sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Dália Negra – Parte III – Rumores, Suspeitos e Teorias sobre o assassinato de Short

Segundo a imprensa, logo após o assassinato, Elizabeth Short recebeu o apelido de "Dália Negra" em uma drogaria de Long Beach, Califórnia, em meados de 1946, como um jogo de palavras sobre um filme em cartaz na época, o The Blue Dahlia . Investigadores do Los Angeles County afirmaram que o apelido foi inventado por repórteres de jornais que cobriram o assassinato. O repórter Bevo Means, do Los Angeles Herald-Express, que entrevistou conhecidos de Short na drogaria, é creditado como o primeiro a utilizar o termo “Dália Negra”.


(Fonte: mintees)

Um número de pessoas, algumas das quais sequer conheciam Short pessoalmente, procuraram a polícia e os jornais para afirmar que a teriam visto durante o período em que ela esteve desaparecida e o período em que seu corpo foi encontrado sem vida (Entre 09 e 15 de janeiro daquele ano). Investigadores de polícia e advogados do distrito de Los angeles descartaram cada um destes avistamentos, onde em alguns casos, os entrevistados foram identificar outras mulheres que tinham sido confundidas com Short.


(Fonte: documentingreality)

Muitos livros de criminologia afirmam que Short viveu e/ou visitou Los Angeles várias vezes em meados de 1940. Estas afirmações nunca foram provadas e são refutadas pelos achados de policiais que investigaram o caso. Um documento nos arquivos do distrito de Los Angeles County, intitulado "Movimentos de Elizabeth Short Prior de 1º de junho de 1946" afirma que Short estava na Flórida e em Massachusetts de setembro de 1943 até os primeiros meses de 1946 e dá um relato detalhado de sua vida e dos trabalhos arranjados durante este período. Alguns autores de livros que exploraram o caso da Dália Negra especularam que ela exercesse a atividade de garota de programa, entretanto, um advogado conseguiu provar perante o grande júri do distrito de Los Angeles que não havia evidências suficientes para afirmar que Short era prostituta e a promotoria justificou que o que houve na verdade foi uma confusão com uma prostituta que tinha o mesmo nome de Short. Outro rumor amplamente divulgado pela mídia afirma que Short não era capaz de ter relações sexuais por causa de um defeito congênito que a deixou com "genitália infantil". Nos arquivos do Los Angeles County District Attorney constam que investigadores questionaram três homens com quem Short teve relações sexuais, incluindo um policial de Chicago que foi um dos suspeitos no caso Os arquivos do FBI também continham uma declaração de um dos alegados amantes de Short. Foi encontrado também informações relevantes sobre o corpo de Short nos arquivos de um advogado do distrito de Los Angeles e no Los Angeles Police Department. A autópsia de Short descreve seus órgãos reprodutivos como anatomicamente normais, embora o relatório observasse a evidência do que foi chamado de "problema feminino". A autópsia também afirma que Elizabeth Short não estava grávida e nunca tinha engravidado antes, ao contrário do que tinha sido afirmado antes e logo após a sua morte.


(Fonte: issoebizarro)

(Fonte: issoebizarro)

(Fonte: issoebizarro)


Suspeitos

Marion Parker (Fonte: oddpedia)

 

Na época, a investigação do assassinato da Dália Negra foi a maior do Departamento de Polícia de Los Angeles desde o assassinato de Marion Parker (filha de Perry Parker, um eminente banqueiro de Los Angeles) em 1927. Por causa da grande proporção que a investigação tomou, o caso também contou com a ajuda de centenas de funcionários emprestados de outras agências policiais. Devido à complexidade do caso, os investigadores originais trataram cada pessoa que conhecia Short como suspeita, eliminando da lista uma por uma à medida que as investigações avançavam. Cerca de 200 pessoas foram consideradas suspeitas e milhares delas foram entrevistadas pela polícia. Devido à natureza do crime, a cobertura da imprensa sensacionalista era, muitas vezes, imprecisa e concentrou a atenção da opinião pública sobre o caso. A maioria das cerca de 50 pessoas que confessaram o assassinato eram homens.


Fonte: (issoebizarro)


Alguns autores que escreveram sobre esse crime têm especulado sobre uma ligação entre o assassinato de Elizabeth Short e o Cleveland Torso Murderer (um assassino em série dos Estados Unidos, ativo em Cleveland entre 1934 e 1938). Tal como aconteceu com um grande número de assassinatos que ocorreram antes e depois do assassinato de Elizabeth Short, os investigadores originais do Departamento de Polícia de Los Angeles inicialmente tentaram associar o caso da Dália Negra com a série de assassinatos que ocorreram em Cleveland em 1947 e, posteriormente, descartaram qualquer relação entre os dois casos. No entanto, novas evidências implicaram na investigação de um suspeito no caso das mortes de Cleveland, chamado Jack Anderson Wilson.


(Fonte: issoebizarro)

Com a morte de Short, Wilson passou a ser investigado pelo detetive St. John, em 1980. St. John alegou que ele estava perto de prender Wilson pela morte de Short quando, inesperadamente, o suspeito morreu em um incêndio em 04 de fevereiro de 1982.


Jack Anderson Wilson, um dos suspeitos da morte da Dália Negra (Fonte: trutv)


Teorias e possíveis assassinatos relacionados


Autores de livros sobre o assunto, como Steve Hodel e William Rasmussen, têm sugerido uma ligação entre o assassinato de Elizabeth Short e um outro assassinato ocorrido em 1946, que culminou com o desmembramento de Suzanne Degnan, de seis anos de idade, em Chicago, e ficou conhecido como crime do ‘assassino do Batom’ (recebeu esse nome devido ao fato do assassino deixar mensagens escritas a batom no local do crime). O Capitão Donahoe da polícia de Los Angeles também declarou publicamente que ele acreditava que a Dália Negra e os ‘assassinatos do Batom’ provavelmente estavam ligados. Entre as provas citadas estava o fato de que o corpo de Elizabeth Short foi encontrado em Norton Avenue, três quarteirões a oeste de Degnan Boulevard, o fato de que o termo ‘Degnan’ também era o último nome da garota de Chicago e o fato de que havia semelhanças entre a escrita da nota de resgate de Degnan e as cartas que o ‘vingador da Dália Negra’ havia mandado à impressa após a morte de Short. Por exemplo, ambas usavam uma combinação de letras maiúsculas e minúsculas, como num fragmento da nota de Degnan onde dizia: "BuRN This FoR heR SAfTY"; ambas as notas continham uma carta semelhante e tinham uma ou outra palavra que coincidiam exatamente.


Suzanne Degnan (Fonte: proxywhore)

Mensagem do assassino do batom (Fonte: 207.56.179.67)

Mensagem do "Vingador da Dália Negra" (Fonte: blackdahliasolution)

Atualmente, condenado serial killer William Heirens está cumprindo pena pelo assassinato de Degnan. Inicialmente foi preso, aos 17 anos, por invadir uma residência próxima a de Suzanne Degnan. Heirens alega que foi torturado pela polícia, forçado a confessar, e fez um bode expiatório no assassinato de Degnan.

(Fonte: issoebizarro)


A Dália Negra – Parte I – O passado de Elizabeth Short


A Dália Negra – Parte II – A autópsia e o papel da mídia na investigação do caso

1 comentários:

Natan disse...

Será que procede? http://www.megacurioso.com.br/policia/85760-ao-tentar-saber-mais-sobre-o-pai-homem-desvenda-crime-famoso.htm

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