Segundo a imprensa, logo após o assassinato, Elizabeth Short recebeu o apelido de "Dália Negra" em uma drogaria de Long Beach, Califórnia, em meados de 1946, como um jogo de palavras sobre um filme em cartaz na época, o The Blue Dahlia . Investigadores do Los Angeles County afirmaram que o apelido foi inventado por repórteres de jornais que cobriram o assassinato. O repórter Bevo Means, do Los Angeles Herald-Express, que entrevistou conhecidos de Short na drogaria, é creditado como o primeiro a utilizar o termo “Dália Negra”.
(Fonte: mintees)
Um número de pessoas, algumas das quais sequer conheciam Short pessoalmente, procuraram a polícia e os jornais para afirmar que a teriam visto durante o período em que ela esteve desaparecida e o período em que seu corpo foi encontrado sem vida (Entre 09 e 15 de janeiro daquele ano). Investigadores de polícia e advogados do distrito de Los angeles descartaram cada um destes avistamentos, onde em alguns casos, os entrevistados foram identificar outras mulheres que tinham sido confundidas com Short.
(Fonte: documentingreality)
Muitos livros de criminologia afirmam que Short viveu e/ou visitou Los Angeles várias vezes em meados de 1940. Estas afirmações nunca foram provadas e são refutadas pelos achados de policiais que investigaram o caso. Um documento nos arquivos do distrito de Los Angeles County, intitulado "Movimentos de Elizabeth Short Prior de 1º de junho de 1946" afirma que Short estava na Flórida e em Massachusetts de setembro de 1943 até os primeiros meses de 1946 e dá um relato detalhado de sua vida e dos trabalhos arranjados durante este período. Alguns autores de livros que exploraram o caso da Dália Negra especularam que ela exercesse a atividade de garota de programa, entretanto, um advogado conseguiu provar perante o grande júri do distrito de Los Angeles que não havia evidências suficientes para afirmar que Short era prostituta e a promotoria justificou que o que houve na verdade foi uma confusão com uma prostituta que tinha o mesmo nome de Short. Outro rumor amplamente divulgado pela mídia afirma que Short não era capaz de ter relações sexuais por causa de um defeito congênito que a deixou com "genitália infantil". Nos arquivos do Los Angeles County District Attorney constam que investigadores questionaram três homens com quem Short teve relações sexuais, incluindo um policial de Chicago que foi um dos suspeitos no caso Os arquivos do FBI também continham uma declaração de um dos alegados amantes de Short. Foi encontrado também informações relevantes sobre o corpo de Short nos arquivos de um advogado do distrito de Los Angeles e no Los Angeles Police Department. A autópsia de Short descreve seus órgãos reprodutivos como anatomicamente normais, embora o relatório observasse a evidência do que foi chamado de "problema feminino". A autópsia também afirma que Elizabeth Short não estava grávida e nunca tinha engravidado antes, ao contrário do que tinha sido afirmado antes e logo após a sua morte.
(Fonte: issoebizarro)
(Fonte: issoebizarro)
(Fonte: issoebizarro)
Suspeitos
Marion Parker (Fonte: oddpedia)
Na época, a investigação do assassinato da Dália Negra foi a maior do Departamento de Polícia de Los Angeles desde o assassinato de Marion Parker (filha de Perry Parker, um eminente banqueiro de Los Angeles) em 1927. Por causa da grande proporção que a investigação tomou, o caso também contou com a ajuda de centenas de funcionários emprestados de outras agências policiais. Devido à complexidade do caso, os investigadores originais trataram cada pessoa que conhecia Short como suspeita, eliminando da lista uma por uma à medida que as investigações avançavam. Cerca de 200 pessoas foram consideradas suspeitas e milhares delas foram entrevistadas pela polícia. Devido à natureza do crime, a cobertura da imprensa sensacionalista era, muitas vezes, imprecisa e concentrou a atenção da opinião pública sobre o caso. A maioria das cerca de 50 pessoas que confessaram o assassinato eram homens.
