurar alimento. Mas quando abandonam o ninho, eles já possuem o mesmo tamanho dos adultos", disse Nogali.


(Fonte: photo.merinews)

O biólogo ainda afirmou que as fêmeas se reproduzem com bastante facilidade, botando em média 5 ovos por ninhada e, esta, por sua vez, fica aproximadamente dois meses junto dos pais. Nessa equação a quantidade de filhotes é proporcional à quantidade de alimentos disponíveis para os pombos em um determinado ambiente.
A espécie que convive conosco, a mais comum, é cientificamente conhecida como columba lívia e é originária da Eurásia e África e foi introduzida no Brasil no início da colonização portuguesa. Há registros de sua existência que datam de mais de 4.500 a.C., em particular em representações de sua imagem encontradas na Mesopotâmia.
(Fonte: michaelmurray)
A columba livia costuma construir seus ninhos em estruturas montadas pelo homem, como telhados de casas, edifícios, obras e galpões, o que difere da espécie brasileira que normalmente se estabelece em galhos de árvores. É incrível como essa  espécie conseguiu tamanha adaptação ao convívio com o ser humano fazendo com que muitos acreditem que esses pássaros sobrevivem a qualquer tipo de adversidade no meio urbano enquanto, em outras espécies, a tendência é desaparecer aos poucos.


(Fonte: pigeonwriter)

Os pombos são considerados atualmente um problema ambiental já que eles competem por alimento com espécies nativas, danificam monumentos com suas fezes e podem transmitir doenças aos seres humanos, pois são hospedeiros de alguns tipos de parasitas em suas plumagens. Atualmente foram catalogadas cerca de 57 doenças transmitidas pelos pombos, tais como: histoplasmose, salmonela e criptococose. Há um mito comum entre as pessoas não especializadas e até mesmo entre alguns profissionais da saúde de que eles podem transmitir toxoplasmose, mas a única maneira disso ocorrer seria através de uma hipótese remotíssima: se uma pessoa comesse a carne crua de uma ave que estivesse infectada com o Toxoplasma gondii. Portanto, o pombo não transmite toxoplasmose para seres humanos, somente para os animais que eventualmente se alimentem de aves cruas. Por essa razão, o pombo ainda é conhecido como 'rato de asas', além de ser taxado como um animal não higiênico. As formas de transmissão de doenças mais comuns são o contato direto com o animal (ao colocar as mãos na pomba) ou em suas fezes, a ingestão da carne ou pela inalação do pó originado dos dejetos secos ou das penas. Por isso que a tendência é incentivar as pessoas a não alimentarem pombos, através de campanhas que tem por objetivo a redução da população desse pássaro o qual tem por característica a reprodução desenfreada.


(Fonte: inkycircus)

Então agora sabemos que os filhotes de pombo realmente existem, e em grande quantidade, mas estão escondidinhos esperando o momento certo de sair, praticamente já na fase adulta. Tal fato descarta a conclusão que fiz para a redação da minha mãe. Ela fechava dizendo o seguinte: anões não morrem e viram enfeites de jardim, nem os pombos já nascem adultos, o que acontece é que os anões, depois de um tempo, viram instantaneamente pombos adultos e saem voando por aí felizes e 'defecantes'.


(Fonte: wildish)


quarta-feira, 13 de abril de 2011

A volta das baratas mortas-vivas!

Segundo o Wikipedia um zumbi é uma criatura fictícia que aparece nos livros e na cultura popular tipicamente como ummorto reanimado ou umser humano irracional. Histórias de zumbis têm origem no sistema de crenças espirituais do vodu afro-caribenho, que contam sobre trabalhadores controlados por um poderosofeiticeiro. Esta criatura é um ser humano dado como morto que, segundo a crença popular, foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos. Devido à ausência de oxigênio na tumba, os mortos vivos seriam reanimados com morte cerebral e permaneceriam em estadocatatônico, criando insegurança, medo e comendo os vivos que capturam. Como exemplo desses meios, pode-se citar um ritual necromânico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador.


Periplaneta americana (Fonte: domescobar)

Até então tais aberrações nunca foram comprovadas cientificamente, sendo que muitos 'cientistas malucos' já tentaram reanimação de corpos desfalecidos sem sucesso. Entretanto é no mundo animal que sempre surge acontecimentos fantásticos, que deixam muitos especialistas com a pulga atrás da orelha. Um desses acontecimentos é justamente a existência de zumbis entre a bicharada. E você perguntaria: zumbi de que bicho? E eu diria: zumbi de baratas!


