terça-feira, 21 de junho de 2011

O mistério dos Montes Urais – Parte II – O que dizem os inquéritos policiais

Um inquérito oficial se iniciou logo após o encontro dos primeiros cinco corpos. Um exame médico não encontrou qualquer lesão que poderia ter levado à morte e a conclusão inicial fora que todos tinham sucumbido de hipotermia. Um dos corpos apresentava uma pequena rachadura em seu crânio, mas que foi totalmente descartado como sendo um ferimento de cunho fatal.

(Fonte: camisasemanias)

Entretanto, os exames realizados nos quatro corpos que foram encontrados, posteriormente, em maio, mudaram tudo. Três deles apresentaram ferimentos fatais: o corpo de Thibeaux-Brignolle apresentou danos significativos e maiores no interior do crânio, e ambos, Dubunina e Zolotarev tinham no peito enormes fraturas. Os  médicos estimaram que a força necessária para causar tal dano teria de ser muito alta. Um perito comparou tal força à proporcionada por um acidente de carro.  
Notavelmente, os corpos não apresentavam ferimentos ou qualquer marca ou hematomas externos, como se tais fraturas fossem causadas por um nível elevado de pressão corporal interna.
Anotações forenses sobre o caso (Fonte: camisasemanias)
Uma das mulheres foi encontrada sem sua língua.  Por isso, chegou-se a especular que tribos de aldeões locais, os Mansi, poderiam ter atacado e assassinado o grupo pela invasão de suas terras, mas, a investigação derrubou esta hipótese pela natureza das mortes.
No local do incidente, somente as pegadas dos esquiadores eram visíveis, e não havia nenhum sinal de combates corporal.

Equipe de busca vasculhando o local (Fonte: camisasemanias)

As evidências apontam que a equipe foi obrigada a deixar o campo durante a noite, enquanto dormiam.
Embora a temperatura fosse muito baixa no momento, em torno de -25° a -30°C, inclusive com uma tempestade de neve e vento, os mortos estavam vestidos apenas parcialmente. Alguns deles estavam apenas com um sapato, enquanto outros não tinham nada e usavam somente meias.

Mais um registro da equipe de buscas no local (Fonte: camisasemanias)

Partes do Inquérito investigativo:

-Seis dos integrantes do grupo morreram de hipotermia e três de lesões fatais.

-Não foram encontrados quaisquer vestígios de presença de outras pessoas no local, somente dos esquiadores sinistrados.

-Todas as barracas foram rasgadas de dentro para fora.

Barraca montada no local da investigações forenses (Fonte: camisasemanias)


-As vítimas morreram entre 6 à 8 horas após a sua última refeição.

-Evidências no acampamento mostram claramente que todos os membros do grupo deixaram o campo por sua própria iniciativa, a pé.

-Para dissipar a teoria de um ataque dos Mansi, além da falta de provas da presença de outras pessoas à não ser o grupo sinistrado, um médico atestou que –“Os ferimentos mortais dos três corpos não poderiam ter sido causado por outro ser humano”, porque a força dos golpes foram de força extrema  e não ocasionou danos na parte externa dos tecidos, sem que ele pudesse teorizar racionalmente isto.

-Testes de Radiação Forense mostraram altas doses de contaminação na roupa de algumas das vítimas.

Ravina (foto atual) onde foram encontrados os outros quatro esquiadores (Fonte: camisasemanias)

O veredicto final apresentado foi que os membros do grupo morreram por causa “de uma força desconhecida e propulsora”.  
O inquérito foi fechado oficialmente em maio de 1959, devido à "ausência de um culpado"
Todo material do inquérito foi enviado para um arquivo secreto, e algumas das cópias do processo tornaram-se disponíveis apenas na década de 1990, com várias peças e relatórios faltando.