Fonte: (issoebizarro)
Alguns autores que escreveram sobre esse crime têm especulado sobre uma ligação entre o assassinato de Elizabeth Short e o Cleveland Torso Murderer (um assassino em série dos Estados Unidos, ativo em Clevelandentre 1934 e 1938). Tal como aconteceu com um grande número de assassinatos que ocorreram antes e depois do assassinato de Elizabeth Short, os investigadores originais do Departamento de Polícia de Los Angeles inicialmente tentaram associar o caso da Dália Negra com a série de assassinatos que ocorreram em Cleveland em 1947 e, posteriormente, descartaram qualquer relação entre os dois casos. No entanto, novas evidências implicaram na investigação de um suspeito no caso das mortes de Cleveland, chamado Jack Anderson Wilson.
(Fonte: issoebizarro)
Com a morte de Short, Wilson passou a ser investigado pelo detetive St. John, em 1980. St. John alegou que ele estava perto de prender Wilson pela morte de Short quando, inesperadamente, o suspeito morreu em um incêndio em 04 de fevereiro de 1982.
Jack Anderson Wilson, um dos suspeitos da morte da Dália Negra (Fonte: trutv)
Teorias e possíveis assassinatos relacionados
Autores de livros sobre o assunto, como Steve Hodel e William Rasmussen, têm sugerido uma ligação entre o assassinato de Elizabeth Short e um outro assassinato ocorrido em 1946, que culminou com o desmembramento de Suzanne Degnan, de seis anos de idade, em Chicago, e ficou conhecido como crime do ‘assassino do Batom’ (recebeu esse nome devido ao fato do assassino deixar mensagens escritas a batom no local do crime). O Capitão Donahoe da polícia de Los Angeles também declarou publicamente que ele acreditava que a Dália Negra e os ‘assassinatos do Batom’ provavelmente estavam ligados. Entre as provas citadas estava o fato de que o corpo de Elizabeth Short foi encontrado em Norton Avenue, três quarteirões a oeste de Degnan Boulevard, o fato de que o termo ‘Degnan’ também era o último nome da garota de Chicago e o fato de que havia semelhanças entre a escrita da nota de resgate de Degnan e as cartas que o ‘vingador da Dália Negra’ havia mandado à impressa após a morte de Short. Por exemplo, ambas usavam uma combinação de letras maiúsculas e minúsculas, como num fragmento da nota de Degnan onde dizia: "BuRN This FoR heR SAfTY"; ambas as notas continham uma carta semelhante e tinham uma ou outra palavra que coincidiam exatamente.
Suzanne Degnan (Fonte: proxywhore)
Mensagem do assassino do batom (Fonte: 207.56.179.67)
Mensagem do "Vingador da Dália Negra" (Fonte: blackdahliasolution)
Atualmente, condenado serial killer William Heirens está cumprindo pena pelo assassinato de Degnan. Inicialmente foi preso, aos 17 anos, por invadir uma residência próxima a de Suzanne Degnan. Heirens alega que foi torturado pela polícia, forçado a confessar, e fez um bode expiatório no assassinato de Degnan.
(Fonte: issoebizarro)
A Dália Negra – Parte I – O passado de Elizabeth Short
O corpo de Elizabeth Short foi encontrado no Parque Leimert, distrito de Los Angeles, em 15 de janeiro de 1947. Seus restos mortais foram deixados em um terreno baldio do lado oeste da Avenida Norton Sul, a meio caminho entre o Coliseum Street e a West 39th Street. O corpo foi descoberto por Betty Bersinger, uma residente local que estava andando com sua filha de três anos de idade. Short estava severamente mutilada, seu corpo foi encontrado nu e cortado na altura da cintura, totalmente sem sangue. O corpo tinha sido lavado e limpo e ela tinha sido colocada com as mãos sobre a cabeça e os cotovelos dobrados em ângulo reto. Seu rosto foi cortado a partir dos cantos de sua boca em direção a suas orelhas, o que ficou conhecido como sorriso Glasgow.
Corpo de Short, encontrado num terreno baldio e confundido com uma boneca quebrada (Fonte: issoebizarro)
Um sorriso Glasgow (também conhecido como sorriso Anna e sorriso Chelsea) refere-se a uma ferida que resulta de um corte no rosto que parte do canto da boca até a orelha. Esse corte normalmente é feito com uma faca ou um pedaço de vidro quebrado, deixando uma cicatriz que faz com que a vítima pareça estar sorrindo. Às vezes, o atacante procura esfaquear ou dar um pontapé na vítima após o corte para fazê-la gritar, de modo que a ferida se abra mais ainda. Se o corte for profundo, a vítima pode sangrar até a morte. A prática parece ter sido originada em Glasgow, na Escócia, mas também se tornou popular com as gangues de rua inglesas como uma tática de intimidação (especialmente em Chelsea, Londres, onde é conhecido como ‘sorriso Chelsea’).
