quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Morte, Coma e Além – Parte II - Visões do Além ou Alucinações

Em 28 de julho de 1976, nas primeiras horas da manhã, as 3:42 - o mais mortal dos terremotos do século 20 e o terceiro maior registrado na história, aconteceu em Tangshan, China. Um quinto da população morreu na catástrofe e milhares de outras foram "arrancadas dos braços da morte". Na ocasião, foi feito um estudo o que as pessoas sentiram naquele momento crítico.
Muitos responderam que estando face a face com a morte não sentiram dor ou terror, ao contrário, experimentaram um tipo de excitamento latente, como se estivessem sendo libertadas de seus corpos físicos; estiveram em "outra dimensão", atravessaram o túnel de luz, tiveram contato com seres "especiais", viram parentes falecidos. Os relatos remeteram aos depoimentos de pessoas que passaram por Experiência de Quase Morte - EQM.


(Fonte: socepar)

Os pioneiros da pesquisa de Experiência de Quase Morte são: Dr. Raymond Moody e o Dr. Kenneth Ring, co-fundador da International Association for Near-Death Studies. A experiência típica segue uma progressão bem distinta: começa com sensação de leveza; sentir que está flutuando. Pode-se observar o próprio corpo desfalecido e também as pessoas e ambiente em volta. A seguir vem a passagem através do túnel, os encontros com conhecidos já mortos e com outras personagens, em geral, de natureza religiosa. Finalmente, aparece uma luz! (Morse, Conner & Tyler, 1985).
São freqüentes os casos de visões restrospectivas de toda a vida durante um tempo indeterminável ou mesmo "fora do tempo". Revendo toda a trajetória de seus gestos passados, é como se a pessoa devesse ver, avaliar e decidir por continuar ou não sua particular aventura de viver.


(fonte: marcelorcc)

Um fenômeno que se repete é a mudança de personalidade - de quem quase morreu - ou, ao menos, mudança de pontos de vista de quem passou pela situação de morrer clinicamente e ressucitar. As pessoas tornam-se mais interessadas em espiritualidade, parecem menos ansiosas em relação ao significado da existência, menos temerosas em relação à morte e mais tolerantes com pequenos incômodos da vida.
Durante os momentos de suspensão e/ou perda da vida, a percepção do tempo se altera; praticamente torna-se imensurável. Poucos segundos terrenos podem ser percebidos pelo "morto" como um dia inteiro, uma semana etc.. Muitas vezes, o despertar da quase morte vem acompanhado de habilidades metafísicas ou paranormais: visão de auras, vidência, telepatia, conhecimentos que não se possuía antes.

O Peso da Alma


(Fonte: novaera-alvorecer)

O fenômeno da Experiência de Quase-Morte é um enigma para a ciência objetiva que concebe a MENTE como mero produto de reações neuroquímicas. A neurologia entende que o pensamento é inseparável do cérebro, que toda e qualquer percepção depende do sistema nervoso. Assim, se não há cérebro comandando o sistemanervoso não pode haver percepção, lembrança, vivência.
Para saber se existe uma alma independente do corpo, em 1907, o doutor em Medicina Duncan MacDougall, de Haverhill - Massachussets, conduziu um experimento com seis pacientes em estado terminal. Esses pacientes foram pesados pouco antes da morte e imediatamente após a morte. MacDougall pretendia verificar se havia diferença de matéria-massa entre o homem vivo e o cadáver. O resultado, publicado nos jornais da época, mostrou que todos os moribundos perderam, em média, 21 gramas após o último suspiro. Vinte e uma gramas: era o peso da alma!


(Fonte: movalonso)

A conclusão de MacDougall foi duramente refutada pelos cientistas que atribuíram a diferença de peso aos mais diversos fatores, como a perda sutil de líquido, por exudação. Porém, ninguém repetiu a experiência para dirimir as dúvidas. P pensamento materialista não admite buscar no homem qualquer realidade que não seja física, densa, orgânica, mensurável.

Alucinações

Francis Crick, Nobel em 1962 - junto com James Watson - pela descoberta da dupla hélice de DNA, afirma, em um estudo controverso que "nossas mentes, o comportamento de nossos cérebros, pode ser explicado por interações de células nervosas (e outras células) e moléculas associadas a elas." Mas Crick não tem uma teoria que explique o resultado de outro estudo, realizado com 344 pacientes que tiveram paradas cardíacas: 18% dessas pessoas tiveram percepções e vivências no post-mortem temporário que experimentaram.

(Fonte: scrapetv)

Enquanto isso, o Dr. Oleg Vasiliev, do Institute of Ressucitation Studies of the Russian Academy of Medical Science, diz que o túnel, a luz e os encontros com criaturas angelicais, mitos religiosos e familiares são apenas ALUCINAÇÕES.
"Cerca de 60% das pessoas que estão em UTI (unidades de terapia intensiva) passaram algum tempo em estado de quase morte. Quando voltam à vida contam histórias sobre luzes brilhantes, deslocamentos físicos, encontros, boas-vindas do próprio Jesus Cristo. Entretanto, os mais recentes estudos mostram que essas visões são processos psicológicos que ocorrem no cérebro lesionado do paciente."
As "alucinações" resultam da interação de alguns fatores: deficiência de oxigenação no cérebro, liberação de endomorfina, que proporciona a sensação de tranquilidade e sedação. O cérebro responde ao stress físico produzindo as alucinações, que são um recurso defensivo. As imagens variam de acordo com a bagagem cultural do paciente. Vasiliev exlpica, ainda, que o chamado estado de quase morte e suas percepções podem ser induzidos por uma substância anestésica chamada ketamin.



Morte, Coma e Além – Parte I – Um Ponto de Vista Científico ou Religioso

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