Consequências

Em 1967, o escritor e jornalista Yuri Yarovoi (Юрий Яровой) publicou o romance intitulado "do mais alto nível de complexidade" ("Высшей категории трудности"), que foi inspirado por este incidente.
Yarovoi fez parte nas buscas do grupo de Dyatlov e do inquérito, inclusive, atuando como fotógrafo oficial da campanha de buscas e na fase inicial do inquérito, e por isso teve uma visão parcial sobre os acontecimentos.  Desde a morte de Yarovoi em 1980,  todos os seus arquivos, incluindo fotos, diários e manuscritos, foram perdidos.
Alguns detalhes da tragédia tornaram-se acessíveis ao público em 1990, devido às publicações e debates na imprensa regional de Sverdlovsk.

Infograma detalhando o incidente Dyatlov (Fonte: camisasemanias)

Um dos primeiros autores foi o jornalista Anatoly Guschin (Анатолий Гущин). Guschin informou que os policiais lhe deram permissão especial para estudar os arquivos originais do inquérito e da utilização desses materiais em suas publicações. Ele observou que um certo número de páginas foram excluídas dos arquivos, assim como um "envelope" misterioso mencionado na lista de materiais do caso.
Guschin resumiu seus estudos no livro "O preço de segredos de Estado é de nove vidas" ("гостайны Цена - девять жизней").  
Alguns pesquisadores criticaram-no devido à sua concentração na teoria especulativa de uma "arma experimental secreta soviética" , mas a publicação suscitou uma discussão pública, estimulada pelo interesse no caso . 
Na verdade, muitos dos que permaneceram em silêncio por mais de 30 anos, resolveram  relatar fatos novos sobre o acidente.
Um deles foi o ex-policial Lev Ivanov (Лев Иванов), que conduziu o inquérito oficial, em 1959. Em 1990 ele publicou um artigo, juntamente com sua veêmente admissão de que a equipe de investigação não tinha nenhuma explicação racional para o ocorrido. Ele também informou que recebeu ordens diretas de altos funcionários regionais para fechar o inquérito e manter seus materiais em segredo.  Ivanov, pessoalmente, acredita em uma explicação paranormal - especificamente, os OVNIs. Foram relatados, por habitantes de cidades no entorno dos Urais, que naqueles dias, eclodiu a notícia de vários  avistamentos de luzes estranhas e diferentes nos céus na região.
Em 2000, uma empresa de televisão regional produziu o documentário "Dyatlov Pass" ("Дятлова Перевал"). 
Uma escritora da cidade de Yekaterinburg, Anna Matveyeva (Матвеева Анна), publicou um romance de ficção/ documentário do mesmo nome.  Uma grande parte do livro inclui citações oficiais do caso, trechos dos diários das vítimas, entrevistas com pesquisadores  e outros documentários recolhidos também pelos cineastas.

Imagem da Passagem Dyatlov nos dias atuais (Fonte: camisasemanias)

Imagem da Passagem Dyatlov nos dias atuais (Fonte: camisasemanias)


Apesar da presença de uma narrativa em parte ficcional, o livro de Matveyeva continua à ser a maior fonte de material e documental disponível ao público. 
A Fundação Dyatlov foi fundada em Yekaterinburg (Екатеринбург), com o apoio do Ural State Technical University.  O objetivo da fundação é convencer autoridades russas à reabrir o inquérito sobre o caso, e para manter o "Museu Dyatlov" com intuito de perpetuar a memória dos esquiadores mortos.
Yuri Yudin, o único sobrevivente da expedição, declarou: -“Se eu tivesse a chance de estar com Deus e pudesse fazer apenas uma pergunta, esta seria: O que realmente aconteceu com os meus amigos naquela noite?”

Memorial aos Esquiadores da Passagem Dyatlov (Fonte: camisasemanias)


Mistério nos Montes Urais – Parte I – Mortes inexplicadas

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mistério nos Montes Urais – Parte I – Mortes inexplicadas

Os montes Urais são uma cordilheira que se estende aproximadamente de norte a sul através da Rússia ocidental. Estes montes são frequentemente considerados como uma referência para delimitar a Europa da Ásia, o que faz com que a Rússia faça parte destes dois continentes. Foi nesse mesmo local onde, em 1959, surgiu um caso bastante estranho envolvendo a morte de alguns esquiadores.


