quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Morte, Coma e Além – Parte II - Visões do Além ou Alucinações

Em 28 de julho de 1976, nas primeiras horas da manhã, as 3:42 - o mais mortal dos terremotos do século 20 e o terceiro maior registrado na história, aconteceu em Tangshan, China. Um quinto da população morreu na catástrofe e milhares de outras foram "arrancadas dos braços da morte". Na ocasião, foi feito um estudo o que as pessoas sentiram naquele momento crítico.
Muitos responderam que estando face a face com a morte não sentiram dor ou terror, ao contrário, experimentaram um tipo de excitamento latente, como se estivessem sendo libertadas de seus corpos físicos; estiveram em "outra dimensão", atravessaram o túnel de luz, tiveram contato com seres "especiais", viram parentes falecidos. Os relatos remeteram aos depoimentos de pessoas que passaram por Experiência de Quase Morte - EQM.


(Fonte: socepar)

Os pioneiros da pesquisa de Experiência de Quase Morte são: Dr. Raymond Moody e o Dr. Kenneth Ring, co-fundador da International Association for Near-Death Studies. A experiência típica segue uma progressão bem distinta: começa com sensação de leveza; sentir que está flutuando. Pode-se observar o próprio corpo desfalecido e também as pessoas e ambiente em volta. A seguir vem a passagem através do túnel, os encontros com conhecidos já mortos e com outras personagens, em geral, de natureza religiosa. Finalmente, aparece uma luz! (Morse, Conner & Tyler, 1985).
São freqüentes os casos de visões restrospectivas de toda a vida durante um tempo indeterminável ou mesmo "fora do tempo". Revendo toda a trajetória de seus gestos passados, é como se a pessoa devesse ver, avaliar e decidir por continuar ou não sua particular aventura de viver.


(fonte: marcelorcc)

Um fenômeno que se repete é a mudança de personalidade - de quem quase morreu - ou, ao menos, mudança de pontos de vista de quem passou pela situação de morrer clinicamente e ressucitar. As pessoas tornam-se mais interessadas em espiritualidade, parecem menos ansiosas em relação ao significado da existência, menos temerosas em relação à morte e mais tolerantes com pequenos incômodos da vida.
Durante os momentos de suspensão e/ou perda da vida, a percepção do tempo se altera; praticamente torna-se imensurável. Poucos segundos terrenos podem ser percebidos pelo "morto" como um dia inteiro, uma semana etc.. Muitas vezes, o despertar da quase morte vem acompanhado de habilidades metafísicas ou paranormais: visão de auras, vidência, telepatia, conhecimentos que não se possuía antes.

O Peso da Alma


(Fonte: novaera-alvorecer)

O fenômeno da Experiência de Quase-Morte é um enigma para a ciência objetiva que concebe a MENTE como mero produto de reações neuroquímicas. A neurologia entende que o pensamento é inseparável do cérebro, que toda e qualquer percepção depende do sistema nervoso. Assim, se não há cérebro comandando o sistemanervoso não pode haver percepção, lembrança, vivência.
Para saber se existe uma alma independente do corpo, em 1907, o doutor em Medicina Duncan MacDougall, de Haverhill - Massachussets, conduziu um experimento com seis pacientes em estado terminal. Esses pacientes foram pesados pouco antes da morte e imediatamente após a morte. MacDougall pretendia verificar se havia diferença de matéria-massa entre o homem vivo e o cadáver. O resultado, publicado nos jornais da época, mostrou que todos os moribundos perderam, em média, 21 gramas após o último suspiro. Vinte e uma gramas: era o peso da alma!


(Fonte: movalonso)

A conclusão de MacDougall foi duramente refutada pelos cientistas que atribuíram a diferença de peso aos mais diversos fatores, como a perda sutil de líquido, por exudação. Porém, ninguém repetiu a experiência para dirimir as dúvidas. P pensamento materialista não admite buscar no homem qualquer realidade que não seja física, densa, orgânica, mensurável.

Alucinações

Francis Crick, Nobel em 1962 - junto com James Watson - pela descoberta da dupla hélice de DNA, afirma, em um estudo controverso que "nossas mentes, o comportamento de nossos cérebros, pode ser explicado por interações de células nervosas (e outras células) e moléculas associadas a elas." Mas Crick não tem uma teoria que explique o resultado de outro estudo, realizado com 344 pacientes que tiveram paradas cardíacas: 18% dessas pessoas tiveram percepções e vivências no post-mortem temporário que experimentaram.

(Fonte: scrapetv)

Enquanto isso, o Dr. Oleg Vasiliev, do Institute of Ressucitation Studies of the Russian Academy of Medical Science, diz que o túnel, a luz e os encontros com criaturas angelicais, mitos religiosos e familiares são apenas ALUCINAÇÕES.
"Cerca de 60% das pessoas que estão em UTI (unidades de terapia intensiva) passaram algum tempo em estado de quase morte. Quando voltam à vida contam histórias sobre luzes brilhantes, deslocamentos físicos, encontros, boas-vindas do próprio Jesus Cristo. Entretanto, os mais recentes estudos mostram que essas visões são processos psicológicos que ocorrem no cérebro lesionado do paciente."
As "alucinações" resultam da interação de alguns fatores: deficiência de oxigenação no cérebro, liberação de endomorfina, que proporciona a sensação de tranquilidade e sedação. O cérebro responde ao stress físico produzindo as alucinações, que são um recurso defensivo. As imagens variam de acordo com a bagagem cultural do paciente. Vasiliev exlpica, ainda, que o chamado estado de quase morte e suas percepções podem ser induzidos por uma substância anestésica chamada ketamin.