Vespa-esmeralda (Fonte: anomalibio)

Existe uma espécie de vespa, cujo o nome científico é Ampulex compressa. Conhecida como vespa-esmeralda, por sua coloração verde esmeralda, esse bicho possui hábitos solitários e tem como principal alimento baratas comuns (Periplaneta americana). Por essa razão, ao encontrar uma barata dessas, a vespa a vira para cima para dar-lhe uma ferroada no tórax. Com isso, o veneno faz com que a barata perca temporariamente o movimento das patas e fique imobilizada. Em seguida, a Ampulex desfere uma segunda ferroada bem no cérebro do infeliz inseto, deixando ele completamente sem ação. Após o veneno fazer efeito, a 'maligna' vespa arranca as antenas da barata e suga parte da sua hemolinfa transformando-a numa espécie de 'morto-vivo'. Com a vítima zumbificada, a Ampulex a conduz até sua toca onde depositará ovos no abdômen da barata. Depois de um tempo a larva nascida do ovo começa a sugar a linfa da barata. Assim que cresce um pouco mais, entra dentro da barata e passa oito dias devorando-a por dentro. Após consumir todo o interior da barata, a larva se torna um casulo, para logo mais tarde surgir como uma nova vespa-esmeralda!


A investida da Ampulex compressa (Fonte: scienceblogs)

A espécie ja foi utilizada por cientistas no Hawai, no início do século XX, como forma de controle biológico de baratas. Atualmente, a maneira como o veneno dessa espécie de vespa age no cérebro da barata tem chamado a atenção de alguns cientistas que apostam, no futuro, usá-lo como base contra algumas doenças cerebrais.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Triângulo das Bermudas – Parte II - A Teoria da Declinação Magnética

Perguntas e hipóteses são passos cruciais e necessários no método científico. Isto pode parecer muito generalizado, mas os primeiros nove pontos do processo de perícias científicas realmente são apenas refinamentos do pensamento cotidiano, como Einstein gostava de dizer. Evidências levam a teorias e fatos inspiram a imaginação de cada um, pois sem eles não há nenhuma descoberta. Cada pergunta, cada hipótese é um passo a frente e a cada passo que aprendemos mais, andamos na direção errada por um tempo. Os desaparecimentos no Triângulo das Bermudas são fatos que levaram a muitas teorias e até mesmo à especulação selvagem. Em si nada é prejudicial, já que, tanto as teorias, quanto as especulações, nos fazem parar para refletir, pensar e até, eventualmente, para aceitar ou rejeitar tais posicionamentos. O escárnio das hipóteses é que é perigoso, pois esses estranhos desaparecimentos inspiraram muitas teorias, umas boas, outras ruins, algumas instigantes, outras nem tanto. Portanto, daqui a diante apresentarei as principais teorias que tentam dar luz a esse obscuro fenômeno. Nessa parte apresentarei a teoria da declinação magnética.


A declinação magnética (Fonte: apolo11)

Declinação magnética

Possivelmente a teoria menos provável. Quando a Guarda Costeira colocou seu nome nesta teoria, muito de sua credibilidade ficou neutralizada. Ninguém tinha ouvido falar sobre essa teoria até que a Guarda Costeira apontou, precipitadamente, essa teoria como a explicação mais palpável sobre o assunto do Triângulo das Bermudas. Segundo ela a maioria dos desaparecimentos podem ser atribuídos à área de características únicas do ambiente. Em primeiro lugar, o "Triângulo do Diabo " é um dos dois únicos lugares na Terra em que uma bússola magnética não aponta para o norte verdadeiro. Normalmente, ela aponta para o norte magnético. A diferença entre esses dois é conhecida como variação da bússola. A quantidade de alterações variam até 20 graus e, se essa variação da bússola não for compensada, um navegador poderá se encontrar longe do curso original e em apuros.


Indicação do Norte Verdadeiro e do Norte Magnético (Fonte: bermuda-triangle)