Foto do grupo em Vizhai, em 26/27 de janeiro de 1959 (Fonte: camisasemanias)

Composição do Grupo:

Igor Dyatlov (Игорь Дятлов), o líder do grupo.
Zinaida Kolmogorova (Колмогорова Зинаида)
Lyudmila Dubinina (Дубинина Людмила)
Alexander Kolevatov (Александр Колеватов)
Rustem Slobodin (Рустем Слободин)
Yuri Krivonischenko (Юрий Кривонищенко)
Yuri Doroshenko (Юрий Дорошенко)
Nicolai Thibeaux-Brignolle (Николай Тибо-Бриньоль)
Alexander Zolotarev (Александр Золотарёв)
Yuri Yudin (Юрий Юдин)

O Mistério


Igor Dyatlov (Fonte: dominiosfantasticos)

Essa é uma das últimas imagens do jovem Igor Dyatlov, líder de uma aventura trágica e cujo sobrenome veio a batizar um local sinistro, até hoje amaldiçoado, situado lá pelo lado Norte dos Montes Urais:
            Em 31 de janeiro, o grupo chegou à beira de uma zona de montanhas e começou a se preparar para a escalada.  
Como é possível a inexplicável e misteriosa morte de nove experientes esquiadores soviéticos permanecer envolta no mais denso mistério por quase 50 anos? Eis o que de fato ocorreu no distante ano de 1959, nos Montes Urais, tendo ficado conhecido como "O Mistério da Passagem Dyatlov": tudo começou com a formação de um grupo para empreender uma jornada de esqui ao norte dos Urais, em Sverdlovsk Oblast. O grupo, liderado por Igor Dyatlov, era composto por oito homens e duas mulheres. A maioria era de estudantes ou graduados do Instituto Politécnico de Ural (Уральский Политехнический Институт, УПИ), hoje,  Ural State Technical University.


Os mortos no estranho evento (Fonte: dominiosfantasticos)


O objetivo da expedição era chegar ao Otorten (Отортен), uma montanha à cerca de 10 km ao norte do local do incidente. Esta rota, naquela época, foi caracterizada como "categoria III", sendo uma das categorias mais difíceis. Mas, todos os membros eram experientes em longos passeios de esqui e expedições de montanha.


Mapa apontando o local onde ocorreu o evento (Fonte: camisasemanias)

            O grupo chegou à Ivdel (Ивдель), uma cidade no centro da província de Sverdlovsk Oblast, em 25 de janeiro.  Rumaram para Vizhai (Вижай) – último reduto de civilização da região, próxima do local do evento.  Eles começaram sua marcha em direção ao Otorten em 27 de janeiro. No dia seguinte, um dos membros (Yuri Yudin) foi obrigado à desistir da expedição e  voltar, por ter se adoentado. O grupo contava agora, com nove pessoas.



Yuri Yudin abraçando Lyudmila Dubinina, pouco antes da partida de Vizhai, com Igor Dyatlov mais ao lado (Fonte: camisasemanias)

Mais um registro antes da partida do grupo (Fonte: medob)
           
            Através de diários e câmeras encontrados em torno do último acampamento foi possível rastrear o percurso do grupo até o dia anterior ao incidente.


O grupo em uma parada durante a expedição fatídica (Fonte: camisasemanias)

No dia seguinte (01 de fevereiro), os caminhantes começaram a se mover através da passagem. Planejavam montar acampamento no lado oposto, mas por causa da piora das condições meteorológicas,  e a gradativa diminuição de visibilidade, eles perderam a direção e desviaram em oeste, para cima e em direção ao topo da montanha Kholat Syakhl.


Imagem resgatada em uma das câmeras: o grupo em deslocamento (Fonte: dominiosfantasticos)

Quando eles perceberam o erro, decidiram parar e montar o fatídico acampamento na encosta da montanha.