Morte, Coma e Além – Parte I – Um Ponto de Vista Científico ou Religioso

Morte, Coma e Além – Parte I – Um Ponto de Vista Científico ou Religioso

Coma e Experiência de Quase Morte (ou Near Death Experience): estes dois estados de inconsciência são, muitas vezes, ditos semelhantes ou mesmo iguais. Entretanto são bem diferentes e suas diferenças tornam ainda mais intrigante o mistério da morte; a ignorância humana sobre o que acontece ao Ego, à Psique, quando se rompem e/ou se interrompem suas conexões com o corpo físico.


(Fonte: imagick)

Muitos pesquisadores colhem depoimentos sobre o que acontece à personalidade (Ego) durante situações de "quase morte". Livros de depoimentos são publicados. Nesses depoimentos há o relato recorrente da visão de uma "luz no fim de um túnel". Outros vão mais além e descrevem situações de "boas-vindas", de acolhimento, de chegada ao paraíso, de encontro com pessoas conhecidas já falecidas e/ou com mestres espirituais, anjos, seres luminosos; ou então, ao contrário, uma sensação de medo e uma experiência de estar no "inferno".
No estado de coma, parece que nada disso ocorre. Os depoimentos são completamente diferentes. As pessoas despertam do coma com se estivem acordando de um longo sono; nada mais. Quase sempre, um sono sem sonhos. Para o comatoso não há luzes brilhantes ou túneis. Perde-se a noção do tempo e, quando voltam do coma, surpreendem-se por se terem passados dias, meses e até anos.
Os paranormais, os médiuns, os esotéricos dizem que o espírito prende-se ao corpo por um liame - um fio, descrito freqüentemente como um fio prateado, luminoso [a idéia de luz está sempre presente]. Nas chamadas "viagens astrais" ou "experiências fora do corpo", o SER Espiritual - que É o homem verdadeiro em última instância de SER - se desloca a distâncias longas e ESTRANHAS, no espaço e no tempo. Enquanto o corpo físico repousa, dormindo ou em transe, o espírito vai a lugares inimagináveis, encontra pessoas, faz coisas.

Projeção astral (Fonte: projecaoastral)
O liame, o fio estende-se sem limite porém, sob certas circunstâncias ou inevitavelmente algum dia, o fio se rompe e o corpo morre, a pessoa morre, ao menos para ESTE MUNDO - porque a vida pertence ao espírito, à anima, alma - e não à matéria. Em estado de coma, embora inconsciente para o "mundo dos vivos", o espírito ainda tem o seu liame firmemente preso ao corpo. No coma, aparentemente, tando o corpo quanto o espírito permanecem em repouso, sem percepções conscientes e os sonhos, se acontecem, são esquecidos com o retorno ao estado de vigília.
A experiência de quase morte é acompanhada de visões daquele lugar que ninguém sabe onde e como é: o ALÉM. Além dessa vida, além da realidade tal como é conhecida. Aqueles que de fato morreram por instantes e depois voltaram à vida tiveram um rompimento do liame. O "fio da vida" se partiu e o corpo, realmente, esteve morto naqueles momentos.
Apesar da ciência ortodoxa ocidental jamais ter aceitado a sobrevivência do "ser humano" após a morte (do corpo, neste mundo) as "história do além" existem e são contadas em todas as partes do mundo ao longo de milênios. "Espíritos" são vistos em muitos lugares. Imagens destes "desencarnados" têm sido capturadas fotografias, vídeos; vozes dessas entidades são gravadas. São testemunhos demais para que a possibilidade de vida após a morte seja simplesmente posta de lado, não-estudada ou tratada como assunto sem importância.

Religiões

Religiões mundiais ("grandes religiões"), e outras regionais, mais primitivas, ensinam que a vida vai além das limitações do organismo físico, da carne, dos ossos, do sangue. As teologias podem ser diferentes; as concepções do "além" não são iguais mas de uma forma ou de outras, a maior parte das crenças religiosas admite algum tipo de existência depois da falência do organismo físico.


(Fonte: zuil)

Alguns sistemas religiosos instituem, até mesmo, rituais de transcendência, procedimentos que levam ao chamado transe, quando um crente ou um sacerdote entram em contato com a realidade metafísica, do "outro mundo". O Espiritismo kardecista promove com regularidade "sessões espíritas", onde os mortos são evocados pelas mais diversas razões. A evocação dos mortos também aparece com destaque na Umbanda, em certos ritos do candomblé (dos Eguns), em cultos de povos indígenas e na bruxaria praticada nas mais variadas culturas do planeta: paganismo euro-ocidental, xamanismo euro-oriental, magia chinesa, japosesa, hindu etc.

(Fonte: vilamulher)
Os espíritos não são normalmente visíveis no mundo físico; eles habitam uma outra dimensão espaço-temporal. Há pessoas, todavia, que vêm "fantasmas" com certa facilidade: são os médiuns (meios de contato), os paranormais, gente dotada de percepção extrassensorial (percepção além dos cinco sentidos físicos, visão, audição, tato, olfato, paladar).
A comparação entre a experiência de quase morte e o coma evidencia que: 1. os dois estados não se confundem; 2. na morte ocorrem experiências que fortalecem a crença na continuidade do SER e, por conseguinte, continuidade ontológica do Ego depois que o corpo inerte já não possui nenhum sopro de vida. Aqueles que morreram e ressucitaram, literalmente, sofreram a separação entre corpo e espírito: o corpo se tornou um objeto insensível enquanto o espírito esteve livre para continuar existindo em outras condições de SER-E-ESTAR.

