quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A longevidade de Matusalém e outros patriarcas antigos

Em 2010 a expectativa de vida dos brasileiros era de 72,2 anos, o que é considerada relativamente baixa se comparada a países desenvolvidos como o Japão, onde a expectativa de vida supera os 81 anos de idade. Isso poderia ser explicado talvez pela qualidade de vida das pessoas, incluindo fatores como a interação com a cultura (alimentação, hábitos saudáveis) e o meio ambiente (poluição, habitações adequadas) respectivamente. Em 2007, a daguestanesa Sarhad Rashidova morreu aos 131 anos de idade, comprovado pelo seu passaporte, quando foi trocado do soviético para o russo, e foi considerada até então como a mulher mais velha do mundo. A grande questão que se faz é: por que no mundo contemporâneo relativamente poucos seres humanos conseguem viver mais que um centenário, sendo que, no mundo antigo, a bíblia relata anciões de extrema longevidade vital como Matusalém que morreu aos 969 anos (Gen. 5:27), Noé que viveu até os 950 anos (Gen. 9:29) e Adão que morreu quando tinha 930 anos (Gen. 5:5)?


Matusalém (Fonte: reporternet)

Ao se estudar a genealogia do Gênesis podemos notar um fator interessante com relação à idade dos homens antigos: até o momento do dilúvio a expectativa de vida dos homens poderia superar os 900 anos, entretanto, após esse evento, apesar de alguns conseguirem chegar aos 500 anos, como Sem, Arfaxade, Selá e Eber, houve uma queda brusca na expectativa de vida dessas pessoas. Após Eber, nasceu Pelegue, durante a divisão geográfica da Terra (Gen. 10:25) e, este por sua vez, viveu apenas 209 anos (Gen. 11:19), menos da metade da duração de vida dos homens mais velhos da época. O mesmo aconteceu com o filho de Pelegue, Réu que viveu 207 (Gen. 11:21). A partir daí a expectativa de vida dos patriarcas bíblicos passou a reduzir-se gradativamente: Abraão viveu 165 anos, Isaque 180 e Jacó 147, culminando com José, que viveu 110 anos, algo mais próximo da nossa realidade.


Dilúvio (Fonte: aoreidosreis)

Alguns estudiosos apontam o evento do dilúvio como fator determinante da queda repentina da expectativa de vida, pois, segundo eles, Deus havia prolongado a vida dos homens antigos para que eles tivessem tempo suficiente para se arrepender de seus pecados enquanto estivessem na carne. Outros sugeriram a retidão como fator determinante do comprimento da vida desses anciãos, ou seja, Deus teria considerado a virtude desses homens como justificativa para que esses homens vivessem muito mais que o necessário, tendo tempo suficiente para desenvolver exaustivos estudos astronômicos e geométricos, como a predição do período das estrelas, algo que, naquela época levaria pelo menos uns 600 anos para ser concluído. Outra teoria considerada é de que os patriarcas daquela época viveram muito por terem obedecido rigorosamente as leis da vida, usando o tempo que lhes foi dado para aperfeiçoar o corpo e mente. E ainda foi considerada a possibilidade do dilúvio ter mudado drasticamente as condições ambientais da época, diminuindo assim a expectativa dos homens que viveram após essa catástrofe.


Sarhad Rashidova (Fonte: videolife.tk)

Podemos refletir sobre essa última possibilidade levando essa idéia ao contexto em que vivemos hoje, onde sofremos constantemente com a ação dos radicais livres que entramos em contato através dos alimentos que consumimos e até mesmo pelo simples fato de respirar. Os radicais livres invadem nosso corpo como elétrons instáveis que agem roubando elétrons de outras moléculas. Ao fazer isso eles danificam as células atacadas fazendo com que elas envelheçam mais rápido. Enquanto somos jovens produzimos antioxidantes que são capazes de fazerem a proteção dessas células prejudicadas. O problema é que, à medida que envelhecemos, passamos a perder essa capacidade de produzir antioxidantes, deixando o corpo vulnerável à ação dos radicais livres que vem do ar e dos alimentos. Por essa razão pessoas que vivem em lugares isolados geograficamente, livres da poluição e de alimentos industrializados, ricos em sódio, são capazes de viver muito mais tempo que um ser humano comum. O Exemplo disso está na história de Sarhad Rashidova, que viveu em Zidian, localizada entre as montanhas do Cáucaso e o mar Cáspio, um lugar tranqüilo e livre da ansiedade e do estresse, fatores nada saudáveis do nosso dia-a-dia. E é sabido que nas montanhas do Cáucaso vivem muitas das pessoas mais velhas do planeta que, além de viverem isoladas geograficamente, cultuam hábitos milenares que certamente aumentam suas expectativas de vida.

Representação dos radicais livres (Fonte: xarangoxango)
É possível que as condições ambientais da época aliadas aos costumes saudáveis dos povos antigos tenha sido determinantes para garantir uma grande longevidade de vida. Mas levando em conta que Deus tinha nessa época contato direto com os seres humanos, a melhor hipótese é a de que os antigos patriarcas viveram muito porque Deus tinham um propósito para eles que tiveram tempo para acumular bastante conhecimento e influenciar de alguma forma os outros homens que andavam pelos caminhos pecaminosos.

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