Sorriso Glasgow (Fonte: clearingsigner)
A autópsia e o papel da mídia na investigação do caso
A autópsia indicou que Short tinha 1,65m de altura e 52kg, tinha olhos azuis, cabelos castanhos, e os dentes mal cariados. Havia marcas em seus tornozelos e pulsos, feitas por uma corda, sugerindo que ela pudesse estar presa de pernas abertas ou de cabeça para baixo Não havia evidência de que ela tinha sido forçada a comer fezes. Embora o crânio não tenha sido fraturado, Short tinha hematomas na face frontal e direita do seu couro cabeludo com uma pequena quantidade de sangramento no espaço subaracnóideo, no lado direito, consistentes como golpes na cabeça. A causa da morte foi a perda de sangue das lacerações no rosto combinadas com choque, devido a uma concussão cerebral.
(Fonte: issoebizarro)
Em 23 de janeiro de 1947, o assassino ligou para o editor do Los Angeles Examiner expressando a preocupação de que a notícia do assassinato estivesse seguindo fora dos veículos de comunicações e ofereceu ao editor, pelo correio, itens que pertenciam a short. No dia seguinte, um pacote chegou ao jornal de Los Angeles contendo certidão de nascimento de Short, além de cartões de visita,fotografias, nomes escritos em pedaços de papel e um livro de endereços com o nome de Mark Hansen em relevo na capa., que foi a última pessoa conhecida a ter visto Short viva (em 9 de janeiro), se tornando assim o principal suspeito da morte dela.
(Fonte: issoebizarro)
O assassino viria a escrever mais cartas ao jornal, chamando a si mesmo "o Vingador da Dália Negra". Em 25 de janeiro, a bolsa de Short e um sapato foram encontrados em uma lata de lixo a uma curta distância de Norton Avenue. Devido à notoriedade do caso, mais de 50 homens e mulheres tinha confessado a autoria do assassinato e a polícia estava inundada com dicas irrelevantes, cada vez que um jornal citava o caso ou um livro ou filme sobre ele era liberado. O Sargento John, um detetive que trabalhou no caso até sua aposentadoria, declarou: "É incrível como muitas pessoas ofereceram até um parente como o assassino."
Uma das cartas escritas pelo assassino (Fonte: manasir53)
Gerry Ramlow, um repórter do Los Angeles Daily News, também declarou mais tarde: "Se o crime nunca foi resolvido foi por culpa dos repórteres... Eles botaram tudo a perder, atropelando evidências e ocultando informações". Demorou vários dias para a polícia assumir o controle total da investigação. Até então era os repórteres que passavam o tempo vagando livremente pelos escritórios do departamento de polícia, sentavam em mesas de oficiais e respondiam seus telefonemas. Muitas dicas do público não foram passadas diretamente para a polícia e acabaram caindo na mão de repórteres que decidiam conduzir a investigação por conta própria.
William Randolph Hearst, do Los Angeles Herald-Express e do Los Angeles Examiner, foi um dos responsáveis por sensacionalizar o caso, usando as características de Short – cabelos negros, olhos azuis e o costume de usar sempre preto – e o terno preto sob medida de Short, o qual ela vestiu na última vez em que foi vista viva, para criar o mito da Dália Negra, uma aventureira que rondava o Hollywood Boulevard. Com o tempo, a cobertura da mídia tornou-se mais especulativa, com as alegações ultrajantes do estilo de vida de Short, feitas a partir do material que pertencia à vítima, enquanto aqueles que a conheciam realmente informavam que ela não fumava, bebia ou mantinha um estilo de vida desregrado.
(Fonte: issoebizarro)
Short foi enterrada no Mountain View Cemetery, em Oakland, Califórnia . Posteriormente, suas irmãs vieram a crescer e se casar, e a sua mãe decidiu se mudar para Oakland para estar próxima do túmulo de sua filha. Phoebe Short finalmente voltou para a Costa Leste em 1970 e viveu até seus 90 anos.
Na próxima parte falarei dos rumores e dos equívocos populares sobre o caso e sobre as principais teorias que tentam explicar como se sucedeu esse assassinato e quem seria o suspeito.