(Fonte: juciaraoliveira)
A liberdade do espírito que se desligou do corpo é relatada pela maioria das pessoas que foram dadas como clinicamente mortas como a capacidade de ver o próprio corpo e circundantes do ponto de vista de alguém que flutua. A realidade do post mortem se impõe: o encontro com estranhos ou conhecidos, parentes, amigos, anjos, Cristo ou Buda; o ser é transportado para outro lugar: de repente pode estar caminhando no túnel escuro; alguns se sentem aliviados, leves - é o céu; outros, aterrorizados - é o inferno.
A sensação agradável ou desagradável que se segue imediatamente à morte parece depender da "constituição mental" do desencarnante, da qualidade dos pensamentos e da expectativas que o moribundo tem. O estudo dos relatos de experiências de quase morte tem demonstrado que o além é uma dimensão existencial regulada muito objetivamente pelas idéias de cada um, ou seja, em outras palavras, o além é idiossincrático, é muito pessoal.
Cada um tem o post mortem configurado segundo as crenças que alimentou durante toda a vida. No mundo contemporâneo, a morte é um assunto proibido, pouco falado, considerado de mau gosto, o "mórbido". A grande massa das pessoas procura não pensar em morte. O estudo da morte (tanatologia) é uma área para especialistas. O resultado desse pudor em relação à morte é que as pessoas morrem despreparadas, muitas vezes sem jamais terem refletido sobre o seu inevitável destino e o resultado são terrores ou longos períodos de letargia que impedem o espírito de desfrutar de sua condição verdadeira de SER COMPLETAMENTE DOTADO DE VIDA!.


            Morte, Coma e Além – Parte II - Visões do Além ou Alucinações

domingo, 20 de novembro de 2011

O mundo nanotecnológico – Parte III - O futuro da nanotecnologia

No mundo de "Jornada nas Estrelas", máquinas chamadas de replicadores podem produzir praticamente qualquer objeto físico, de armas a copos fumegantes com chá Earl Grey. Considerado para ser exclusivamente um produtos de ficção científica, os replicadores são uma possibilidade bem real para algumas pessoas. Elas chamam isso de fabricação molecular, e se algum dia ela se tornar uma realidade, vai mudar o mundo drasticamente.

(Fonte: megaarquivo)


Átomos e moléculas ficam juntos porque eles têm formas complementares que os mantêm juntos, ou cargas que se atraem. Assim como com magnetos, um átomo carregado positivamente vai grudar num átomo carregado negativamente. À medida que milhões desses átomos forem colocados juntos por nanomáquinas, um produto específico começará a tomar forma. O objetivo da manufatura molecular é manipular átomos individualmente e colocá-los num padrão para produzir uma estrutura desejada.

(Fonte: ciencia.hsw)


O primeiro passo seria desenvolver máquinas nanoscópicas, chamadas montadoras, que os cientistas podem programar para manipular átomos e moléculas à vontade. O professora Richard Smalley, da Universidade Rice, frisa que só uma máquina nanoscópica levaria milhões de anos para montar uma quantidade significativa de material. Para que a manufatura molecular seja prática, seria preciso trilhões de montadores trabalhando juntos simultaneamente. Eric Drexler acredita que os montadores poderiam, primeiro, autorreplicar-se, construindo outros montadores. Cada geração construiria outra, resultando num crescimento exponencial até que houvesse montadores suficientes para produzir objetos.
Trilhões de montadores e replicadores poderiam caber em uma área menor que um milímetro cúbico, e ainda seriam muito pequenos para serem visto a olho nu. Montadores e replicadores poderiam trabalhar juntos para construir produtos automaticamente, e poderiam, eventualmente, substituir todos os métodos tradicionais de trabalho. Isso poderia diminuir amplamente os custos de manufatura, fazendo com isso mercadorias de consumo abundantes, mais baratas e mais fortes. Finalmente, seríamos capazes de replicar qualquer coisa, inclusive diamantes, água e comida. A escassez de comida poderia ser erradicada pelas nanomáquinas, que fabricariam alimentos para alimentar a fome.
            A nanotecnologia deve ter seu maior impacto na indústria médica. Pacientes beberão líquidos contendo nanorrobôs programados para atacar e reconstruir a estrutura molecular das células do câncer e dos vírus. Há até uma especulação de que os nanorrobôs poderiam atrasar ou reverter o processo de envelhecimento, e a expectativa de vida poderia aumentar significativamente. Os nanorrobôs também poderiam ser programados para realizar cirurgias delicadas - como nanocirurgiões, eles trabalhariam num nível milhares de vezes mais preciso que o mais afiado dos bisturis. Ao trabalhar em uma escala tão pequena, um nanorrobô poderia operar sem deixar as cicatrizes que uma cirurgia convencional deixa. Além disso, os nanorrobôs poderiam mudar sua aparência física. Eles poderiam ser programados para realizar cirurgias cosméticas, rearranjando seus átomos para mudar suas orelhas, seu nariz, sua cor de olho ou qualquer outra característica física que você desejasse alterar.