As Buscas

Havia um prévio acordo em que Dyatlov enviaria um telegrama ao seu clube desportivo, logo que o grupo retornasse à Vizhai. Atrasos em expedições do tipo eram bem comuns na época, e com isso esperava-se que somente após 12 de fevereiro, tal telegrama fosse despachado. Mas, quando esta data passou e depois, mais alguns dias e nenhuma mensagem foi recebida, iniciaram-se dúvidas sobre os expedicionários.
Os familiares dos esquiadores solicitaram uma operação de resgate, o que em primeiro lugar, foi composta por estudantes voluntários e professores, em 20 de fevereiro.

Primeira inserção de resgate, com voluntários e professores (Fonte: camisasemanias)


Mais tarde, o exército e forças policiais envolveram-se, com aviões e helicópteros para participar da operação de resgate.
Em 26 de fevereiro, foi encontrado o acampamento abandonado na montanha Kholat Syakhl.
As tendas foram seriamente danificadas. 


Tendas encontradas danificadas (Fonte: dominiosfantasticos)


Uma série de pegadas podiam ser seguidas, levando para baixo em direção à margem da mata nas proximidades (no lado oposto do acampamento, cerca de 1,5 km ao nordeste).


Tecidos rasgados das tendas (Fonte: camisasemanias)


Na borda de entrada para a floresta, sob um grande e velho pinheiro , os pesquisadores encontraram os restos de um incêndio, junto com os dois primeiros corpos, os de Krivonischenko e Doroshenko, descalços e vestidos apenas com suas roupas íntimas.

(Fonte: camisasemanias)

Imagens do local onde foram encontrados vestígios de incêndio (Fonte: camisasemanias)

Entre a floresta e o campo onde estava o acampamento, os pesquisadores encontraram mais três cadáveres: Dyatlov, Kolmogorova e Slobodin, que pareciam  ter morrido em poses que sugerem que eles estavam tentando, desesperadamente,  voltar para o acampamento.

Eles foram encontrados equidistantes em 300, 480 e 630 metros do grande pinheiro queimado.

O resgate dos quatro esquiadores restantes levou mais de dois meses. Eles foram finalmente encontradas em 04 de maio, em uma ravina em um vale mais para o interior da floresta.

Material danificado encontrado no acamapamento abandonado (Fonte: camisasemanias)


            O mistério dos Montes Urais – Parte II – O que dizem os inquéritos policiais

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Maneiras inusitadas de morrer - Parte III – Hollywood, lixo, balões e fenômenos inexplicáveis


(Fonte: fotolog)

Morte pelos letreiros de Hollywood

Hollywood deixou mais do que uns poucos sonhos de fama e fortuna destruídos ao longo dos anos. A mais famosa dessas histórias tristes é provavelmente a da jovem atriz Peg Entwistle, de Wales. Enwistle tinha conseguido algum sucesso nos palcos, até ganhando papéis na Broadway, em Nova York, mas assim como muitos outros, ela foi atraída pelas luzes brilhantes de Hollywood, no centro de Los Angeles.

(Fonte: viradapaulista)

Uma vez na Califórnia, ela encontrou um pouco de sucesso quando atuou no filme "Thirteen Women", mas a fama desejada ainda a evitava. Os testes de projeção do filme foram ruins, e muito do trabalho dela foi cortado do produto final. Em 16 de setembro de 1932, ela subiu até o famoso sinal de Hollywood para seu ato final. Na época, o sinal ainda era "Hollywoodland", e era meramente um anúncio publicitário de um condomínio em construção. Entwistle deixou seus pertences, incluindo uma nota suicida, na base do sinal, escalou-o e saltou do topo da letra "H".

Peg Entwistle (Fonte: examiner)

Seu corpo ficou lá por dois dias antes de ser localizado por seu tio, que morava nos morros perto do sinal. Sua nota suicida dizia simplesmente: "Estou com medo, sou uma covarde. Desculpe qualquer coisa. Se eu tivesse feito isso muito tempo atrás, teria poupado muito sofrimento. P.E.".Numa dessas viradas irônicas do destino, uma carta chegou a Entwistle no dia seguinte à sua morte oferecendo a ela um papel em um filme sobre uma mulher à beira do suicídio.