A Dália Negra – Parte I – O passado de Elizabeth Short
Muitos conhecem o famoso caso da ‘Dália Negra’ pelas referências cinematográficas, mas a conexão entre a vida real e a fictícia é repleta de inconsistências, tendo em vista que a abordagem do cinema foi bastante marginal ao levar em conta as especulações que surgiram em torno desse assassinato e as teorias que tentaram explicar um caso não solucionado.
Short antes e depois do assassinato (Fonte: issoebizarro)
Elizabeth Short foi uma atriz que saiu de Massachusetts aos 22 anos de idade para tentar a sorte em Hollywood, mas acabou sendo brutalmente assassinada por um criminoso desconhecido. Ela nasceu em Boston, Massachusetts, mas cresceu e viveu em Melford. Foi a terceira das cinco filhas de Cleo Short e Mae Phoebe Sawyer. Seu pai construiu uma pequena área de golfe onde oferecia cursos, até que durante a queda da bolsa de valores de 1929 ele perdeu grande parte dos bens da família. Em 1930, ele estacionou seu carro sobre uma ponte e desapareceu, o que levaram alguns a acreditar que ele havia cometido suicídio. Por conta disso, a mãe de Elizabeth Short decidiu levar a família para um pequeno apartamento em Medford, e nessa época encontrou trabalho como contadora. Mais tarde Short descobriria que seu pai ainda estava vivo e morando na Califórnia até então.
(Fonte: trutv)
Aos 16 anos ela foi enviada para Miami, Flórida, para viver o inverno por lá, devido às preocupações de sua mãe com a asma e a bronquite de Short. Assim seria sua rotina durante os próximos três anos, morando em Miami durante os meses frios e em Medford no restante do ano. Aos 19 anos viajou para Vallejo, Califórnia para viver com seu pai que trabalhava próximo ao estaleiro naval de Mare Island, em San Francisco Bay.
Short na época em que foi presa por oferecer bebida alcoólica a um menor de idade (Fonte: en.wikipedia)
No início de 1943 os dois se mudaram para Los Angeles, mas uma altercação resultou na sua saída de lá para procurar trabalho em Camp Cooke (agora Vandenberg Air Force Base), perto de Lompoc, na Califórnia. Posteriormente, Elizabeth Short mudou-se para Santa Barbara, onde foi presa em 23 de setembro de 1943, por oferecer bebida alcoólica a um menor de idade. Após sua prisão, ela foi levada de volta para Medford pelas autoridades juvenis em Santa Bárbara. Após ser libertada, ela retornou para Flórida, onde conheceu o Major Matthew Michael Gordon Jr., um condecorado oficial das Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos, responsável pelo treinamento e implantação do “China Burma India Theater of Operations” (forças aéreas que operavam em conjunto com as forças aéreas britânicas e chinesas e eram aliadas também às forças terrestres da China, da Índia e da Birmânia, durante a Segunda Guerra Mundial).
(Fonte: watchingrobertpickton88015)
Short disse que Gordon havia lhe escrito uma carta da Índia lhe propondo casamento, enquanto ele se recuperava de ferimentos sofridos a partir de um acidente de avião. Elizabeth aceitou sua proposta, mas Gordon acabou morrendo em um acidente de avião logo em seguida, em 10 de agosto de 1945, antes que ele pudesse voltar aos Estados Unidos para consumar o matrimônio. Mais tarde, por alguma razão desconhecida, Short decidiu alterar a história desse fato, dizendo que os dois haviam se casado e tiveram um filho que morreu. Embora os amigos de Gordon, do comando aéreo, confirmassem o envolvimento íntimo dos dois, a família de Short negou que tal envolvimento tivesse alguma ligação com o posterior assassinato dela.
Elizabeth Short voltou para Los Angeles em julho de 1946 para visitar o tenente Joseph Gordon Fickling, do Army Air Corps, um antigo namorado que ela conheceu na Flórida durante a guerra. No momento que Short retornou a Los Angeles, Fickling estava estacionado em numa reserva naval da base aérea, em Long Beach.
O estado em que o corpo de Short foi encontrado pelas autoridades (Fonte: francesfarmersrevenge)
Seis meses antes de sua morte, Short permaneceu no sul da Califórnia, principalmente na área de Los Angeles. Ela foi morta por razões e assassino desconhecidos em 1947. Seu corpo foi encontrado mutilado e esquartejado em um terreno baldio na cidade de Los Angeles. O crime ficou eternizado não apenas pela brutalidade, mas principalmente por permanecer até hoje sem solução. Na próxima parte desse artigo vou detalhar o caso da morte precoce de Elizabeth Short e esclarecer porque esse famoso crime ficou conhecido como o caso da ‘Dália Negra’.