(Fonte: ciencia.hsw)


 A nanotecnologia tem um potencial para ter efeitos positivos no ambiente. Por exemplo, cientistas poderiam programar nanorrobôs aerotransportados para reconstruir a camada de ozônio. Os nanorrobôs poderiam remover contaminantes das fontes de água e limpar derramamentos de óleo. A fabricação de materiais usando um método de nanotecnologia conhecido como bottom-up - a partir da junção de componentes individuais, em vez de usinagem ou outro método de formação a partir de grandes blocos - também polui menos que os processos convencionais de manufatura. Nossa dependência de recursos não renováveis poderia diminuir com a a nanotecnologia. O corte de árvores,  a exploração de minas de carvão, a perfuração de poços de petróleo podem não ser mais necessárias - as nanomáquinas poderiam produzir esses recursos.
Muitos especialistas em nanotecnologia acham que essas aplicações estão fora do reino da possibilidade, pelo menos num futuro próximo. Eles alertam que as aplicações mais exóticas são apenas teorias. Alguns se preocupam que a nanotecnologia pode acabar como a realidade virtual - em outras palavras, o exagero à cerca da nanotecnologia vai continuar a crescer até que as limitações do campo sejam de conhecimento público, e, então, o interesse (e o dinheiro) vai se dissipar rapidamente. 

 

Quão nova é a nanotecnologia?


Em 1959, Richard Feynman, físico e futuro vencedor do Nobel, deu uma palestra na American Physical Society chamada "There's Plenty of Room at the Bottom" [Há muito espaço na Base].  O foco do seu discurso era sobre o campo da miniaturização e como ele acreditava que o homem poderia criar dispositivos cada vez menores e mais poderosos.

Em 1986, K, Eric Drexler escreveu "Engines of Creation" [ Motores da Criação] e introduziu o termo nanotecnologia. A pesquisa científica realmente expandiu na última década. Inventores e corporações não estão muito atrás - hoje, mais de 13 mil patentes registradas no Escritório de Patentes dos EUA têm a palavra "nano" nelas [fonte: US Patent and Trademark Office].

 

Desafios, riscos e ética da nanotecnologia



(Fonte: loucuramental)


O desafio mais imediato na nanotecnologia é que nós precisamos aprender mais sobre materiais e suas propriedades na nanoescala. Universidades e corporações de todo o mundo estão estudando rigorosamente como os átomos se encaixam para formar grandes estruturas. Nós ainda estamos aprendendo como a mecânica quântica impacta as substâncias à nanoescala.
            Como os elementos em nanoescala se comportam de maneira diferente do que eles fariam em sua forma principal, há uma preocupação de que algumas nanopartículas possam ser tóxicas. Alguns médicos temem que, por serem tão pequenas, as nanopartículas possam facilmente atravessar a barreira sangue-cérebro, uma membrana que protege o cérebro de componentes nocivos lançados na corrente sanguínea. Se planejamos usar nanopartículas para revestir tudo - de nossas roupas a rodovias, precisamos ter certeza de que elas não vão nos envenenar.

(Fonte: ciencia.hsw)


Fortemente relacionada à barreira do conhecimento está a barreira técnica. Para que as incríveis previsões sobre a nanotecnologia se tornem realidade, temos de encontrar formas de produzir em massa produtos de tamanho nanométrico como transistores e nanofios. Embora possamos usar nanopartículas para fazer coisas como raquetes de tênis e tecidos que não amassam, ainda não podemos fazer chips para microprocessadores realmente complexos com nanofios.
            Existem algumas preocupações sociais pesadas sobre nanotecnologia também. A nanotecnologia também pode permitir que criemos armas mais poderosas, letais e não letais. Algumas organizações estão preocupadas que nós consigamos apenas examinar as implicações éticas da nanotecnologia nos armamentos depois que esses dispositivos estiverem construídos. Elas encorajam cientistas e políticos a examinar cuidadosamente todas as possibilidades da nanotecnologia antes de se projetarem armas progressivamente poderosas.
Se a nanotecnologia na medicina possibilitar que nos melhoremos fisicamente, isso é ético. Na teoria, a nanotecnologia médica poderia nos tornar mais inteligentes, mais fortes e nos dar outras possibilidades que variam de uma cura rápida à visão noturna. Devemos perseguir esses objetivos? Podemos continuar nos chamando de humanos, ou nos transformaríamos em trans-humanos - o próximo passo no caminho evolutivo do homem? Já que quase toda tecnologia começa sendo muito cara, isso  quer dizer que estaríamos criando duas raças de pessoas - uma raça abastada de humanos modificados e uma população mais pobre de pessoas inalteradas? Nós não temos respostas para essas perguntas, mas várias organizações estão encorajando os nanocientistas a considerar essas implicações agora, antes que seja muito tarde.
Nem todas as questões envolvem a alteração do corpo humano - algumas lidam com o mundo das finanças e da economia.  Se a fabricação molecular se tornar uma realidade, como ela vai impactar o mundo da economia? Assumindo que possamos construir qualquer coisa de que precisemos com o clique de um botão, o que acontece com todos os empregos industriais? Se podemos criar qualquer coisa usando um replicador, o que acontece com a moeda? Devemos mudar para uma economia completamente eletrônica? Nós ainda precisaríamos de dinheiro?
Se nós, na verdade, vamos precisar responder a todas essas questões é uma questão em debate. Muitos especialistas acham que preocupações como grey goo e trans-humanos são muito prematuras, e provavelmente desnecessárias. Mesmo assim, a nanotecnologia vai continuar, definitivamente, a nos impactar à medida que aprendermos mais sobre o enorme potencial da nanoescala.