Morte por lixo

(Fonte: noticiasforadoar)

           Dizem que o lixo de uma pessoa é o tesouro de outra, mas isso pode ficar fora de mão se você se tornar um colecionador de objetos inúteis e não jogar nada no lixo. A maioria das pessoas tem um pouquinho dessa tendência dentro de si, mas não a ponto de matá-las. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito sobre os irmãos Collyer, de Nova York.

A casa dos Collyer (Fonte: ralphmag)

Langley e Homer Collyer mudaram-se para o Harlem, bairro de Nova York, em 1909, quando ainda estavam com 20 e poucos anos. Filhos de uma família de classe privilegiada, os irmãos se tornaram gradativamente fechados ao longo dos anos e começaram a acumular itens. Quanto eles acumularam? Estima-se que foram 180 toneladas (ou 163 toneladas cúbicas) de lixo no apartamento em que moravam. Candelabros quebrados, carrinhos de bebê estragados, pianos esmagados, relógios rachados e mobília mofada estavam amontoadas em cada canto de sua casa. Homer ficou cego nos anos 1930 e de cama em 1940 por causa do reumatismo. Seu irmão mais novo cuidava de cada necessidade sua e até guardou centenas de milhares de jornais na esperança de que Homer recobrasse a visão algum dia.

Homer Collyer em meio ao entulho de lixo (Fonte: bellcurveoflife)

            Estranhamente, a casa também tinha armadilhas ocultas para evitar invasores. Aconteceu disso ser a ruína de Langley quando ele tropeçou em uma dessas armadilhas e ficou soterrado por uma avalanche de lixo. Incapaz de ajudar, Homer acabou morrendo lentamente de fome enquanto seu irmão jazia sob a pilha de refugos. A polícia procurou em Manhattan por semanas antes de perceber que Langley estava enterrado em sua própria casa.

Morte por fenômeno inexplicado


(Fonte: ufoatual)

O que aconteceu exatamente para causar as mortes de nove trilheiros nos Montes Urais, na Rússia, em 2 de fevereiro de 1959, permanece um dos mais notórios mistérios sem solução do país. Em 28 de janeiro, dez estudantes do Instituto Politécnico Ural saíram para fazer uma trilha de inverno. Um dos membros do grupo ficou doente e foi deixado em um acampamento na montanha para se recuperar.
Os outros nove nunca saíram da floresta, e o que os investigadores encontraram foi assustador e confuso. Sua tenda abandonada foi encontrada rasgada de dentro para fora, metade enterrada na neve, com os sapatos e os pertences dos estudantes ainda dentro. Os primeiros dois corpos foram encontrados no limite da floresta, descalços e vestidos com roupa de baixo. Outros três corpos foram encontrados próximo em condições similares. Dois meses depois, os últimos quatro corpos foram descobertos enterrados na neve a cerca de 75 m das primeiras vítimas.

Algumas das vítimas no estranho caso dos Montes Urais (Fonte: medob)

Esses quatro estudantes tinha ferimentos internos massivos, costelas quebradas e crânios esmagados. Um deles tinha tido a língua arrancada. Uma coisa que deixou os investigadores perplexos foi o fato de que não havia sinais de luta nem ferimentos externos. As quatro últimas vítimas estavam usando algumas das roupas dos outros, que descobriu-se depois tinham altos níveis de radiação.

(Fonte: medob)

As teorias foram abandonadas com o tempo - avalanche, interação com alienígenas e testes militares, para nomear algumas. Os arquivos do caso estavam lacrados até 1990, quando ficou-se sabendo que esferas laranjas brilhantes foram vistas no céu naquela noite por outros praticantes de trilha. Isso e a radiação nas roupas levaram a maioria das pessoas a acreditar que aconteciam algumas manobras militares secretas no local - embora o governo russo nunca tenha admitido.