Sepultura de Short (Fonte: en.wikipedia)
A Dália Negra – Parte II – A autópsia e o papel da mídia na investigação do caso
Quando se fala em culturas diferentes da nossa é muito difícil estabelecer limites entre o certo e o errado, já que esses hemisférios variam dependendo do ponto de vista do pensador. Nos artigos “O ritual macabro de Toraja” e “Crianças enterradas vivas – uma triste realidade indígena” nós vemos, como um espectador, costumes que para a nossa cultura é condenável, mas para aqueles que vivem onde esses costumes estão inseridos é algo banal e com um significado mais grandioso. Se matar animais ou enterrar crianças vivas nos parece asqueroso, costumes presentes na nossa cultura, como comer carne de porco, parecem causar muito mais asco a pessoas de culturas divergentes. E por falar em porco, existe em Taiwan um festival onde foliões desfilam com corpos de porcos gigantes pelas ruas de New Taipei City: é o “Festival Porcos de Deus”.
(Fonte: odditycentral)
A princípio você deve imaginar quão singelo deve ser um festival onde pessoas desfilam juntas a porquinhos pintados, mas na verdade essa tradição é bem mais macabra do que parece. No período de 08 de fevereiro (período que marca o ano novo lunar chinês) é celebrada em New Taipei City, mais especificamente nas ruas de Shanhsia, o festival controverso do “Porcos de Deus”, onde a população local se reúne para ver porcos com até quatro vezes seu tamanho normal serem pesados e, em seguida, sacrificados, pintados e decorados para exposição na festividade. O objetivo é vencer uma disputa onde quem ganha é aquele que apresenta o porco mais gordo!
(Fonte: odditycentral)
(Fonte: odditycentral)
(Fonte: odditycentral)
(Fonte: odditycentral)
Não é difícil imaginar como esses poucos aparecem no festival com o tamanho corporal quadruplicado: alimentação forçada! O porco escolhido para participar do concurso é forçado a comer incessantemente durante anos. Geralmente os agricultores engordam mais de 60 suínos com ração especial e outros tratamentos mais esdrúxulos para participar do evento. No fim o porco fica tão pesado que já não tem capacidade nem para se levantar. A tortura física e psicológica causada no bicho faz com que seus órgãos entrem em colapso e seu corpo fique repleto de ferimentos devido ao tempo em que ficam deitados, sem possibilidade de se mover por conta do seu descomunal tamanho. Alguns porcos podem ser castrados pelo seus donos, sem anestesia, pois estes acreditamque isso faça os porcos engordar ainda mais.
(Fonte: odditycentral)
(Fonte: odditycentral)
Faltando poucos dias para a competição ter início, os donos dos porcos costumam forçá-los a comerem areia e metais pesados, como chumbo, para ficarem o mais pesado possível. Chegando no dia do festival os porcos que vão competir são arrastados brutalmente até o encontro da multidão. Às vezes, são necessários até 20 homens para carregar um dos porcos gigantes. Uma vez lá, esses porcos são pesados numa balança e depois são abatidos com um corte na garganta. De acordo com alguns relatos de pessoas presentes no festival, os animais sacrificados ficam o tempo todo aterrorizados, gritando incessantemente até perder o controle do intestino. Após serem cruelmente sacrificados, os porcos mais pesados são pintados e decorados, em seguida, são colocados em carros alegóricos, fora de um templo taoísta, que passeiam pela cidade para exibir os animais mortos para a multidão presente no local. Os animais geralmente atingem os 700 quilos, mas já houve casos de porcos que chegaram aos 900 quilos.
(Fonte: liefintaiwan.wordpress)
(Fonte: liefintaiwan.wordpress)
(Fonte: liefintaiwan.wordpress)
(Fonte: liefintaiwan.wordpress)
A origem deste evento perturbador não é certa, mas dizem que ele faz parte do credo religioso de um grupo étnico conhecido por, Hakkas, com uma população de mais de quatro milhões de pessoas em Taiwan. Contudo, nos últimos anos, aparentemente o “Porcos de Deus” se transformou em uma demonstração de poder e riqueza das famílias deste grupo, sem nenhuma intenção religiosa. Naquele país, a engorda e matança de animais são atividades ilegais, mas ativistas dizem que o governo faz “vista grossa” por medo de uma revolta de grupos religiosos.