(Fonte: outrapolitica)



Grude apocalíptico


Eric Drexler, o homem que introduziu a palavra nanotecnologia, apresentou uma visão apocalíptica - o mal funcionamento de nanorrobôs autorreplicadores, duplicando a si mesmos um trilhão de vezes mais, rapidamente consumindo o mundo inteiro à medida que eles tiram carbono do ambiente para construir mais de si mesmos. Isso é chamado de  cenário "gray goo" , em que um dispositivo sintético de tamanho nanométrico substitui todo o material orgânico do planeta. Outro cenário envolve nanodispositivos feitos de material orgâncio, varrendo a Terra do mapa - o cenário "green goo".

(Artigo de Kevin Bonsor e Jonathan Strickland)

O mundo nanotecnológico – Parte I – Percepções de nanoescala


O mundo nanotecnológico – Parte II - Produtos com nanotecnologia

O mundo nanotecnológico – Parte II - Produtos com nanotecnologia

Você pode se surpreender ao descobrir quantos produtos no mercado já estão se beneficiando da nanotecnologia.

Usando nanotecnologia, engenheiros da Bridgestone criaram o Quick Response Liquid Powder Display, uma tela digital flexível (Fonte: ciencia.hsw)


Protetor solar - Muitos protetores solares contêm nanopartículas de óxido de zinco ou de óxido de titânio. As fórmulas mais antigas de protetores usam partículas maiores, que é o que dá à maioria dos protetores sua cor esbranquiçada. Partículas menores são menos visíveis, o que quer dizer que quando você esfregar o produto na sua pele, ele não vai proporcionar uma cor esbranquiçada.
Vidro autolimpante - Uma empresa chamada Pilkington oferece um produto que ela chama de Activ Glass, que usa nanopartículas para fazer vidro fotocatalítico e hidrófilo. Por causa do efeito fotocatalítico, quando a radiação UV da luz atinge o vidro, as nanopartículas ficam energizadas e começam a quebrar e a soltar moléculas orgânicas no vidro (em outras palavras, sujeira). Com o efeito hidrófilo, quando a água faz contato com o vidro, ela se espalha pelo vidro igualmente, lavando e limpando o vidro.

Alguns protetores solares já vêm com nanopartículas de óxido de zinco que evitam a cor esbranquiçada do produto (Fonte: ciencia.hsw)


Vestuário - Cientistas estão usando nanopartículas para melhorar seu vestuário. Ao cobrir os tecido com uma fina camada de nanopartículas de óxido de zinco, os fabricantes podem criar roupas que dão melhor proteção contra a radiação UV. Algumas roupas têm nanopartículas na forma de pequenos cabelos ou pelos que ajudam a repelir a água e outros materiais, tornando a roupa resistente a manchas.
Cobertura resistente a arranhões - Engenheiros descobriram que adicionar nanopartículas de silicato de alumínio a coberturas plásticas resistentes a arranhões tornam o revestimento mais eficaz, aumentando a resistência a arranhões e a lascas. As coberturas resistentes a arranhões são muito comuns - de carros a lentes de óculos.
Curativos antimicrobianos - O cientista Robert Burrell criou um processo para fabricar curativos antibacterianos usando nanopartículas de prata. Os íons da prata bloqueiam a respiração celular dos micróbios [fonte: Burnsurgery.org]. Em outras palavras, a prata sufoca as células prejudiciais, matando-as.
Limpadores de piscinas e desinfetantes - A EnviroSystems, Inc. desenvolveu uma mistura (chamada nanoemulsão) de gotas de óleo de tamanho nanométrico com bactericida. As partículas de óleo aderem à bactéria, tornando o bactericida mais eficiente e eficaz.
Novos produtos incorporando nanotecnologia estão surgindo todos os dias. Tecidos resistentes a rugas, cosméticos de penetração profunda, LCDs e outras conveniências usando nanotecnologia estão no mercado. Antes de nos darmos conta, veremos dúzias de outros produtos que tiram vantagem da nanotecnologia, abrangendo de microprocessadores Intel a bio-nano baterias, capacitores de apenas uns poucos nanômetros de espessura. Embora isso seja excitantes, é apenas a ponta do iceberg de como a nanotecnologia vai nos impactar no futuro.

Tênis, alguém?


(Fonte: atuanano)


A nanotecnologia está causando um grande impacto no mundo do tênis. Em 2002, a companhia de raquetes de tênis Babolat lançou a raquete VS Nanotube Power. Feita de nanotubo de grafite reforçado com nanotubos de carbono, a raquete era muito leve e muitas vezes mais forte que o aço. Enquanto isso, a fabricante de bolas de tênis Wilson lançava a bolinha Double Core. Essas bolas têm uma cobertura de nanopartículas de argila no núcleo interno. A argila age como um selante, fazendo com que seja muito difícil que o ar escape da bola

Na próxima parte desse artigo, vamos ver algumas das coisas incríveis que a nanotecnologia nos reserva.

(Artigo de Kevin Bonsor e Jonathan Strickland)


O mundo nanotecnológico – Parte I – Percepções de nanoescala


O mundo nanotecnológico – Parte III - O futuro da nanotecnologia

O mundo nanotecnológico – Parte I – Percepções de nanoescala

            Há uma convergência multidisciplinar sem precedentes de cientistas dedicados a estudar um mundo tão pequeno que nós não conseguimos ver - mesmo com a luz de um microscópio. Esse mundo é o campo da nanotecnologia, o reino dos átomos e das nanoestruturas. A nanotecnologia é tão nova que ninguém sabe ao certo o que virá dela. Mesmo assim, predições variam da capacidade de reproduzir coisas como diamantes e comida ao mundo sendo devorado por nanorrobôs que se replicam sozinhos.