Vítimas (Fonte: medob)

Morte por balões

Em 1982, o caminhoneiro americano Larry Walters, de Los Angeles, se aventurou nos céus de Los Angeles sentado em uma cadeira de praia de alumínio presa a 45 balões de gás hélio. Walters, que tencionava voar por algumas horas a apenas 9 m do chão, chegou a 5.000 m de altitude e ficou "preso" à sua cadeira no ar por 14 horas. Felizmente, os balões foram perdendo altitude e Walters foi resgatado com vida.

(Fonte: tatychan)

O padre católico Adelir Antônio de Carli, do Brasil, não teve tanta sorte. Decidido a estabelecer um recorde mundial para voo em balão de gás hélio com o objetivo de promover seu plano de construir uma parada de descanso espiritual para caminhoneiros, o padre pegou uma cadeira plástica leve, amarrou-a a balões de festa e partiu para a sua aventura.
Preocupado com segurança, em vez de amarrar na cadeira sanduíches e cerveja como fizera Walters, de Carli levou consigo um telefone por satélite e um receptor GPS. Contudo, cometeu um erro que se descobriria ser fatal: não aprendeu a usar o GPS antes do fatídico voo que saiu de Paranaguá, no Paraná, com destino a Dourados, no Mato Grosso do Sul.

O amalucado padre de Carli (Fonte: naturenet)

O tempo mudou, os ventos mudaram, e o padre pendurado nos balões de festa foi soprado em direção ao alto-mar. Enquanto ainda voava sobre a terra, de Carli poderia ter aberto o paraquedas, mas preferiu não fazê-lo. Perdido no mar, ele resolveu telefonar por ajuda, mas o resgate não sabia onde ele estava. De Carli ficou brigando com o GPS e a bateria do telefone acabou, sem que ele ou o resgate soubesse da sua localização. Pedaços de balões foram encontrados em montanhas e praias de Santa Catarina. Em 3 de julho, um pedaço de seu corpo foi encontrado boiando a 100 km da costa de Maricá, no Rio de Janeiro.
de Carli no céu (Fonte: www1.folha.uol)



Maneiras inusitadas de morrer - Parte I - Bueiros, desodorantes e barbas


Maneiras inusitadas de morrer - Parte II - Ovelhas vorazes, sutiãs elétricos, videogames e enchentes de melaço

Maneiras inusitadas de morrer - Parte II - Ovelhas vorazes, sutiãs elétricos, videogames e enchentes de melaço

Dando continuidade às mortes mais amalucadas de que se tem registro, aí vai mais 4 exemplos esdrúxulos de maneiras estranhas de se morrer.


(Fonte: serotonérgico)

Morte por ovelha


(Fonte: oglobo)

Ovelhas são criaturas bastante dóceis. Se você visitar uma fazenda de ovelhas, provavelmente vai encontrar criaturas lanosas em movimento errante ruminando grama. Infelizmente, em 1999, uma mulher na Inglaterra descobriu que as ovelhas podem ter um lado agressivo, assim como muita fome.
Betty Stobbs era mulher de um fazendeiro e tinha 67 anos na época do trágico encontro. Ela estava levando um delicioso jantar de feno para o rebanho de ovelhas da família usando um veículo de quatro rodas com um pequeno trailler acoplado. As ovelhas estavam em um campo com vista panorâmica da presa. Quando Stobbs chegou com o jantar, o rebanho agrediu-a e pulou para dentro do veículo, jogando-a da cabine. A triste ironia dessa tragédia é que ela não morreu da queda em si. Ela poderia até ter sobrevivido, mas as ovelhas tombaram o veículo, esmagando Stobbs.

Morte por sutiã


(Fonte: bbc.co)

Esta aqui não foi exatamente causada por um sutiã, mas a roupa de baixo feminina certamente não ajudou a situação para duas senhoras em Londres, em 1999. Essas duas amigas estavam andando no Hyde Park um dia quando caiu uma tempestade daquelas. O par tentou se abrigar sob uma árvore enorme quando um relâmpago massivo atingiu as duas. Aparentemente, os fios de metal do bojo dos sutiãs que as duas usavam atuaram como condutores, embora a polícia acredite que elas teriam morrido mesmo se não estivessem usando aquela lingerie. Infelizmente, as mulheres morreram instantaneamente, e seus corpos ficaram lá por 15 horas antes que alguém se aproximasse deles. A causa oficial da morte, listada pelo investigador Paul Knapman, foi "falta de sorte".