(Fonte: odditycentral)
(Fonte: odditycentral)
Grupos de proteção dos direitos dos animais, como a Sociedade Mundial de Proteção dos Animais (WSPA), têm protestado e pedido que os porcos sejam substituídos por réplicas feitas de massa, arroz ou flores. A WSPA Brasil tem em seu site um endereço para um abaixo assinado que pede o fim do “Porcos de Deus”. Para contribuir com sua assinatura, acesse: http://www.pigsofgod.org/.
Grupo da WSPA protestando contra o uso de porcos no Festival Porcos de Deus (Fonte: wspa-international)
No fim das contas, a gente sempre se esbarra no debate sobre a diferença entre as culturas dos povos do planeta. Até que ponto é permissível costumes que envolvam morte de pessoas ou animais em nome de tradições milenares? É bom lembrarmos que, no caso do “Festival Porcos de Deus” ele surgiu com um propósito religioso, mas com o tempo se tornou uma exibição de poder e riqueza de uma minoria de famílias privilegiadas da região que se divertem às custas da tortura de animais indefesos. Tal demonstração de poder tem passado por cima da autoridade do governo que prefere não se envolver diretamente nesse assunto. Por essa razão, festivais bizarros como esse continuam a ocorrer pelo mundo em nome de uma cultura desvirtuada, arcaica e sem sentido.
Há cerca de 10 anos atrás surgiam as primeiras correntes de e-mails sobre o tenebroso caso dos gatos bonsai. Nesses e-mails anunciava-se num site a venda de gatos em miniatura dentro de garrafas transparentes. E pra tornar as coisas ainda mais bizarras, o site te ensinava a fazer o seu próprio gato bonsai:
Um cãozinho morto e transformado em um boneco (Fonte: orkut)
“Coloca-se gatos bebês em garrafas de vidro, enfia-se uma sonda em seu ânus, que sai por uma abertura na garrafa para desfazer-se da urina e fezes. Para que os gatos tomem a forma da garrafa, os alimentam com químicos para amolecer-lhes os ossos, aí os mantém pelo tempo que o gato aguentar sobreviver à tortura. Não pode mover-se, nem andar, nem limpar-se. À medida que vai crescendo ele vai tomando a forma do recipiente em que foi inserido”.
A idéia absurda parece ter pegado muita gente desprevenida e essa se tornou uma das principais correntes da época e ainda, segundo a Folha On-Line, em pesquisa realizada pela empresa Sophos, esse boato ficou em segundo lugar na lista de correntes falsas que mais circularam pela Web no mês de Outubro de 2003. Entretanto, esse assunto sempre volta com força total de tempos em tempos, até porque o site onde a farsa foi criada ainda existe até hoje.
Infelizmente nem tudo é de mentira nessa vida. Alguns anos depois surgiria um outro site polêmico que apostava na manipulação bizarra de animais para chamar a atenção.
(Fonte: orkut)
Uma holandesa chamada Katinka Simonse, também conhecida como Tinkebell, lançou na Internet um manual de como transformar seu gatinho de estimação numa bolsa! Segundo ela, seus gatos eram mortos e convertidos em bolsas porque ela amava a moda.
Tinkebell (Fonte: orkut)
O manual explicava o passo a passo, desde o abate do bichano até a transformação do mesmo numa bolsa. O macabro site gerou a revolta de milhares de pessoas que a acusavam de abuso e maltrato a animais. Uma petição foi criada em uma comunidade do orkut para tirar esse manual do ar. E, ao que parece, o link do site acabou ficando inativo mesmo. O que não quer dizer que Tinkebell desistiu de fazer arte usando animais de sua propriedade.
Roedores em bolas (Fonte: blondebynature)
Ela atualmente é proprietária de 60 hamsters em bolas e porquinhos da Guiné manipulados por controle remoto. Ela também costuma colocar pintinhos em trituradores de papel e escrever números sobre os caramujos em seu jardim para manter a contagem deles.