(Fonte: ibr-online)

Para entender o mundo incomum da nanotecnologia, precisamos ter uma ideia das unidades de medida envolvidas. Um centímetro é um centésimo de um metro, um milímetro é um milésimo de um metro e um micrometro é um milionésimo de um metro, mas todas essas ainda são grandes comparadas à nanoescala. Um nanômetro (nm) é um bilionésimo de um metro, menor que o comprimento de onda da luz visível e um centésimo de milésimo da largura de um fio de cabelo humano.
        Mesmo sendo tão pequeno quanto é, um nanômetro ainda é grande comparado à escala atômica. Um átomo tem um diâmetro de cerca de 0,1 nm. O núcleo de um átomo é muito menor - cerca de 0,00001 nm. Átomos são os blocos de construção de toda a matéria no nosso Universo. Você e tudo o mais à sua volta são feitos de átomos. A natureza aperfeiçoou a ciência da fabricação de matéria em nível molecular. Por exemplo, nossos corpos são montados de uma maneira específica por milhões de células vivas. As células são as nanomáquinas da natureza. Na escala subatômica, os elementos estão no seu nível mais básico. Na nanoescala, potencialmente nós podemos colocar esses átomos juntos para fazer quase qualquer coisa.


Relações de medidas nanométricas (Fonte: cienciahsw)

Em um seminário chamado Small Wonders: The World of Nanoscience (Pequenas Maravilhas: O Mundo da Nanociência), Horst Störmer, ganhador do prêmio Nobel, disse que a nanoescala é mais interessante que a escala atômica porque é o primeiro ponto onde podemos montar algo - pelo menos até começarmos a juntar os átomos e fazermos alguma coisa útil.
Neste artigo, vamos aprender o que a nanotecnologia significa nos dias de hoje e que futuro da nanotecnologia ela nos reserva. Também veremos os riscos potenciais do trabalho em nanoescala.

O mundo em nanoescala


(Fonte: cienciahsw)


Os especialistas às vezes discordam sobre o que constitui a nanoescala, mas em geral, você pode pensar em nanotecnologia lidando com quaisquer medidas entre 1 nm e 100 nm. Maior que isso é micro-escala, e menor que isso é escala atômica.
A nanotecnologia está rapidamente se tornando um campo intermultidisciplinar. Biólogos, químicos, físicos e engenheiros estão envolvidos no estudo de substâncias à escala nanométrica. Störmer espera que as diferentes disciplinas desenvolvam uma linguagem comum e se comuniquem entre si. Só então, ele diz, nós efetivamente ensinaremos nanociência, já que você não pode compreender o mundo da nanotecnologia sem uma base sólida em múltiplas ciências.
Um dos aspectos excitantes e desafiadores da nanoescala é o papel que a mecânica quântica representa nela. As regras da mecânica quântica são muito diferentes da física clássica, o que significa que as substâncias à nanoescala podem, às vezes, contradizer o senso comum ao comportar-se de forma errática. Você não pode andar até uma parede e imediatamente se teleportar para o outro lado, mas à escala nanométrica um elétron pode - isso é chamado tunelamento de elétrons. Substâncias que são isolantes (elas não podem carregar corrente elétrica), podem se tornar semicondutoras quando reduzidas à nanoescala. Pontos de derretimento podem mudar devido a um aumento da área de superfícies. Muito da nanociência exige que você esqueça o que você sabe e comece a aprender tudo de novo.

Engenheiro da Intel observa bolacha de silício contendo vários chips de 45 nanômetros (Fonte: cienciahsw)


Então o que isso tudo quer dizer? No momento, isso significa que os cientistas estão experimentando com substâncias à nanoescala para aprender sobre suas propriedades e como nós poderemos ser capazes de tirar vantagem delas em várias aplicações. Os engenheiros estão tentando usar nanofios para criar microprocessadores menores e mais poderosos. Médicos estão procurando formas de usar as nanopartículas em aplicações médicas. Temos ainda um longo caminho a percorrer antes que a nanotecnologia domine os mercados da tecnologia e da medicina.
        À nanoescala, os objetos são tão pequenos que não podemos vê-los - mesmo à luz do microscópio. Os nanocientistas têm de usar ferramentas como microscópio de varredura de tunelamento ou microscópios de força atômica para observar qualquer coisa à nanoescala. Os microscópios de varredura de tunelamento usam uma corrente elétrica fraca para investigar o material escaneado. Os microscópios de força atômica varrem as superfícies com uma ponta incrivelmente delicada. Os dois microscópios enviam os dados para um computador, que pode montar a informação e projetá-la graficamente no monitor

 

Nanofios e nanotubos de carbono


(Fonte: cience.hsw)


Atualmente, os cientistas descobriram duas estruturas de tamanho nanométrico de especial interesse: nanofios e nanotubos de carbono. Os nanofios são fios com um diâmetro muito pequeno, às vezes de 1 nanômetro. Os cientistas esperam usá-los para construir transistores minúsculos para chips de computador e outros dispositivos eletrônicos. Nos últimos dois anos, os nanotubos de carbono têm ofuscado os nanofios. Nós ainda estamos aprendendo sobre essas estruturas, mas o que sabemos até agora é muito excitante.
Um nanotubo de carbono é um cilindro de átomos de carbono de tamanho nanométrico. Imagine uma folha de átomos de carbono, que se pareceria com uma folha de hexágonos. Se você enrolasse essa folha formando um tubo, você teria um nanotubo de carbono. As propriedades de um nanotubo de carbono dependem de como você enrola a folha. Em outras palavras, embora todos os nanotubos de carbono sejam feitos de carbono, eles podem ser muito diferentes de uns dos outros, dependendo de como você os alinha os átomos individuais.