Morte por videogame


(Fonte: culturainutilizada)

Um representante da empresa de pesquisa de mercado The NPD Group fez um anúncio assustador no 2009 Dice Summit, encontro da indústria de videogames que acontece em Las Vegas. Executivos da indústria de games sabiam que seus produtos estavam em franco crescimento, mas a revelação de que 6 milhões de novos potenciais consumidores começaram a jogar videogame em 2008 surgiu como uma surpresa bem-vinda. A conferência também revelou que o jogo online, quando jogadores jogam uns contra os outros via Internet, havia crescido 2% em 2008 [fonte: dicesummit.org].

(Fonte: colunistas.ig)

Toda essa atividade no campo dos jogos levou a preocupações com o vício em videogame. Essas preocupações foram validadas em 2005 quando um jovem sul coreano morreu depois de uma longa jornada jogando a versão online de Starcraft. O jogo é bastante popular na Coreia do Sul, e jogadores populares são reverenciados. O homem de 28 anos desse trágico caso tinha jogado o game por cerca de 50 horas seguidas em um cybercafé em Taegu, fazendo apenas paradas curtas para um cochilo e para ir ao banheiro. Ele foi levado às pressas para o hospital depois de sofrer um colapso, mas morreu logo em seguida. A polícia acredita que a causa da morte tenha sido parada cardíaca provocada por exaustão severa.

Morte por melaço


(Fonte: alimentacaosaudavel)

Essa não foi apenas uma, mas 21 mortes - todas provocadas pela mesma causa bizarra. Em um dia quente de janeiro de 1919, em Boston, um enorme tanque contendo cerca de 9,5 milhões de litros de melaço explodiu no bairro North End. O tanque tinha 15,2 m de altura e 27,4 m de diâmetro e estava situado na zona portuária, em uma área habitada por imigrantes italianos. Ninguém sabe ao certo o que causou a explosão que lançou estilhaços a até 61 metros no ar.
Algumas das mortes foram atribuídas à força do deslocamento de ar provocado pela explosão em si, e é impossível dizer agora quantos exatamente pereceram em consequência disso. Mas nós sabemos que a explosão gerou uma parede de melaço de 7,6 m de altura que fluiu para o bairro a uma velocidade estimada de 56,3 km/h. A onda pegajosa derrubou pessoas e engoliu-as, levando-as a afogarem-se no líquido marrom grudento.

Panorama de North End após a inundação de melaço (Fonte: bocaberta)

Levou meses para limpar a bagunça. Moradores do azarado bairro afirmam que ainda hoje é possível sentir o cheiro do melaço nos dias quentes de verão.


            Maneiras inusitadas de morrer - Parte I - Bueiros, desodorantes e barbas


            Maneiras inusitadas de morrer - Parte III – Hollywood, lixo, balões e fenômenos inexplicáveis

Maneiras inusitadas de morrer - Parte I - Bueiros, desodorantes e barbas

Com todo o respeito aos sábios e defensores das bolas de cristal em torno do mundo, você nunca saberá como e quando vai morrer. Há muitas maneiras de morrer, e algumas certamente são mais bizarras que outras. Mesmo causas naturais, como ataque cardíaco, podem ocorrer em circunstâncias muito estranhas. Embora no atestado de óbito se possa ler claramente "morreu enquanto dormia", as letras miúdas completam "depois que um satélite caiu pelo telhado".