Esta, entretanto,  é uma afirmação muito enganadora, pois por um lado, a área de variação da bússola citada é um corredor muito estreito, equivalente a uma fração do triângulo global. Por outro lado, a teoria da declinação (variação) magnética também ignora o fato de que para se traçar um rumo, o navegador tem disponível, além da bússola, uma carta de navegação que apresenta a quantidade de variação magnética escrita para cada grau de longitude. Destarte, antes de um navegador poder traçar um curso ele teria que saber previamente a quantidade de variação magnética. Isso também tem vista para o grande número de desaparecimentos de pilotos e capitães, já que estes também já estavam familiarizados com essas variações locais. Além disso, a teoria da declinação magnética pressupõe também que o navegador era estúpido o suficiente para não compensar tais variações. No entanto, a compensação na navegação é uma segunda natureza em qualquer navegador.
Agora vamos nos aprofundar mais no conceito de variação da bússola. Tal variação não significa que a agulha da bússola está apontando para outro lugar. A bússola aponta sempre para o norte magnético. O problema disso é que o norte magnético não está no Pólo Norte, que é o ponto geográfico absoluto do norte do planeta, a 1.500 quilômetros de distância. No que diz respeito à bússola, o norte absoluto  é na direção da Ilha do Príncipe de Gales, nos territórios do Noroeste do Canadá.
O campo magnético da Terra pode ser comparado a um ímã de barra que atravessa a terra de norte a sul. Ambas as extremidades da barra seriam os pólos norte e sul magnéticos. A linha agônica (lugar onde os pontos de declinação magnética são nulos) seria  o eixo, logo, isso não representa qualquer problema para o navegador, não fosse o fato de que o norte magnético está situada a 1.500 quilômetros do Pólo Norte. Portanto, o norte geográfico sobre a terra não é onde a bússola aponta e oN’ da bússola não vai levar o navegador ao Pólo Norte, e sim à Ilha do Príncipe de Gales.


Linha agônica, indicada em vermelho (Fonte: bermuda-triangle)

Na área da linha agônica não há necessidade de ajustar-se a uma posição, porque o norte magnético e o norte verdadeiro coincidem. na ilha de Bimini, há uma variação de 2 graus oeste, o que significa que se um piloto quer ir até o oeste verdadeiro, ele não iria dirigir a 270º por sua bússola, mas a 272º. Parece infinitesimal, mas com um tempo de 2 graus pode-se causar um erro de dezenas de milhas fora do curso. Já em curtas distâncias, como entre a costa e as ilhas Bahamas, não importaria muito essa diferença.
 Para compensar tais disparidades, o navegador deve saber o número de graus de diferença entre o Norte magnético e o norte verdadeiro em sua longitude. Isso muda de acordo com sua longitude em torno da Terra. Por exemplo, no Arquipélago dos Açores, há uma diferença de 20 graus entre o norte verdadeiro e o norte magnético. Ao largo da costa leste da Flórida, não há nenhuma, já que a bússola está apontando ainda para o norte magnético. Por essa razão um navegador sempre deve ajustar sua posição para manter um curso de verdade. . . exceto na linha agônica. Por esse corredor estreito, sempre há alguma forma de compensação do navegador para atravessá-lo. Por exemplo, nos Açores, se um navegador queria ir direto ao norte, ele não poderia seguir o N em sua bússola. Se ele fez, ele iria acabar no Canadá e não na Groenlândia devido à diferença de graus entre os nortes. Isso é o que a variação da bússola significa: o valor da diferença entre o Pólo Norte e o Pólo Norte Magnético em um determinado local. O resultado é um simples ajuste de navegação para permanecer no curso.


Demonstração da variação magnética (Fonte: nautica)

A quantidade de variação vai diminuindo à medida que se viaja mais a oeste, até alcançar a linha agônica. Logo depois a quantidade de variação volta a aumentar quando se aproxima mais do oriente do norte verdadeiro.
pouca razão para acreditar que isso tenha contribuído para qualquer perda de embarcações ou aeronaves, pois uma falha na compensação da quantidade de variação magnética poderia fazer um piloto se perder em qualquer parte do mundo e não somente na região do Triângulo das Bermudas. Um grau fora da rota, ao longo do tempo, resulta em muitas milhas em erro, fazendo com que o piloto perca o seu destino.
Um outro fator que contribui para esta dedução é que a linha agônica se move com as mudanças de pólo magnético, devido a muitos fatores na rotação da Terra. Com o tempo a linha agônica pode estar a quilômetros de onde estava. Na verdade, a cada 2 meses mais ou menos um vôo está lotado e enviado para encontrar o pólo magnético. O resultado é que a linha agônica não é, no Triângulo mais, e sim no Golfo do México, ou seja, seria mais ou menos como se a declinação magnética que existia no Triângulo das Bermudas já tivesse se deslocado para outro lugar.
Os mapas acima mostram a linha agônica, onde estava quando a Guarda Costeira manifestou a hipótese da declinação magnética, a  pouco mais de 30 anos atrás. Tal hipótese já não era uma explicação satisfatória antes. É coisa do passado ainda mais agora que, atualmente, os desaparecimentos ainda continuam a ocorrer nos mesmos lugares de antes, mesmo com o fato da linha se encontrar do outro lado da Flórida.
 Na próxima parte desse artigo apresentarei a teoria do Vortex Kinesis, aguardem...



            O Triângulo das Bermudas - Parte I

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