Nanotubos de carbono em multicamadas: mais fortes que o aço, com um sexto do peso (Fonte: cience.hsw)


        Com a organização correta de átomos, você pode criar um nanotubo de carbono que é centenas de vezes mais forte que o aço, porém seis vezes mais leve. Engenheiros planejam fazer material de construção com nanotubos de carbono, especialmente para coisas como carros e aviões. Veículos mais leves significariam melhor eficiência de combustível e a força adicionada se traduz no aumento da segurança do passageiro.
Os nanotubos de carbono também podem ser semicondutores eficazes com o arranjo correto de átomos. Cientistas ainda estão trabalhando na descoberta de formas de fazer dos nanotubos de carbono uma opção realística para transistores em microprocessadores e outros eletrônicos.

Grafite x Diamante


Dependendo da maneira como seus átomos são arranjados, o carbono pode se transformar em grafite ou em diamante
(Fonte: cienciahsw)

Qual a diferença entre grafite e diamante? Os dois materiais são feitos de carbono, mas ambos têm propriedades amplamente diferentes. O grafite é mole; diamante é duro. O grafite conduz eletricidade, mas os diamantes são isolantes e não conduzem eletricidade. O grafite é opaco; os diamantes são geralmente transparentes. Grafite e diamantes têm essas propriedades por causa da maneira como os átomos de carbono se ligam à escala nanométrica.
        Na próxima parte desse artigo vamos dar uma olhada nos produtos que estão pegando carona na nanotecnologia.

(Artigo de Kevin Bonsor e Jonathan Strickland)

O mundo nanotecnológico – Parte II - Produtos com nanotecnologia


O mundo nanotecnológico – Parte III - O futuro da nanotecnologia

http://opiniaomijiniana.blogspot.com.br/2011/11/o-mundo-nanotecnologico-parte-iii-o.html

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O uso tecnológico e doméstico dos ratos do mar

O rato do mar, (aculeata Aphrodita) é um verme poliqueta marinho encontrado no Atlântico Norte, Mar do Norte, o Mar Báltico e o Mediterrâneo. Ele pode viver em pisos enlameados do mar até cerca de 1000m.

(Fonte: lancashiremcs)


Seu corpo é coberto por um denso tapete de cerdas (pêlos), de qual o nome "rato do mar" deriva. Seu nome científico é tirado de Afrodite, deusa grega do amor. Eles podem crescer até 20 cm e são carnívoros ativos, eles alimentam de outras poliquetas, como Nereis, que pode ser até três vezes o comprimento do seu tamanho. Os tópicos iridescentes ou cerdas que emergem de seus preteridos são uma das suas características únicas. Normalmente, estas cerdas têm um brilho vermelho, alertando os predadores, mas quando a luz brilha sobre eles perpendicularmente, eles resplandecem em verde e azul. As cerdas são feitas de milhões de cristais submicroscópicos que refletem e filtram a luz tênue das profundezas do oceano. Um verme marinho simples na forma, mas que pode dar grandes contribuições para a engenharia ótica e deter a chave para novas tecnologias de comunicação do futuro.

(Fonte: suedaly)

(Fonte: suedaly)


Inclusive, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega descobriram uma saída para a produção de fios nano em alta escala e em comprimentos cerca de 100 vezes maiores do que os fabricados atualmente. Isso seria possível graças a algumas características peculiares do rato do mar. Segundo a publicação especializada The NewScientist, os canais ocos localizados nas laterais do animal, de onde partem cerdas que funcionam como sistema de percepção do ambiente, podem ser utilizados como moldes para a construção de fios nano. Por conta disso, uma experiência realizada com o rato do mar concluiu que, utilizando seus canais ocos como molde, podem-se produzir fios nano de até 2 cm de comprimento. Atualmente, a tecnologia para a construção destes fios, além de cara, consegue fazer fios somente de até 0,2 cm de comprimento.

(Fonte: ispot)

(Fonte: marlin.ac)


Apesar desta possibilidade de avanço na área da nanotecnologia graças ao rato do mar, pouco se sabe ainda sobre este bicho. Seus espinhos têm aspectos físicos peculiares e interessantes. Pesquisadores no Reino Unido e Austrália disseram que esse animal tem uma técnica que poderia ser copiada para desenvolver sistemas fotônicos Hi-Tech. O rato do mar tem espinhos que normalmente aparecem com o fundo de cor vermelha. Mas quando a luz incide sobre uma coluna perpendicular ao seu eixo, essas listras se mostram em diferentes cores - indo do azul ao esverdeado. Na revista científica Nature, os cientistas liderados por McPhedran Ross, da Universidade de Sydney, na Austrália, disseram: A estrutura simples responsável por este efeito é um exemplo notável de engenharia fotônica para um organismo vivo. A Fotônica é a ciência da geração, controle e detecção de fótons, em particular no espectro visível e infravermelho próximo, mas que também se estende a outras porções do espectro, incluindo o ultravioleta (longitude de onda de 0,2 - 0,35 µm), infravermelho de onda larga (8 - 12 µm) e infravermelho distante (75 - 150 µm), onde atualmente estão sendo desenvolvidos de maneira ativa os lasers de cascata quântica. A fotônica surge como resultado dos primeiros semicondutores emissores de luz inventados em princípios de 1960, em General Electric, MIT Lincoln Laboratory, IBM, e RCA e viabilizados na prática por Zhores Alferov e Dmitri Z. Garbuzov e colaboradores que trabalhavam no Ioffe Physico-Technical Institute e quase simultaneamente por Izuo Hayashi e Mort Panish que trabalhavam nos Bell Telephone Laboratories.