(Fonte: downloads.open4group)

Ao longo da história, houve algumas mortes bem incomuns (e há até um prêmio criado especialmente para elas, o Darwin Awards). Átila, o huno, morreu de uma hemorragia nasal. Isadora Duncan, dançarina americana popular nos anos 1920, morreu estrangulada quando seu cachecol foi pego no eixo do carro em que ela estava passeando. Stanford White, arquiteto do Madison Square Garden, de Nova York, foi morto por um tiro no telhado do prédio que ele projetou. E o escritor Tennessee Williams morreu engasgado com uma tampa de garrafa.

Morte por bueiro

(Fonte: oglobo)

Essa morte bizarra e triste é um bom exemplo de má sorte trágica. Em 2008, um canadense morreu depois de tentar recuperar sua carteira roubada de uma boca de lobo. A carteira e alguns pertences foram roubados depois que o homem de 57 anos os deixara em um posto de gasolina. Ele chamou a polícia antes de encontrar a carteira jogada num bueiro próximo. O homem tentou sem sucesso alcançá-la pouco antes da polícia chegar, e esta o aconselhou a não tentar novamente. Mas o homem voltou depois, removeu a grade do bueiro e fez uma nova tentativa. Quando o policial que estava investigando o crime percebeu que o caminhão do homem tinha voltado, ele foi checar o bueiro e descobriu o homem preso pela cabeça vários metros abaixo da rua. A vítima ainda estava viva e assim ficou até que os bombeiros a tiraram de lá. Infelizmente, ele morreu no hospital logo.

(Fonte: pt.wikipedia)

Morte por desodorante


(Fonte: tvc16)

Em 1998, um garoto de 16 anos morreu na Inglaterra de ataque cardíaco depois de ser exposto a muito gás de desodorante. Na época da morte, a BBC afirmou que, desde 1971, mais de 130 pessoas haviam morrido depois de inalarem propositalmente gás de desodorante aerossol, mas a morte do garoto foi apenas um caso acidental [fonte: BBC]. Parece que ele era obcecado por higiene pessoal e cheiro de frescor, por isso ele vaporizava seu corpo todo com desodorante ao menos duas vezes por dia.
O garoto exagerava tanto, que às vezes sua família podia sentir o cheiro no andar de baixo da casa. Apesar disso, eles nunca pensaram que o garoto estivesse em perigo. A autópsia revelou que ele tinha 10 vezes a quantidade letal de butano e propano em sua corrente sanguínea. Acontece que o garoto usou o desodorante em um espaço relativamente confinado, embora as embalagens recomendassem o uso em áreas bem ventiladas.
Deve-se observar que em estudos realizados pela Associação Britânica de Fabricantes de Aerossóis e pela unidade de toxicologia do Hospital de George, em Londres, os pesquisadores não conseguiram reproduzir as condições que levariam a efeitos danosos ou fatais da excessiva vaporização de produtos aerosóis em espaços confinados.

Morte por barba


Hans Steininger (Fonte: prlekija-on)


Em novembro de 2008, um professor canadense chamado Sarwan Singh entrou para o livro Guinness por ter a barba mais longa que qualquer homem vivo. Ela pendia por impressionantes 2,36 m a partir do queixo. Mas o recorde de todos os tempos para a barba mais longa vai para o norueguês que deixou a barba crescer até 5,3 m. Seu nome era Hans Langseth, e ele morreu em 1927. Sua barba foi exibida no Instituto Smithsoniano.

Nenhum desses homens teve muito problema com suas barbas. O mesmo não pode ser dito de um austríaco do século 16. A barba de Hans Steininger tinha só 1,4 m, mas foi suficiente para levá-lo à morte. Hans costumava manter sua barba enrolada em uma bolsa de couro, mas esqueceu-se de fazê-lo em um dia de 1567. Um incêndio estourou em sua cidade naquele dia e ele ficou enrolado na barba enquanto tentava escapar. Há relatos conflitantes sobre se Steininger quebrou o pescoço ou se morreu no incêndio, mas as duas mortes são bizarras.

Na próxima parte do artigo, mais mortes sem noção para se impressionar.


            Maneiras inusitadas de morrer - Parte II - Ovelhas vorazes, sutiãs elétricos, videogames e enchentes de melaço


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