Há um tempo atrás houve investigações sobre o comportamento dela. Ela alegava que seus animais não eram mortos para a criação de suas obras de arte. A Organização de Proteção Animal Holandesa, por sua vez, era consciente da situação e considerava uma falta de respeito para com os animais a morte dos mesmos pela arte, como justificava Katinka.
(Fonte: orkut)
(Fonte: eucom-isso)
Em conversa com a moça a organização acabou concluindo que o objetivo dela não era causar sofrimento aos animais, e sim fazer uma declaração chocante, trazendo o mesmo impacto que a morte de animais para a confecção de casacos de pele e sapatos traria. A Organização de Proteção Animal Holandesa acredita que os animais mortos devem ser respeitados, assim como o uso destes em obras de arte também deve ser respeitoso: “Animais mortos podem ser usados na arte, desde que a situação retratada seja característica ao animal”, dizem. Logo, a gente conclui que a Tinkebell quebrou uma lei, mas nada foi feito a respeito.
O boneco é reversível. De um lado, apresenta-se na forma de um cachorro e do outro, ao ser manuseado e virado do avesso, acaba por revelar um gato (Fonte: orkut)
(Fonte: orkut)
Katinka Simonse se considera uma "designer de discussões". Ela pesquisa as questões contemporâneas e os movimentos populistas, incluindo o ativismo dos direitos dos animais, e suas estratégias. Hipocrisias e discursos dentro destes movimentos são os pontos principais do foco de seu trabalho.
(Fonte: orkut)
(Fonte: orkut)
Segundo Tinkebell seu foco é o uso do grotesco para chamar a atenção para a verdade do nosso comportamento. Ela indaga: “Qual é a diferença se uma cobra está sendo morta para a confecção de botas de couro, ou se uma vaca está sendo morta, eviscerada e depois comida, ou ainda se pintos machos, que iam ser mortos de qualquer maneira em uma casa de abate por meio de gaseamento ou outro método, são simplesmente submetidos a um triturador? Qual a diferença de você dar ao seu filho um coelho de estimação ou simplesmente dar-lhe um verdadeiro coelho, morto de pelúcia? Qual é a razão de se conseguir um hamster se você só vai interagir com ele através de uma bola de plástico ou gaiola? Para mim os animais são objetos”.
(Fonte: orkut)
Tinkebell concluiu que suas ações não são piores do que a de abatedouros de carne, de laboratórios de pesquisa, de fábricas de criação de pets (que são comprados e vendidos por PetSmarts) ou do que seres humanos que reproduzem animais em gaiolas para venda. Tudo bem que suas comparações são mesmo equivalentes às suas ações, entretanto, não é porque vemos algumas pessoas andando tortas que vamos nos entortar também. Se você usa o maltrato contra animais como artifício para fazer maldade aos mesmos, então você poderia usar a mesma lógica para maltratar um ser humano, já que é uma coisa que também acontece em nossa realidade. Se começarmos a enxergar atitudes como essa como se fosse uma coisa normal, vai chegar um ponto onde histórias como a do filme “O Albergue”, onde ricaços pagam para torturar pessoas, vai se tornar uma coisa banal na cultura humana.
(Fonte: orkut)
Ela matou seu próprio gato e o converteu em bolsa, porque segundo ela "adora moda"(Fonte: orkut)
E o que dizer sobre o fato dessa moça utilizar a arte como desculpa para satisfazer o seu egocentrismo masoquista? Sabemos que a arte é uma forma de expressão que atinge o espectador das formas mais inusitadas possíveis. Algumas obras causam admiração, outras causam repúdio, tudo depende do objetivo do artista. Mas será que no campo da arte tudo é mesmo possível. Não há limites para o bom senso? Há um tempo atrás uma artista plástica norte-americana gerou polêmica ao engravidar repetidas vezes para abortar logo em seguida e usar isso como forma de expressão de arte. Qual o propósito disso, já que mais parece uma forma desesperada de chamar atenção da mídia para si?
(Fonte: eucom-isso)
(Fonte: orkut)
As ONGs que criticaram a obra de Tinkebell ganharam o reforço de um partido político que condena a obra, intitulada “Popple”, e a chama de "arte extrema". A parlamentar Esther Ouwehand criticou a exposição: "É repugnante! ultrapassa o limite do aceitável".Mas para a ‘patricinha’, esse será apenas um protesto contra o modo que os animais são tratados e contra a obsessão de criar seres perfeitos através de manipulação genética, acredite se quiser.