(Fonte: skaphandrus)


Este efeito é um exemplo notável de engenharia fotônicas em um organismo vivo. Os pesquisadores investigaram essas habilidades fotônicas no rato-do-mar montando uma espinha em resina, cortando em seções e examinando sob um microscópio eletrônico. Eles descobriram que a coluna era composta de inúmeros cilindros hexagonais, empilhados em camadas para formar um cristal de estrutura semelhante. Cada cilindro é apenas uma fração do comprimento de onda da luz de diâmetro. Notavelmente, esses espinhos manipulam a luz com quase 100% de eficiência. Os espinhos são feitos de proteínas e têm um papel defensivo. Suas variações de cores são como um aviso aos predadores. O coeficiente de reflexão é alto nos espinhos que parecem ser um produto tirado do seu próprio habitat. O rato do mar existe desde as áreas rasas até as profundezas abissais do Oceano Atlântico Norte e do mar Mediterrâneo, tendo sido encontrado em mais de 2.000 metros abaixo do nível do mar. Abaixo de algumas centenas de metros onde há pouca luz que chega ao fundo do oceano, assim, para que os espinhos sejam eficazes, eles devem fazer um melhor uso de cada pedaço de luz disponível, disse o co-investigador Dr. Andrew Parker, da Universidade de Oxford. Embora a fotônica dos espinhos sejam elegantes e sofisticadas, os próprios espinhos são bem simples. O rato expulsa o material de sua coluna de maneira tão fácil quanto um bicho-da-seda produz a seda. Devido ao seu tamanho e design, e aos cilindros hexagonais nas espinhas, o rato do mar pode transmitir a luz com muito mais eficácia do que fibras ópticas.

(Fonte: mundogump)


Os investigadores sugeriram que o crescimento similar dos filtros ópticos por automontagem molecular pode ser possível. Estas estruturas podem ter aplicação em comunicações fotônicas, onde há grande interesse na fabricação de fibras de cristal fotônico com morfologia semelhante, como essa do rato do mar.

(Fonte: mundogump)


           Além da utilidade desses vermes para ciência, algumas pessoas os tem criado como bicho de estimação, por incrível que pareça. Pelo que parece esses bichos também são capazes de sobreviver fora da água, assim como os ouriços do mar e, por suas características exóticas e o pouco conhecimento da sua existência pelas pessoas, muitos têm optado por adquirir esse estranho animal para domesticar. Se você gosta de ter pets bem fora do convencional, eis aqui uma ótima opção se criar.

(Fonte: mundogump)

(Fonte: mundogump)


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Contos Mijinianos #6 - O barco

(Fonte: fotolog)

Em meio a um oceano plácido e deserto em que as luzes do poente se espalham num horizonte de águas infinitas, de algum lugar vozes aflitas ecoam causando um contraste com a calmaria do mar:
- Capitão! Capitão! Ai de nós, pois o barco afundando está! O que hemos de fazer?!
O capitão de grande porte com seu andar desajeitado observa a agitação como quem não entende o porquê de tamanha inquietação de seus marinheiros raquíticos. E com semblante sereno ele, enquanto passa a mão na barriga, diz:
- Ora, homens do mar, para quê tamanho rebuliço? Não há motivos para tanto alarde, pois não vês? Nosso barco navega dentro da água e afundando ele há de voltar para superfície e estaremos todos salvos!
Depois do esclarecimento feito pelo seu capitão fanfarrão os tripulantes da embarcação se dão conta que navegavam do lado de dentro do mar o tempo todo, mas não tinham idéia desde quando isso acontecia. Agora, impregnados pelo medo da situação caótica em que se encontravam, a única coisa que eles almejavam eram retornar sãos e salvos para a superfície. Um dos marinheiros, porém, lançou no ar uma dúvida singular:
- Capitão! O barco está afundando e estamos nós navegando de ponta-cabeça como se a superfície fosse o mar e este a superfície. Se o barco afunda para fora do mar, não hemos nós de afundar nas profundezas da imensidão do mar? Pois o barco de ponta-cabeça retornará ao outro plano e todos nós cairíamos ao infinito fundo do oceano!
O Capitão por sua vez, olha para o marujo que lançou a infame dúvida, vacila como sempre seu cacoete de mão na barriga, passando sempre a idéia de que está à frente de seus subordinados tripulantes, e retruca o argumento do jovem:
- Ora não seja tolo! Pois conheço eu tudo sobre a arte da náutica! Não há o que temer, ó homens do mar. O barco está quase afundando e sabem vocês o que há de acontecer? Pois vou lhes dizer: à medida que a nossa embarcação for afundando ela tende a desvirar num ângulo de 180º quando passar de uma superfície à outra. Assim voltaremos à superfície junto com o barco. Não se esqueçam das leis da gravidade! É a lógica da natureza!
Convencidos pela tamanha sabedoria do circunspeto capitão, todos os marinheiros se acalmam e aguardam pacientemente pela previsão do seu excêntrico superior.
O barco então afunda e, ao passar de um plano para o outro, ele cai em direção ao céu até, aos poucos, desaparecer nas densas nuvens, levando consigo toda uma tripulação amargurada que contempla tudo desiludida e descrente.



Contos Mijinianos #1 - O Grito

Contos Mijinianos #2 - Trem das Paisagens


Contos Mijinianos #3 - A Chuva


Contos mijinianos #4 - Pombos e anões


Contos Mijinianos #5 - Hotel Paranóia


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